Exército expulsa militares envolvidos em furto de nove armas de quartel no Paraná

d1223 Inquérito Policial Militar foi concluído e encaminhado ao Ministério Público Militar. Suspeitos foram expulsos após Processo Disciplinar e responderão ao Processo Penal Militar como civis.

O Exército concluiu o Inquérito Policial Militar que investigava o furto de nove armas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Cascavel, oeste do Paraná. Dois militares apontados pela investigação como envolvidos no furto das pistolas de uma sala restrita do quartel foram expulsos.

Segundo o Exército, os militares foram expulsos após passarem por Processo Disciplinar Administrativo, e responderão ao Processo Penal Militar como civis. O caso foi encaminhado para o Ministério Público Militar.

O Exército informou ainda que segue em apuração os danos financeiros causados pelos custos da operação de recuperação das armas, e que os suspeitos poderão ter que ressarcir os valores.

A nota do Exército ainda afirma que a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada aprimorou as ações e fiscalizações de proteção do patrimônio das Organizações Militares.

Os nomes dos militares não foram divulgados pelo Exército. O processo segue em segredo de Justiça.

Do furto das armas do Exército à prisão de suspeitos

Além de militares do Exército, as Polícias Rodoviária Federal, Civil e Militar também auxiliaram nas investigações que se iniciaram após a instituição notar a falta dos itens, que pertencem à Reserva de Armamento do Batalhão.

Segundo o Exército, a medida foi tomada porque a ação dos militares "permitiu o extravio do armamento". Conforme o Exército, os militares cumpriram punição disciplinar de prisão no quartel.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2024/12/19/exercito-expulsa-militares-envolvidos-em-furto-de-nove-armas-de-quartel-no-parana.ghtml

Cinco policiais militares são presos em operação contra extorsão de ambulantes no Centro de SP; promotores falam em 'milícia'

d2012 Agentes da SSP e do Gaeco fazem operação contra policiais corruptos que atuam no Brás, Centro de SP.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e as corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil realizaram na manhã desta segunda-feira (16) uma operação contra policiais acusados de extorquir dinheiro de ambulantes estrangeiros da região do Brás, no Centro de São Paulo.

A Operação Aurora tinha como objetivo cumprir 15 mandados de prisão preventiva, incluindo seis PMs e um policial civil, além de 20 de busca e apreensão, atingindo cinco pessoas jurídicas diferentes.

Inicialmente, havia sido divulgada a informação de que eram 6 policiais militares preso, mas, depois, o número foi alterado.

Durante a ação, os agentes encontraram R$ 145 mil na casa de um dos investigados. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), oito empresas e 21 pessoas tiveram sigilos bancário e fiscal quebrados.

Os promotores afirmaram que o grupo agia como milícia, usando o cargo e viaturas oficiais da corporação para extorquir dinheiro dos comerciantes.

Início da operação

A operação é fruto de uma investigação que começou após o Gaeco receber da Corregedoria da PM ofício informando que agentes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) vinham exigindo e recebendo pagamentos periódicos para permitir a atividade das vítimas na região, conhecida pelo comércio popular.

De acordo com a investigação dos promotores, vários vendedores são imigrantes de países da América do Sul e não possuem acesso a linhas de crédito, se vendo obrigados a procurar agiotas para obter dinheiro e repassar propina aos criminosos.

Esses agiotas usavam dos serviços dos mesmos policiais militares para cobrar, de forma violenta, os inadimplentes.

Ao todo, nove pessoas foram presas, entre elas cinco policiais militares. Outro PM e uma policial civil continuavam foragidos até a última atualização da reportagem.

Uma das testemunhas protegidas ouvidas pelo Gaeco relatou que trabalha nas imediações da rua Tiers há seis anos e, recentemente, um grupo de pessoas passou a exigir o pagamento de luvas no valor de R$ 15 mil por ano e mais R$ 300 por semana para autorizar sua permanência dele na região.

Os promotores descobriram ainda que uma escrivã da Polícia Civil, que é ou já foi companheira de um sargento da PM, chegou a ser flagrada com outras pessoas intimidando comerciantes.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/12/16/policiais-sao-presos-em-operacao-contra-extorsao-de-ambulantes-estrangeiros-no-bras-centro-de-sp.ghtml

 

OAB na cola e pressão do STJ: o futuro da advogada suspeita de vender sentenças

d1216 Era o início do segundo semestre quando a cúpula do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi notificada sobre suspeitas de que a advogada Caroline Azeredo, ex-servidora de um dos gabinetes da Corte, integrava um grupo que vendia decisões judiciais de ministros no segundo tribunal mais importante do país. As revelações, tornadas públicas por VEJA em outubro, levaram magistrados do STJ a cobrar providências contra a permanência de Caroline nos quadros da advocacia e elencar outros profissionais que, a pretexto de manter contatos próximos com servidores e com os filhos dos próprios juízes, também poderiam estar vendendo influência sobre sentenças.

Na primeira fase da investida contra Caroline, a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu preventivamente o registro profissional da advogada e abriu um processo disciplinar para apurar o caso. Partiu do ex-marido de Caroline a denúncia de que ela negociava com um assessor da ministra do STJ Nancy Andrighi uma lista de processos para que, nas palavras do denunciante, “realizasse os achaques” às partes.

Em um dos casos, o alvo da tentativa de extorsão foi o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal Wellington Luiz (MDB), a quem teria sido discutido exigir o pagamento de 500.000 reais em propina em troca de uma decisão favorável do gabinete de Andrighi. Em nota a VEJA na época das revelações, ela negou irregularidades e atribuiu as acusações à vingança do ex. O assessor foi afastado e responde a um processo administrativo disciplinar.

VEJA teve acesso a despachos sigilosos do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB sobre a situação profissional de Caroline. Segundo a OAB, “os elementos em questão reforçam as suspeitas de que a representada teria participado de uma rede estruturada de tráfico de influências para obtenção de decisões judiciais mediante pagamento de propinas, prática que, segundo as investigações preliminares, conta com ampla repercussão e potencial prejuízo à imagem da advocacia”. O caso é investigado pela Polícia Federal.

A PF rastreou as entradas e saídas da advogada do país desde 2008. O último registro de viagem ao exterior é de 23 de setembro passado, sem anotações de data de retorno. Caroline passa temporadas no exterior e, desde que o caso veio à tona, não retornou ao Brasil, conforme dados do Sistema de Tráfego Internacional da polícia. Mesmo no período das investigações, em suas redes sociais posta registros de momentos de lazer e festas em praias da Europa. Em uma ocasião recente, posou no bairro de Notting Hill, em Londres. Alheios à vida pessoal da advogada, o processo disciplinar na OAB e as apurações sobre tráfico de influência e venda de decisões judiciais seguem a todo vapor.

Fonte: https://veja.abril.com.br/politica/oab-na-cola-e-pressao-do-stj-o-futuro-da-advogada-suspeita-de-vender-sentencas

Marinha paga R$ 4 mi de pensão a mulher morta, e filha usa dinheiro

d1213 A Marinha pagou pensão militar, durante quase duas décadas, a uma mulher morta. A Força depositou R$ 1,2 milhão (o equivalente a R$ 3,8 milhões em valores atualizados) na conta da falecida, entre 2000 e 2018, mas não conseguiu recuperar o dinheiro, pois a filha da pensionista tinha acesso ao cartão e usou o dinheiro indevidamente.

Alda Soares dos Santos Montenegro, filha e procuradora da ex-pensionista, foi condenada a três anos e dois meses pela Justiça Militar. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra R$ 3,8 milhões dela, que se diz arrependida, mas alega não ter condições para pagar.

A mãe de Alda recebia pensão como filha solteira de militar e faleceu em agosto de 2000. A Marinha não cessou o pagamento. Alda, por sua vez, aproveitou a situação, deixou de informar o óbito à Força e, com o auxílio de duas primas, agiu para perpetrar a fraude ao longo de duas décadas. O último pagamento foi realizado pela Marinha em janeiro de 2018.

No decorrer desse período, a Marinha solicitou nove provas de vida, mas não conseguiu identificar a fraude. Isso porque Alda pedia a uma prima que se passasse pela mãe dela. A farsa colou.

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/geral/marinha-paga-r-4-mi-de-pensao-a-mulher-morta-e-filha-usa-dinheiro/

SP: PM aposentado atira contra crianças que o alertaram sobre seta de carro

d1206 Um sargento aposentado da Polícia Militar, Claudio de Fontes Alves, atirou contra crianças após elas avisarem que havia um problema com a seta de seu carro, em Itanhaém, no litoral paulista. O caso ocorreu na noite do último sábado (30).

O que aconteceu

Vídeo mostra sargento aposentado da PM atirando contra crianças. A filmagem de câmeras de segurança da rua Humberto Ladalardo mostra um carro vermelho passando com a seta esquerda traseira ligada. Crianças sentadas na calçada acenam para o motorista do carro, o ex-sargento Alves, e indicam que havia um problema com o veículo. Ele freia e dá ré enquanto as crianças fogem. O militar aposentado então desce do carro e dispara contra as crianças; ninguém ficou ferido.

Caso foi registrado como ameaça e disparo de arma de fogo. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública aponta que após a denúncia ser realizada, o PM aposentado compareceu na tarde de ontem (2) ao 3° DP de Itanhaém, onde foi ouvido. Ele entregou sua arma para perícia e foi liberado.

SSP não deu mais informações sobre o caso. A Secretaria afirmou que "demais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial".

O UOL tentou contato com Claudio de Fontes Alves e com a Polícia Militar, mas não teve resposta. Este espaço segue aberto paraposicionamento. 

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/12/03/pm-aposentado-atira-em-criancas.htm

Derrite tira aposentadoria de policial por mesada de R$ 5 mil do PCC

d1202 Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite determinou a cassação da aposentadoria do policial civil Renato Pexeiro Pinto, conhecido como Peixe. O agente foi condenado pela 2ª Vara da Fazenda Pública por improbidade administrativa, acusado de receber “mesada” de R$ 5 mil de traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

No mesmo processo, também foi condenado o investigador de polícia Mark de Castro Pestana, o Max. Ele foi punido por Derrite com a demissão a bem do serviço público. As investigações conduzidas pela Corregedoria de Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), apontaram que Peixe e Max tinham um acordo com o grupo liderado pelo traficante Wanderson de Paula Lima, o Andinho, um dos líderes do PCC.

Em conversas telefônicas monitoradas pela polícia, os dois foram citados como informantes e colaboradores da facção por um traficante identificado como Agnaldo Aparecido da Silva Simão, conhecido como Codorna. “A relação entre os requeridos e os traficantes do bairro Jardim São Fernando foi descoberta pelo Gaeco quando havia investigação de outra quadrilha formada por policiais da capital e que estavam exigindo pagamento de valores para não efetuar as prisões”, diz a denúncia contra Max e Peixe.

“Uma escuta telefônica da polícia descobriu tais traficantes fazendo referência ao pagamento de valores aos requeridos, e o fato foi confirmado pelo traficante Agnaldo Aparecido da Silva Simão, conhecido como Codorna. Codorna contou, ainda, que mensalmente entregava aos policiais Peixe e Max, como são conhecidos os requeridos, a quantia de R$ 5.000,00”, apontou o MPSP no inquérito contra os policiais. O valor anual da propina chegava a R$ 300 mil para cada agente.

Peixe e Max foram presos em junho de 2013, quando estavam lotados no 10º Distrito Policial de Campinas. Em 2015, foram libertados mediante habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Em 2019, os policiais foram condenados a perda da função pública, suspensão de direitos políticos, multa de R$ 144 mil e proibição de contratar com o poder público por 5 anos. Renato Pexeiro Pinto também foi condenado a devolver mais R$ 144 mil aos cofres públicos por enriquecimento ilícito.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/derrite-tira-aposentadoria-de-policial-por-mesada-de-r-5-mil-do-pcc

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