O assassinato da policial militar Vaneza Lobão, que investigava milícias e crimes de contravenção no Rio de Janeiro, repercute nas redes sociais e colocou as autoridades cariocas em alerta. Vaneza foi executava com tiros de fuzil na porta de casa, na noite de sexta-feira (24).
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital fluminense, que pede para que qualquer pessoa que tenha informações sobre os envolvidos faça denúncias sobre possíveis envolvidos no crime (confira mais detalhes no fim da matéria).
Vaneza Lobão tinha 31 anos e fazia parte da Polícia Militar desde 2013. Considerada uma profissional exemplar, Vaneza havia inclusive sido condecorada com o distintivo de “Lealdade e Constância” da PM, além de ter recebido nota máxima no curso especial de formação de cabos.
Em entrevista ao jornal O Globo, a irmã mais velha de Vaneza, Andreza Lobo, contou que a policial militar era apaixonada por futebol e pela esposa, com quem morava há alguns anos. A militar não falava muito sobre o trabalho em casa e foi descrita pela irmã como “dedicada até demais”.
Vaneza Lobão, cabo da Polícia Militar, foi morta a tiros na Zona Oeste do Rio de Janeiro na noite de sexta-feira (24). Ela trabalhava na Delegacia de Polícia Judiciária Militar e investigava as milícias e contravenções na cidade. A policial estava em frente à sua residência no bairro de Santa Cruz, um dos principais redutos dos milicianos, quando foi surpreendida por criminosos armados com fuzis, que dispararam contra ela. Ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
A Delegacia de Homicídios da capital está apurando o caso e ainda não tem pistas sobre os autores do homicídio. O Disque-Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 5 mil para quem fornecer informações que levem à identificação e prisão dos envolvidos no crime.
Portaria assinada pelo secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), Rafael Velasco Brandini, lança a estratégia de inteligência para combater um antigo plano da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC): o sequestro de autoridades.
Conforme a coluna Na Mira revelou nessa segunda-feira (13/11), o PCC segue com o objetivo de usar autoridades e servidores federais como moeda de troca para conseguir a libertação de integrantes da cúpula da facção, como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília.
A portaria, assinada em 3 de novembro deste ano, determina alterações no transporte de presos de “altíssima periculosidade” de unidades que integram o Sistema Penitenciário Federal.
Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/sequestro-pcc
Marcos Monteiro da Silva, de 19 anos, participava da tentativa de roubo de uma moto de luxo pertencente ao PM aposentado. O agente chegou a render o criminoso, mas atirou contra ele já deitado na rodovia (veja vídeo abaixo).
"Meu lindo filho brutalmente executado depois de domingo por quem deveria cumprir a lei. Mesmo ele estando no lado errado, a lei é pra ser cumprida. Meu filho foi julgado e executado sem defesa", disse o pai de Marcos.
A Ouvidoria da Polícia informou neste domingo (12) que pedirá que a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) investigarem a suspeita de que os dos criminosos podem ter sido executados pelo policial aposentado.
"Ele [policial militar] começou bem a reação, conseguiu render os dois rapazes. Era só esperar chegar o apoio e conduzir os rapazes para a delegacia, mas preferiu executar os rapazes. Nos dois casos. E depois de balear e matar o primeiro, ele rendeu o outro. Era só deixar ele a disposição das autoridades", disse Claudio em entrevista à reportagem. "Vou sugerir ao sugerir ao Ministério Público que indique imediatamente um promotor de Justiça para também acompanhar as apurações da Polícia Civil”, disse o ouvidor Claudio Silva.
Sargento da PM posta imagem do filho morto por um policial militar aposentado no sábado (11), na Zona Norte de São Paulo. — Foto: Reprodução
Nas filmagens é possível escutar ao menos 13 tiros. Segundo a Ouvidoria, aparentemente os disparos foram dados somente pelo policial. Não dá para saber se algum dos bandidos atirou, de acordo com ouvidor. As vítimas não foram baleadas.
Como o policial é aposentado, ele não estava usando uniforme. Vestia jaqueta, calça, botas e capacete, assim como a sua esposa. Eles estavam numa moto BMW de 2023 de 1.250 cilindradas, avaliada em mais de R$ 100 mil. Os criminosos que abordaram o casal ocupavam uma BMW também, ano 2022, de 300 cilindradas, que custa em torno de R$ 30 mil. Eles também usavam capacetes.
"A vítima estava com sua esposa em sua moto, quando viu pelo retrovisor dois homens se aproximando em outra moto. Eles emparelharam com a motocicleta do policial e um deles apontou a arma anunciando o assalto. O policial interveio e reagiu à abordagem, atingindo os suspeitos", informa trecho da nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP) encaminhada à reportagem.
Tentativa de assalto a policial militar na Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos — Foto: Reprodução
"O socorro foi acionado e constatou o óbito dos criminosos no local. A moto usada pela dupla havia sido roubada um dia antes e, após trabalho pericial, foi restituída ao dono. Todas as armas foram apreendidas e encaminhadas para perícia", continua a pasta da Segurança no comunicado.
O caso foi registrado como "homicídio decorrente de oposição à intervenção policial" no 73º Distrito Policial (DP), no Jaçanã, Zona Norte. Segundo a SSP a eventual suspeita de execução, apontada pela Ouvidoria, será investigada pelo 19º DP, Vila Maria.
"A SSP esclarece que, por se tratar de um policial militar aposentado, todas as circunstâncias estão sendo apuradas pela Polícia Civil, no 19º DP", informa trecho da nota da pasta ao ser questionada se a investigação irá analisar os vídeos que, de acordo com a Ouvidoria, mostram a vítima atirando e matando suspeitos já rendidos.
"O caso foi registrado como como homicídio, roubo de veículo tentado e consumado; excludente de ilicitude e localização/apreensão e entrega de veículo", completa a Secretaria da Segurança. O excludente de ilicitude registrado no boletim de ocorrência afasta, em princípio, a ilegalidade da ação policial.
A sequência de vídeos do caso que circulam nas redes sociais foi gravada por diversas testemunhas que passavam em outros veículos pela rodovia. Elas mostram inicialmente cada um dos bandidos abordando, respectivamente, o policial militar e a esposa dele, retirando os capacetes das vítimas.
Em seguida, quando os dois criminosos se aproximam do policial, ele reage e dispara 11 vezes na direção dos assaltantes, alguns dos disparos são à queima-roupa, segundo a Ouvidoria. Os dois caem próximo ao muro de proteção da rodovia. Um deles fica imóvel e não reage. Esse morreu na hora.
O segundo criminoso também cai, mas pelo vídeo não dá para saber se ele foi atingido por algum dos disparos. "Ele foi atingido na perna", acredita Claudio. Em seguida, as cenas mostram o bandido se levantando e o policial tentando imobilizá-lo. Os dois entram em luta corporal até o criminoso ser rendido.
Outras pessoas, alguns motociclistas e motoristas, param seus veículos, saem deles e se aproximam. Nesse momento, o segundo assaltante se levanta novamente e parece tentar fugir na direção do muro de proteção. Nesse momento, ele é segurado e detido no chão por essas pessoas que estavam perto.
Em seguida, o policial militar se ajoelha e parece pegar novamente a arma num dos bolsos, pelas imagens. Depois são escutados mais dois tiros. Os demais vídeos mostram depois o segundo bandido já morto. Algumas pessoas que gravam comemoram reação que deixou os dois criminosos mortos.
As filmagens mostram ainda viaturas da Polícia Militar (PM) estacionadas depois no local. E ao menos uma ambulância. A reportagem não conseguiu localizar o policial militar e sua esposa para comentarem o assunto. Os nomes das vítimas e dos bandidos não foram divulgados pela SSP.
O vídeo do desabafo de um policial militar de Guarantã do Norte (715 km de Cuiabá), registrado no sábado (04), ganhou repercussão nesta quarta-feira (08). No vídeo, o agente chora e revela que deixará a corporação para 'ser gente'. O Comandante da Polícia Militar, Coronel Alexandre Mendes, alegou que o militar já está recebendo atendimento especializado.
Na gravação, o homem diz que é policial há mais de 18 anos, mas reconhece que é hora de parar. "Eu tenho 18 anos e 11 meses de serviço, mas a gente precisa reconhecer a hora de parar. Eu preciso parar, senão não consigo concluir a minha maior missão que é criar os meus filhos. Eu estou de serviço hoje, estou abandonando o serviço, estou indo embora para minha casa. Amanhã eu estava de serviço e não vou vir trabalhar. Para mim, chega", diz ele aos prantos.
"Eu não quero escala melhor, não quero salário melhor. Eu quero ser gente. Eu quero ser gente. Eu busquei apoio, busquei recursos, busquei resolver tudo do melhor jeito possível. Não há condições de resolução. Estou indo embora, vou abandonar 18 anos e 11 meses de serviço para que eu possa viver com meus filhos. A polícia vai continuar, mas eu vou sair, para mim não dá mais."
Após a repercussão do vídeo, o Coronel Alexandre Mendes, Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, publicou um vídeo em suas redes socias comentando o fato.
Na postagem, Mendes diz que o desabafo do policial chegou até seu conhecimento e o comoveu. "Vivemos a era da ansiedade e dos transtornos da mente. Não somos indiferentes à nossa profissão como um fator de alto risco para o desenvolvimento desses transtornos. Somos demandados continuamente e diariamente a sofrer dores dos outros em nosso trabalho. Não somos máquinas, mas seres humanos. Por isso, não estamos imunes ao sofrimento emocional", diz ele na gravação.
O Comandante ainda pontua que a classe precisa ser assistida e que tem buscado resolver pautas econômicas, jornada extraordinária e reposição de efetivo, mas que "politizar a dor e o sofrimento de irmãos e irmãs de farda é no mínimo irresponsável. Enquanto isso, trabalhamos diariamente sim pela saúde mental da minha tropa policial militar".
Mendes conclui a postagem dizendo que continuará com "a mão estendida para amparar todo aquele que estiver precisando de socorro, sem alarde e sensacionalismo eleitoreiro", no que considera ser uma família que junta sairá de todas as crises, não apontando culpados, mas buscando soluções adequadas e necessárias", pois 'ninguém precisa de lição de moral quando está triste, precisa de amor... Só e somente", finaliza.
A vítima disse que foi violentada na casa de uma amiga, em Nova Iguaçu, por conhecidos. Ela já estava dormindo, na madrugada de sexta, quando pelo menos nove rapazes chegaram e a acordaram.
“Começaram a beber e a fazer desafios. Um deles era ficar com os meninos, e ela disse não. Aí ela ficou muito bêbada, com certeza colocaram algo no copo dela. Eles premeditaram tudo”, afirmou uma das irmãs.
De acordo com a família dela, dois deles, um de 20 e outro de 22 anos, a estupraram. Nos vídeos, ela aparece desacordada enquanto é violentada. Nas imagens é possível observar que uma criança dorme na cama enquanto a jovem recebe tapas na cara. Outra menina, deitada na cama, assiste a tudo. “Gravou, cara? Depois tu me manda”, disse um dos homens.
“O Instagram dela ficou aberto, e um menino de 17 anos a marcou [nos vídeos] com os outros meninos”, emendou a irmã.
Menor que relatou estupro é conduzida por policiais — Foto: Rafael Nascimento/g1
A vítima é a mais nova de três irmãs. Uma delas contou ao g1 que só soube que a caçula tinha sido estuprada quando os vídeos apareceram.
“Ligaram para o meu serviço na sexta de manhã pedindo para eu buscá-la. Encontrei com a boca espumando. Eu perguntei se eles tinham usado drogas, mas disseram que não. Foi quando eu recebi uma ligação perguntando se eu já tinha visto os vídeos na internet, eram os vídeos do que fizeram com ela. Foi assim que ela ficou sabendo e disse: ‘Como assim? Eu não lembro de nada disso!’”, contou a irmã da vítima.
Ela também afirmou que não conseguiu registrar o caso na polícia no fim de semana.
“A gente foi direto para a delegacia [a 58ª DP, na Posse] no sábado às 20h, e mandaram a gente levar ela para o hospital. Fizemos todos os exames e medicações e voltamos para a delegacia. Mas aí ficamos até 3h [de sábado, 4], e não atenderam a gente, davam prioridade para as viaturas que chegavam da rua.”
A irmã da vítima conta ainda que, durante o período de espera, ela começou a sentir efeitos colaterais do coquetel anti-Hiv que tomou no hospital. “O delegado não atendeu a gente e não finalizamos o Registro de Ocorrência”, relatou.
Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que mais de 4 mil estupros foram registrados de janeiro a setembro de 2023 em todo o estado do Rio. A região metropolitana é a área com mais casos, sendo quase 3 mil deles.
Procurada, a Polícia Civil disse que o caso foi registrado na 58ª DP (Posse) e encaminhado para a Delegacia da Mulher de Nova Iguaçu nesta tarde.
A irmã da vítima acrescentou que esta é mais uma tragédia na família.
“A gente já tinha uma mente transtornada porque nosso irmão morreu tragicamente com 21 anos, e agora mais esse trauma para lidar. Ninguém está conseguindo trabalhar direito, nem sabemos mais o que falar para ela, porque ela está muito mal com isso tudo”, contou.
A vítima foi ouvida nesta segunda (6) na 58ª DP. A declaração foi colhida por uma mulher e durou cerca de uma hora. Não havia psicóloga na delegacia, mas a irmã da jovem acompanhou o depoimento.
Em seguida, a vítima foi colocada em uma viatura e levada até a residência onde o crime teria acontecido. De lá, seguiu junto com os investigadores até a casa dos suspeitos. A irmã da adolescente não foi autorizada a ir junto.
Mais de uma hora depois da saída da delegacia, a menor voltou. Além dela, outros três meninos, que segundo a adolescente eram menores, também foram conduzidos a delegacia sem a presença de um responsável. Não se sabe se eles são testemunhas ou estão envolvidos no caso.