O carioca Marcelo Henrique Negrão Kijak, considerado o brasileiro há mais tempo foragido na lista de procurados da Interpol, foi preso no domingo (3) em Miami, nos Estados Unidos. Kijak é acusado de ser responsável por um acidente de trânsito em 2003 que matou três jovens.
Segundo o G1, o homem foi preso pelo Serviço de Imigração dos EUA graças a informações fornecidas pela Polícia Federal. Kijak figurava na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal desde 2004.
Ainda segundo o jornal, no momento da prisão, foragido utilizava um passaporte israelense com outro nome. Ele tentava embarcar em voo para Israel, país para o qual fugiu logo após o crime e adquiriu nacionalidade na tentativa de permanecer foragido da justiça brasileira. Ele foi preso no Aeroporto de Miami.
A principal acusação é de que o preso é o responsável por um acidente de trânsito que matou Fabrício, Mariana e Juliane em março de 2003, na Barra da Tijuca, bairro nobre na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Após o episódio, que teve grande repercussão na imprensa brasileira, o pai de Fabrício, Fernando Diniz, criou uma ONG que luta contra a impunidade nos crimes de trânsito. Em 2008, a Trânsito Amigo teve papel decisivo na aprovação da Lei 11.705/08, a chamada Lei Seca.
Até 12 anos de prisão
Ao G1, Diniz disse estar “perplexo” com a notícia da prisão de Kijak e que não perdoou o acusado.
"Minha mulher, que é muito católica, já disse que perdoou o Kijak. Eu não! Sempre disse que a morte do meu filho não seria em vão, e que a Justiça tarda, mas não falha. Nunca perdi a esperança de vê-lo preso", disse.
Segundo o G1, Kijak foi encaminhado ao sistema prisional americano até a extradição definitiva para o Brasil. Ele pode ser condeando a pena de até 12 anos.
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Onda de boatos ocorreu no município de Passos, no interior de Minas Gerais, e precisou ser desmentida pela Prefeitura em um comunicado nas redes sociais.