O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a investigação do contra o diretor e o chefe de segurança da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), após a divulgação de farra, com churrasco de luxo e a participação de enfermeiras, dentro da unidade penal na cidade a 225 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a denúncia recebida na Ouvidoria o MPMS, foram encontrados dentro do presídio 12 celulares de última geração, acessórios eletrônicos, perfumes e bebidas importadas, além de caixas térmicas com vários cortes nobres de carnes para churrasco, caixas de som, porções de maconha e suplementos alimentares.

Em vistoria nos celulares, foram encontradas fotos e vídeos de presos ostentando nas festas organizadas dentro da unidade penal com churrasco, bebidas, muita música e drogas, além da participação de enfermeiras que trabalham na PED.

Nas celas, também foram encontrados móveis planejados. “Um ambiente com mais estrutura do que a casa de muitos trabalhadores que lutam para sobreviver e pagar seus impostos”, diz parte da denúncia. O denunciante completa que isso é resultado da falta de vistoria nas celas e o favorecimento a alguns presos da penitenciária.

 O Campo Grande News procurou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e aguarda retorno. No entanto, ao Dourados News,  a agência informou que a única informação confirmada até agora é a apreensão de celulares nas celas e os demais detalhes não seriam procedentes.

Penitenciária Estadual de Dourados, maior de MS, com 2.700 presos (Foto: Arquivo)

Escândalo sexual  - Vale lembrar, que nesta semana, o presídio onde vivem pelo menos 2,7 mil detentos teve um servidor afastado e suas funções por suspeita de manter conversa com presos através de aplicativo. O policial penal foi dispensado de suas funções, mas já se apresentou no presídio semiaberto de Dourados, ao lado da PED.

A reportagem apurou que o escândalo envolve suposto relacionamento amoroso entre esse agente penitenciário e um dos presos. Irmão de uma servidora que ocupa cargo de chefia no presídio, o servidor teria se aproveitado da situação para oferecer regalias ao “namorado”.