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Réu pela morte do meia Daniel, Brittes diz estar sendo torturado na prisão

https://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/15/2018/11/03/edison-brittes-conhecido-como-juninho-confessa-ter-matado-o-jogador-daniel-correa-1541263363432_v2_450x600.jpg.webp Em cartas enviadas a familiares, Edison Brittes Júnior, que confessou ter matado o jogador Daniel Corrêa em 2018, afirma estar sendo vítima de maus tratos e tortura na cadeia de Piraquara (PR), onde aguarda julgamento pelo crime. "Preciso sair daqui, olha o que eu passo aqui, há 1 ano já sendo torturado, isolado, tirado visita. Daqui a pouco eles me matam e falam que me matei", afirma o empresário, em uma das cartas às quais a reportagem teve acesso.

Brittes está preso desde 2018, quando agrediu e matou Daniel após a festa de aniversário da filha do empresário. Brittes afirmou que cometeu o crime para defender sua esposa, que teria sido assediada pelo jogador. Daniel tinha contrato com o São Paulo, mas estava emprestado ao São Bento de Sorocaba. Brittes foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, além de outros crimes correlatos.

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Claudio Dalledone Junior, advogado de Brittes, usou as cartas como argumento para pedir ao Judiciário a transferência de seu cliente de cadeia. Brittes afirma que tem apanhado e sido ameaçado por dois agentes penitenciários. Também diz que tem recebido comida estragada e sido mantido em isolamento total, sem luz, por períodos de até dois meses, além de ter seu direito a visitas cerceado.

"Queriam 'raspar na gilete' meu cabelo para que eu pudesse ir pra visita, uma lei que não existe, eles que inventaram para me denegrir", escreveu o réu em uma carta de fevereiro de 2022. "Eu disse que não ia raspar, eles me deram outra falta grave 30 dias de castigo." Brittes pediu para que sua família registrasse um boletim de ocorrência por "ameaça e abuso de autoridade", o que acabou sendo feito.

As denúncias de Brittes geraram um inquérito policial em Piraquara, cidade onde fica o presídio, na região metropolitana de Curitiba. Um médico legista constatou que Brittes tinha hematomas e cicatrizes pelo corpo após denunciar umas das supostas sessões de espancamento.

A polícia investiga se os dois agentes acusados por Brittes realmente cometeram as infrações. Em um documento assinado pelo policial Miro Guedes, o Departamento de Polícia Penal do Paraná, que cuida das cadeias do estado, afirma que os direitos de Brittes vêm sendo respeitados.

O que diz a administração do presídio

Em um ofício enviado à Justiça, o chefe de segurança do presídio não negou nem confirmou as supostas agressões ao preso, mas disse que os direitos de Brittes vêm sendo respeitados.

"O PPL [pessoa privada de liberdade] tem todos os seus direitos preservados tendo o evento de convívio com os demais presos costumeiramente, salientando que por faculdade deste, opta por não desfrutá-lo, permanecendo em seu alojamento", afirmou Miro Guedes. "Esta divisão de segurança urge em preservar direitos e deveres dos PPL's assim como cumprir fielmente a Lei de Execução Penal - LEP e Estatuto Penitenciário do Estado do Paraná - EP/95."

O problema, segundo a defesa de Brittes, é que Miro Guedes é um dos agentes acusados pelas agressões.

"Parece que se está na fábula da raposa que cuida do galinheiro e garante que tudo está bem com as galinhas", ironizou o advogado Cláudio Dalledone, que espera ver aceito o pedido de transferência de prisão.

No mês passado, ao analisar o pedido, o juiz Paulo Roberto Goncalves de Camargo Filho afirmou que não se opõe à transferência, mas que ela depende de análise do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). Procurado, o Deppen não havia respondido aos pedidos de comentários até a publicação da reportagem.

Brittes admitiu ter agredido e matado Daniel

No dia 27 de outubro de 2018, o meia-atacante do São Paulo Daniel Corrêa foi espancado e morto depois de participar de uma festa de aniversário em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Seu corpo foi encontrado parcialmente degolado e emasculado, em uma plantação de pinheiros da cidade.

O crime chocou pela crueldade aplicada pelo comerciante Edison Brittes, que assumiu o crime, alegando ter matado o atleta para defender sua mulher, Cristina, que teria sido atacada por Daniel. Os detalhes e as circunstâncias do assassinato foram tema da segunda temporada do podcast "Futebol Bandido", uma produção original do UOL Esporte que você pode ouvir aí em cima. Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição. Você pode ouvir Futebol Bandido, por exemplo, no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube.

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/2022/10/03/reu-pela-morte-do-meia-daniel-brittes-diz-estar-sendo-torturado-na-prisao.htm

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