Negociação entre COE, Bope e detentos pôs fim, na manhã desta sexta (26) a motim na Cadeia Pública do município. Um agente carcerário foi feito refém

A Cadeia Pública de Castro, na região dos Campos Gerais, foi destruída durante o motim registrado na noite de quinta-feira (25). Após mais de 16 horas de negociações entre detentos, equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, o agente carcerário que era feito refém acabou liberado e a confusão foi controlada.

A Polícia Civil divulgou fotos da destruição feita pelos presos no local. Foram paredes quebradas, grades entortadas e uma série de objetos, roupas e colchões pelo chão. As forças de segurança realizaram uma operação ‘bate-grade’ no local, para verificar a estrutura da cadeia e retirar todos os objetos que podem ser utilizados posteriormente como armas – chamados de ‘estoques’.

Os presos fizeram uma série de reivindicações para a liberação dos detentos. As informações ainda não foram confirmadas pela Polícia Civil e nem pelas autoridades de segurança do Estado, mas os parentes de detentos afirmaram que o principal motivo era a comida precária oferecida pelos carcereiros.

“Eles não estão dando comida. Só entra pão e bolacha. Eles estão passando fome”, relata um familiar. Outro motivo que poderia ter ocasionado o motim foi a diminuição no número de visitas mensais.

Durante a ação, as ruas no entorno da Cadeia Pública de Castro foram bloqueadas. O agente que passou a noite como refém foi liberado e imediatamente encaminhado ao hospital pelo Siate – informações iniciais dão conta de que ele não ficou gravemente ferido. O nome do carcereiro não foi divulgado pelas autoridades de segurança.

A Polícia Civil e a Secretaria do Estado de Segurança Pública (Sesp) deve divulgar uma nota oficial sobre o acontecimento em breve.

Fonte: arede.info