Dois policiais militares da ativa e um ex-policial são alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que acontece nesta terça-feira. Os suspeitos, de acordo com as investigações, são ligados a uma narcomilícia que age na Zona Oeste da capital. Contra eles são cumpridos três mandados de busca e apreensão.
Segundo o MPRJ, os dois PMs e o ex-policial faziam a segurança do miliciano Gabriel Maggio, conhecido como Gabriel GD ou Bradock, morto em janeiro de 2022, no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste. A ação conta com o apoio da da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça Marcelino Guardado Marino pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é apontado pelos promotores como braço direito do miliciano.
Investigações do Gaeco e da Polícia Federal revelaram que Gabriel comandava organização criminosa com foco na exploração de jogos ilícitos de azar, associado a contraventores do jogo do bicho, além de fornecer armas e munição, tanto para jogo do bicho quanto para o tráfico. Segundo a denúncia, Gabriel era ligado ao Comando Vermelho e controlava o jogo ilegal, feito por meio de máquinas caça-níqueis, em comunidades dominadas pela facção. Ele agia como intermediário entre traficantes e bicheiros.
Os mandados da operação, chamada de Bradock, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital. Eles são cumpridos em Coelho Neto, na Zona Norte do Rio; Nilópolis, na Baixada Fluminense; e Itaboraí, na Região Metropolitana.
A pedido do Gaeco, a Justiça também determinou o sequestro e a alienação antecipada dos bens apreendidos nos endereços de Gabriel, dias após sua morte. À época, foram apreendidos carros de luxo e R$ 44 mil.