O juiz substituto Bruno Fritoli Almeida, um dos alvos da investigação do Ministério Público do Espírito Santo deflagrada nesta quinta-feira (1º) que apura a atuação de uma organização criminosa, teve o porte de arma de fogo funcional suspenso e foi afastado do cargo.
De acordo com uma das duas decisões judiciais sobre o caso, à qual a reportagem teve acesso, o magistrado também deverá cumprir medidas cautelares.
Bruno foi preso nesta quinta e levado preso para o Quartel da Polícia Militar, em Vitória. Entre as medidas cautelares impostas pela Justiça, estão:
— proibição de acesso físico ou remoto aos fóruns do Espírito Santo e aos sistemas de processos eletrônicos;
— contato pessoal, direto ou indireto, com os demais investigados no caso;
— proibição de se ausentar da Grande Vitória sem autorização prévia do relator do caso.
As restrições impostas ao juiz fazem parte da investigação que deflagrou a operação "Follow the Money" que mira em suspeitos de possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.
Além de Bruno, segundo apuração do Folha Vitória, o juiz Mauricio Camatta está entre os alvos da operação. Há ainda outros investigados, dentre eles advogados com atuação no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e na Paraíba.