No mês passado, uma cartilha com 45 regras sobre as condutas a serem seguidas por faccionados do PCC foi encontrada em um presídio de São Paulo. Mas, além de um manual de comportamento, a "irmandade" tem, também, uma espécie de dialeto próprio.
O que aconteceu
Membros nos presídios paulistas criaram gírias e um próprio dialeto para comunicação. Com origem nas prisões, muitas dessas palavras proporcionaram aos faccionados uma forma única de se comunicar sem serem percebidos.
Apesar de algumas palavras soarem engraçadas, alguns significados podem colocar um membro em maus lençóis. Como é o caso do "talarico", que significa uma pessoa traidora que se envolve com a companheira de um aliado. Em São Paulo, verbetes originados pelo PCC tomaram conta dos presídios, mas também se tornaram populares nas ruas.
Não necessariamente quem fala as gírias tem envolvimento com grupos criminosos. Muitas dessas palavras ganharam popularidade no cotidiano da população, como o caso de "salve" e "corre". Como de praxe na língua portuguesa, muitos termos ganharam, também, novos significados.
Confira algumas gírias populares que surgiram nas prisões:
Caminhada: informação ou trajetória
Catacumba: espaço mais baixo onde o preso dorme
Cagueta: Deixar escapar informação
Chapa está quente: situação ruim
Chicote vai estralar: vai dar confusão, vai dar problema
Cobrança: cobrar posição ou disciplina
Corre: ofício, forma de conseguir dinheiro
Cunhada: esposa do aliado
Fechou: concordou
Fita: situação
Jega:… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/07/23/girias-que-surgiram-nos-presidios-pcc.htm?cmpid=copiaecola