A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (10), em Brasília, o assessor parlamentar Daniel Ribeiro Lemos, que está lotado atualmente no gabinete do deputado federal Pedro Jr. (PL-TO). A prisão preventiva foi determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da investigação sobre a "Abin paralela".
O que aconteceu
Operação é mais um desdobramento da Operação Última Milha. Investigação sobre uso da estrutura da Abin para atender aos interesses políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares avança sobre grupo que recebia as informações levantadas por servidores lotados na Abin e difundia o material, inclusive dentro do Congresso.
Além da prisão de Daniel Lemos, a PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Brasília. A ação não abrangeu o gabinete do deputado. Por meio de nota, o deputado afirmou ter recebido com "preocupação e seriedade" a notícia da prisão de Daniel Lemos e disse ter exonerado ele assim que tomou conhecimento do ocorrido. O parlamentar ainda afirmou não compactuar com irregularidades e nem com divulgação de Fake News.
Assessor tinha acesso "privilegiado". De acordo com as investigações, Daniel Lemos recebia conteúdos de desinformação produzidos pela organização criminosa e os disseminava, valendo-se de seu acesso ao Parlamento. Segundo a PF, o material também era enviado a estrangeiros, para induzir as pessoas a erro. Mesmo após a desarticulação do grupo, ele continuou difundindo notícias falsas por meio de redes sociais, aponta a investigação.
Grupo cometia crimes, aponta a PF. Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
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