Advogado fica “bebaço”, assedia colegas e rasga rosto de funcionário

Screenshot 2025 10 15 at 16 49 02 Advogado fica bebaço assedia colegas e rasga rosto de funcionário Um advogado do Rio Grande do Sul foi preso, na madrugada deste sábado (11/10), após importunar duas colegas de profissão e rasgar o rosto de um promotor de eventos com uma taça de vinho. A confusão ocorreu durante uma confraternização no Distrito Federal.

A coluna Na Mira apurou que o advogado se chama Adonis Martins Alegre, 35 anos. Ele está no DF para participar de um evento promovido por uma plataforma jurídica digital.

Durante a festa, que estava ocorrendo no Royal Tulip Brasília, Adonis teria bebido demais, passando a importunar uma advogada, perseguindo-a por diferentes dependências do hotel, do restaurante até o pub, ultrapassando o limite do flerte tolerável.

Após a situação, todos os participantes da confraternização foram para o lobby do hotel, local onde Adonis teria ficado mais bêbado ainda e passado a mão na bunda de outra advogada.

Neste momento, um dos promotores da festa tentou intervir na situação, mas o advogado quebrou uma taça e utilizou o objeto para rasgar o rosto do outro.

A Polícia Militar (PMDF) foi acionada e conduziu Adonis até a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Ele foi preso em flagrante pelos crimes de lesão corporal grave, importunação sexual e perseguição.

Ouvido pela coluna, o delegado plantonista da 5ª DP, Sérgio Bautzer, explicou que o advogado não teve condições de ser ouvido em razão do nível de embriaguez: “A Justiça deverá marcar a audiência de custódia, onde ele será ouvido. Da mesma forma, não foi arbitrada fiança em razão das incidências penais ultrapassarem quatro anos de pena”, explicou.

Procurada pela reportagem, a assessoria do complexo de hotéis Brasília Alvorada respondeu, em nota, que, na noite de sexta-feira (10/10), dois hóspedes se envolveram em uma discussão no bar do hotel Royal Tulip. “Imediatamente a equipe acionou a polícia e o SAMU, que em poucos minutos chegaram ao hotel para resolver a situação. O complexo lamenta o ocorrido e permanece a disposição para quaisquer esclarecimentos as autoridades”, afirmou o texto.

A reportagem não localizou a defesa de Adonis para comentar a prisão. O espeço segue aberto.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/advogado-fica-bebaco-assedia-colegas-e-rasga-rosto-de-seguranca

Técnico de enfermagem não encontra celular dentro da ambulância e descobre que paciente furtou aparelho, no Paraná

n1006 Crime aconteceu em Londrina. Segundo PM, suspeito foi encontrado com celular enrolado em uma camiseta. Ele foi preso e liberado, em seguida, na audiência de custódia.

Um técnico de enfermagem teve o celular furtado durante o trabalho, em Londrina, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Militar (PM-PR), o crime aconteceu na noite desta quinta-feira (2) enquanto ele realizava a transferência de pacientes entre hospitais, na ambulância. O aparelho foi encontrado com um homem que estava sendo atendido por ele.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima realizou o transporte dos pacientes, desceu do veículo e, ao retornar, não encontrou o celular. O paciente que estava na ambulância por último também havia desaparecido, sendo encontrado em seguida dentro do Hospital da Zona Sul de Londrina.

 Quando a equipe do hospital ligou no número de telefone da vítima, ouviram o barulho perto do paciente. O homem, então, entregou uma sacola aos seguranças e o celular foi encontrado enrolado em uma camiseta.

Quando a PM chegou ao local, o homem foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil (PC-PR).

A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, apurou que o paciente foi preso em flagrante. Entretanto, passou por audiência de custódia e foi liberado.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/10/03/furto-celular-ambulancia-londrina.ghtml

 
 
 
 

Maquininhas de cartão em motéis e postos de gasolina enviam dinheiro direto ao PCC via fintech, diz Receita

n0310 Força-tarefa do MP e da Receita descobriu rede de ao menos 267 postos e 60 motéis no estado que mascaravam operações financeiras bilionárias. Movimentação foi de cerca de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, só no setor de combustíveis, além de outros R$ 450 milhões em motéis.

A superintendente da Receita Federal em São Paulo, Márcia Meng, detalhou nesta quinta-feira (25) como a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) opera com maquininhas de cartão em estabelecimentos comerciais para financiar o crime organizado em São Paulo.

Durante entrevista coletiva sobre a Operação Spare – que descobriu a atuação da facção em motéis, postos de combustíveis e lojas de conveniência, por exemplo, Meng afirmou que o grupo usa as maquininhas do mercado, mas com o software instalado de fintechs ligadas ao esquema criminoso.

Importante saber que essas maquinhas, da forma como foram usadas até aqui, eram hardwares comprados no mercado e o software dentro era da própria fintech. De forma que você, ao fazer uma compra nas lojas, pagando o motel ou indo ao posto de gasolina, você estava introduzindo direto na conta da fintech o valor devido.
— Márcia Meng, superintendente da Receita em SP

Ela explicou que essa era uma maneira de o crime organização conseguir captar dinheiro livre.

Segundo ela, esses recursos iam para as chamadas contas bolsões dessas fintechs e eram formalizado na compra de itens de luxo, como carros, iates e até helicópteros.

“As maquininhas são mais um instrumento de introdução do dinheiro dentro de uma fintech, para depois evoluir para uma compra patrimonial através de um fundo ou em nome de uma pessoa física”, afirmou.

Segundo os investigadores, parte do dinheiro dos postos com combustíveis adulterados e até do tráfico de drogas eram aplicados numa rede de ao menos 60 motéis no estado, que mascaravam operações financeiras bilionárias. Juntos, os motéis movimentaram mais de R$ 450 milhões entre 2020 e 2024.

“A movimentação financeira desses motéis era muito diferente do que eles declaravam como receita. Então, fica claro que ali não é apenas receita [do serviço de motel, mas ali entrava dinheiro ilegal como se fosse atividade empresarial. Mas não sendo”, disse Márcia Meng.

O modus operandi, de acordo com ela, é bastante normal. Antigamente, os criminosos atuavam à margem da economia formal. Eles usavam empresas de fachada que não tinham atividade empresarial, e aparecia a receita sem atividade operacional. Hoje, isso está mais sofisticado.

"Eles usam empresas formais em vários tipos de atividade, mas a receita não dá conta da grande movimentação bancária operada. No caso específico dos motéis, eles também acabavam adquirindo bens que não faz muito sentido um motel adquirir. Eles compravam terrenos, imóveis, helicópteros. Bens de luxo que não estavam compatíveis com a receita deles”, completou.

A Superintendente da Receita Federal em São Paulo, Márcia Meng. — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo a Receita Federal, esses estabelecimentos contribuíram para o aumento patrimonial dos sócios parceiros do crime organizado, com a distribuição de R$ 45 milhões em lucros e dividendos.

Um dos motéis chegou a distribuir 64% da receita bruta declarada. Restaurantes localizados nos motéis, com CNPJs próprios, também integravam o esquema - um deles distribuiu R$ 1,7 milhão em lucros após registrar receita de R$ 6,8 milhões entre 2022 e 2023.

As operações imobiliárias realizadas pelos CNPJs de motéis vinculados a integrantes da organização criminosa também chamaram a atenção dos investigadores.

Um dos CNPJs adquiriu um imóvel de R$ 1,8 milhão em 2021; outro comprou um imóvel de R$ 5 milhões em 2023.

Além de motéis, o grupo operava com lojas de franquias e até empreendimentos na construção civil.

Movimentação de R$ 1 bilhão

Segundo a Receita Federal, durante as fiscalizações foram identificados 21 CNPJs ligados a 98 estabelecimentos relacionados a uma mesma franquia, todos em nome de alvos da operação.

Embora operacionais, essas empresas apresentavam indícios de lavagem de dinheiro. Entre 2020 e 2024, movimentaram cerca de R$ 1 bilhão, mas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais.

No mesmo período, recolheram R$ 25 milhões em tributos federais (2,5% da sua movimentação financeira no mesmo período) e distribuíram R$ 88 milhões em lucros e dividendos aos sócios.

“Com os recursos obtidos por meio do esquema, os alvos adquiriram imóveis e bens de alto valor, diretamente ou por meio de empresas patrimoniais e de fachada. (...) Estima-se que os bens identificados representem apenas 10% do patrimônio real dos envolvidos”, diz a Receita Federal.

Entre os bens adquirido pelo grupo estão:

  • Iate de 23 metros, inicialmente comprado por um dos motéis e depois transferido a uma empresa de fachada, que também adquiriu um helicóptero;
  • Helicóptero (modelo Augusta A109E) foi comprado em nome de um dos investigados
  • Lamborghini Urus adquirido por empresa patrimonial
  • Terrenos onde estão localizados diversos motéis, avaliados em mais de R$ 20 milhões.

Chefe do esquema

Segundo as investigações, o chefe do esquema de venda de combustíveis adulterados é o empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, suspeito há anos de lavar dinheiro do crime organizado por meio justamente de postos de combustíveis, além de pessoas associadas a ele.

A Receita diz que identificou ao menos 267 postos ainda ativos que movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheram apenas R$ 4,5 milhões em tributos federais - o equivalente a 0,1% do total movimentado, percentual muito abaixo da média do setor.

Também foram identificadas administradoras de postos que movimentaram R$ 540 milhões no mesmo período.

O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, é o principal alvo da Operação Spare desta quinta-feira (25). — Foto: Reprodução/TV Globo

A Receita diz que também detectou um padrão de retificação de declarações de Imposto de Renda dos envolvidos. São declarações antigas e recentes que eram retificadas no mesmo dia, com inclusão de altos valores na ficha de bens e direitos da declaração mais antiga - próxima à decadência - sem a correspondente inclusão de rendimentos e pagamento de imposto, o que configura mais uma tentativa espúria de indicar origem para patrimônio adquirido com recursos sem origem e não tributados.

“Usando desse artifício, membros da família do principal alvo aumentaram seu patrimônio informado de forma irregular em cerca de R$ 120 milhões (valores atualizados)”, disse o órgão.

25 mandados

A Operação Spare cumpre 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (19 mandados), Santo André (2 mandados), Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco.

Participam da operação 64 servidores da Receita Federal e 28 do Ministério Público de São Paulo, por meio do Gaeco, além de representantes da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e cerca de 100 policiais militares.

Durante as investigações, foram identificadas conexões entre os alvos da Spare e indivíduos envolvidos em outras ações de combate ao crime organizado, incluindo a própria Operação Carbono Oculto e a Operação Rei do Crime.

Entre os indícios estão transações comerciais e imobiliárias entre os investigados, uso compartilhado de helicópteros e reservas conjuntas de passagens para viagens internacionais.

A Receita Federal também diz que deflagrou outras ações com foco em combustíveis. Por meio de sua área aduaneira, realizou na última sexta-feira (19) a “Operação Cadeia de Carbono”, que resultou na apreensão de cargas de dois navios no Porto do Rio de Janeiro.

As mercadorias, compostas por petróleo e seus derivados, foram avaliadas em aproximadamente R$ 240 milhões e são suspeitas de terem sido importadas por empresas que não comprovaram a origem dos recursos utilizados para aquisição de bens de valor tão elevado.

No dia 24, a Instituição publicou portaria que intensifica o combate a fraudes em operações de importação.

“A Receita Federal segue no seu compromisso de garantir a regularidade das importações de petróleo e derivados e a proteção da economia nacional, excluindo do mercado empresas e indivíduos que atuam de forma irregular - seja por meio de sonegação de tributos ou pela utilização de estruturas empresariais formais para introduzir na economia recursos de origem ilícita”, disse o órgão.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/25/maquininhas-de-cartao-em-moteis-e-postos-de-gasolina-enviam-dinheiro-direto-ao-pcc-via-fintech-diz-receita-entenda.ghtml

 

PCC: veja quem são foragidos de megaoperação incluidos em lista da Interpol

n0902 Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco", eram responsáveis por comandar o esquema do PCC no setor de combustíveis e foram para lista vermelha da Interpol por estarem foragidos 

A Interpol incluiu os nomes de oito foragidos da megaoperação contra o PCC na lista de difusão vermelha. Na prática, a inclusão permite que os suspeitos sejam localizados pelas polícias de 196 países-membros da maior organização policial do mundo.

Difusão Vermelha, também conhecida como "lista vermelha" é um mecanismo internacional para o compartilhamento de informações de foragidos internacionais.

 Atualmente, a organização possui 19 bancos de dados à disposição das polícias do mundo, entre eles, de impressões digitais, perfis de DNA, documentos falsificados e obras de arte, por exemplo.

O pedido de inclusão foi feito pela Polícia Federal, que também investiga se o vazamento de informações atrapalhou o cumprimento de mandos de prisão.

Ao todo, a Justiça Federal expediu 14 mandados de prisão preventiva e apenas seis suspeitos foram presos.

O número de pessoas incluídas na lista de Difusão Vermelha pode ser superior àquele divulgado publicamente no site da Interpol, atualmente constam 75 brasileiros.

Por razões estratégicas e de inteligência policial, determinados nomes não ficam disponíveis publicamente, apenas para as polícias, como foi o caso da deputada federal Carla Zambelli.

Quem são os foragidos?

Entre os foragidos estão os principais suspeitos de comandar a rede criminosa que contaminou o setor de combustíveis: Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco".

  • Mohamad Hussein Mourad, conhecido como "João", "Primo" ou "Jumbo": é apontado como "epicentro" do esquema pelo MP;
  • Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco": considerado pelos investigadores como "colíder" da organização criminosa;
  • Daniel Dias Lopes: chamado de "pessoa chave" na organização criminosa por ter ligação com distribuidoras de combustíveis de Mohamad;
  • Miriam Favero Lopes: esposa de Daniel e sócia de empresas ligadas ao esquema;
  • Felipe Renan Jacobs;
  • Renato Renard Gineste;
  • Rodrigo Renard Gineste;
  • Celso Leite Soares.

O grande número de foragidos na operação foi classificado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, como "uma certa estranheza". Ele afirmou que o resultado não segue o padrão de efetividade da corporação.

Fonte:  https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/08/30/nome-de-foragidos-de-megaoperacao-contra-o-pcc-sao-incluidos-em-lista-da-interpol.ghtml

Milei é retirado às pressas de carreata após ataques com pedras e confusão

  • n0829 O presidente da Argentina, Javier Milei, precisou ser retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27).

  • Segundo a imprensa local, homens atiraram pedras e garrafas contra o líder argentino.

  • Um porta-voz informou que ninguém se feriu.

  • A carreata fazia parte de um evento do partido de Milei, A Liberdade Avança, na cidade de Lomas de Zamora, ao sul da Grande Buenos Aires.

  • Atualmente, Milei vive um momento de crise na Argentina, com denúncias de corrupção.

O presidente da ArgentinaJavier Milei, precisou ser retirado às pressas de uma carreata nesta quarta-feira (27). Segundo a imprensa local, homens atiraram pedras e garrafas contra o líder argentino. Um porta-voz informou que ninguém se feriu.

A carreata fazia parte de um evento do partido de Milei, A Liberdade Avança, na cidade de Lomas de Zamora, ao sul da Grande Buenos Aires. O presidente estava acompanhado do deputado José Luis Espert, um dos principais candidatos às eleições legislativas de outubro.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram Milei acenando para as pessoas na caçamba de uma picape, quando começa um tumulto. Outros vídeos registram Espert deixando o local em uma moto, sem capacete.

O jornal El Clarín informou que a carreata precisou ser suspensa por motivos de segurança. A publicação relatou ainda que militantes de oposição insultaram e atiraram objetos contra o presidente. De acordo com a imprensa argentina, houve confusão entre apoiadores e opositores de Milei.

Foto mostra pedra atirada contra Milei durante caravana, em 27 de agosto de 2025 — Foto: Juan Mabromata/AFP

Em entrevista à rede de televisão TN, Espert acusou militantes ligados à ex-presidente Cristina Kirchner de violência. Ele disse ainda que uma fotógrafa que acompanhava a campanha foi atingida por uma pedra.

"Percorremos vários quarteirões em paz, com alegria e grande euforia, e em certo momento pedras caíram muito perto do presidente", afirmou.

A ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, acusou os kirchneristas de organizarem um ataque contra Milei e de colocar em risco famílias que acompanhavam a carreata. "Essas pessoas, para recuperar algum poder, semeiam violência e caos", escreveu.

Já o subsecretário de Comunicação Social, Javier Lanari, disse que o presidente foi alvo de uma tentativa de assassinato.

Após o incidente, Milei republicou várias postagens nas redes sociais condenando os ataques. Ele também publicou uma foto ao lado de Espert e da irmã Karina Milei — alvo de denúncias de corrupção (entenda mais abaixo).

Crise

Atualmente, Milei vive um momento de crise na Argentina, com denúncias de corrupção. No dia 22 de agosto, a Justiça realizou buscas como parte da investigação sobre um suposto esquema de propina que envolve funcionários de alto escalão do governo e a própria irmã do presidente, Karina Milei.

O escândalo começou após a divulgação de áudios que teriam sido gravados pelo ex-dirigente da Agência Nacional da Pessoa com Deficiência (ANDIS), Diego Spagnuolo, demitido pelo governo em 21 de agosto.

Os áudios fazem menções a subornos e citam Karina Milei e Eduardo "Lule" Menem, subsecretário de Gestão Institucional do governo, como beneficiários das supostas propinas na compra de medicamentos.

"Estão roubando, você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApps de Karina", diz um dos áudios atribuídos a Spagnuolo e divulgados pela imprensa local.

Spagnuolo afirmou que o valor desviado é de até 8% de cada contrato, em torno de US$ 500 mil a US$ 800 mil por mês, e que Karina recebe cerca de 3%.

Em outro trecho, o ex-dirigente afirma que chegou a conversar com o presidente Javier Milei sobre os desvios. "Eles não consertaram nada", completa.

A veracidade das gravações, no entanto, ainda não foi comprovada pela Justiça, que até o momento não ordenou prisões nem apresentou acusações formais no âmbito do sigilo judicial.

Na operação de busca e apreensão, as autoridades apreenderam carros, celulares, uma máquina de contagem de dinheiro e US$ 266 mil (R$ 1,5 milhão, na cotação atual) em espécie.

Após as denúncias, o presidente criticou a imprensa e parlamentares de oposição.

O presidente da Argentina, Javier Milei, em carreata na região de Buenos Aires, em 27 de agosto de 2025 — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Derrotas no Congresso

Em meio à crise, Milei também se prepara para as eleições de meio de mandato em outubro, encaradas como um referendo sobre a agenda de austeridade e as reformas de mercado defendidas pelo presidente.

Nos últimos meses, Milei acumulou derrotas no Congresso e chegou a romper com a vice-presidente, Victoria Villarruel, que também preside o Senado.

Em julho, o Senado aprovou, por iniciativa da oposição, aumentos nas aposentadorias e em pensões para pessoas com deficiência. O governo argumentou que a medida comprometeria o equilíbrio fiscal. Milei chamou Villarruel de “traidora” por ter permitido a realização da sessão.

A vice rebateu, dizendo que o presidente deveria “se comportar como um adulto”.

No início de agosto, Milei vetou os aumentos aprovados. A Câmara derrubou o veto sobre os fundos para pessoas com deficiência, mas manteve a decisão presidencial em relação às aposentadorias. Agora, a palavra final caberá ao Senado.

Diante da tensão com o Congresso, a aprovação de Milei caiu oito pontos percentuais em cinco semanas, chegando a 41%. No entanto, o partido dele continua liderando pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/27/milei-e-retirado-as-pressas-de-carreata.ghtml

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