Banco de chineses movimentou ilegalmente R$ 6 bi para 15 países

d0117 Um grupo de chineses é suspeito de comandar parcialmente o gerenciamento de um banco com movimentações bilionárias no Brasil, que encaminhou irregularmente muito dinheiro a outros países e aplicou crimes financeiros na casa dos R$ 6 bilhões nos últimos cincos anos, segundo a Polícia Federal (PF).

O esquema ocorreria por meio de uma associação de um grupo chinês com organizações criminosas voltadas ao tráfico e contrabando. Haveria ainda uma possível ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a Polícia Federal, um dos donos do banco seria um policial civil do estado de São Paulo. O policial apareceu, inclusive, em uma delação premiada contra o PCC, fechada pelo empresário Vinicius Gritzbach, que foi morto a tiros em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A investigação aponta que nem todas as operações do banco são ilegais. O esquema começou há mais de dois anos. Há indícios de envolvimento no suposto esquema fraudulento de quadrilhas especializadas no tráfico de drogas, de armas e no contrabando.

Parta chegar ao montante bilionário das fraudes, a PF rastreou cerca de R$ 120 bilhões em movimentações financeiras entre operações de débito e crédito. Gerentes bancários e contadores também são suspeitos de integrar o esquema. Dezesseis pessoas foram presas no fim de novembro de 2024, suspeitas de operarem o esquema fraudulento.

Segundo as investigações, a organização atuou em pelo menos 15 países, muitos considerados paraísos fiscais, onde eram realizadas lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Durante esse período, os valores bilionários circularam, de acordo com a PF, além do Brasil para: China e Hong Kong, Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Peru, Holanda, Inglaterra, Itália, Turquia e Emirados Árabes.

Segundo a PF, o banco oferecia serviços a interessados em geral, inclusive a quem tinha como objetivo driblar o fisco e praticar evasão de divisas. Por esse motivo, a Receita Federal participa das análises fiscais.

Fraudes representam aperfeiçoamento dos serviços de doleiros

Segundo a PF, o esquema representa um aperfeiçoamento dos trabalhos de doleiros para atender qualquer pessoa que tivesse como objetivo ocultar capital, lavar dinheiro, enviar ou receber valores do ou ao exterior e para isso eram utilizadas ao menos três fintechs. Não foi divulgada a relação de todas elas. Sabe-se apenas que o banco supostamente comandado em parte por chineses e que teria um policial civil como proprietário seria o 2 Go Bank.

O banco disse à Gazeta do Povo que a “instituição de pagamento segue rigorosas políticas de compliance, anticorrupção e de combate à lavagem de dinheiro, que obedecem aos padrões de mercado mais elevados — todas públicas, disponíveis em seu site”. “A 2GO acrescenta que está colaborando com as investigações e segue à disposição das autoridades”.

O policial civil do estado de São Paulo estaria na relação de delatados, por corrupção, apontado pelo empresário Vinicius Gritzbach. Somente no ano passado, o homem apontado como o líder do grupo teria movimentado cerca de R$ 800 milhões.

À Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que o policial civil está afastado de suas funções desde dezembro de 2022. “A Corregedoria da Polícia Civil, que também apura os fatos, acompanha os desdobramentos da operação (...) e está à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações”.

A reportagem procurou a defesa do policial civil, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto às manifestações.

Em uma operação deflagrada pela PF de Campinas (SP) no fim de novembro, na qual o policial suspeito e outras 15 pessoas tiveram prisão preventiva decretada, foram apreendidos R$ 1,5 milhão em dinheiro e a Justiça Federal autorizou o bloqueio de R$ 10 bilhões em mais de 200 empresas suspeitas de atuarem em favor do bando.

Como eram feitas as transações bancárias ilegais

Segundo o inquérito policial, o principal objetivo era enviar remessas para o território chinês ocultando capitais, lavando dinheiro ou burlando a fiscalização e taxações no envio e recebimento internacional de dinheiro. Para essas transações, revela a PF, a suposta organização criminosa usava meios como:

  • Boletagem: Com emissão de boletos é possível oferecer serviços de intermediação financeira e usar boletos para "esquentar" valores, criando a aparência de transações comerciais legítimas.
  • Empresas de fachada: organizações fictícias criadas para disfarçar operações ilegais, ocultar recursos financeiros ou facilitar crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e evasão fiscal.
  • Laranjas: em um esquema criminoso são pessoas que emprestam seus nomes ou dados para ocultar os verdadeiros responsáveis por atividades ilegais.
  • Falsificação de documentos de importação e exportação: criminosos se aproveitam da complexidade da burucracia do comércio internacional para falsificar documentos e evitar a apreensão de mercadorias pelas autoridades.
  • Pulverização de operações bancárias: prática de dividir uma grande operação financeira em várias transações menores. Isso pode ser feito para facilitar a gestão do risco ou para atender a diferentes clientes e regiões. Porém, em alguns casos, pode ser usado de forma ilícita, como para evitar alertas de monitoramento financeiro, mascarando a origem de valores em crimes como lavagem de dinheiro.
  • Operações de câmbio fraudulentas: envolvem manipulações ilegais em transações cambiais, como uso de documentos falsos, contas de laranjas ou empresas de fachada para transferir dinheiro ao exterior, mascarar a origem dos recursos ou sonegar impostos.
  • Dólar-cabo: operação informal para transferir recursos entre países, geralmente sem passar pelo sistema financeiro oficial podendo envolver métodos mais modernos como o uso de fintechs e transferência de dinheiro para criptoativos.

A Polícia Federal afirma que os novos modelos e instrumentos de lavagem de dinheiro e evasão fiscal permitiram à organização multiplicar seus lucros, passando de operações de milhões de reais para valores na casa de bilhões de reais.

Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, ocultação de capitais, com foco à lavagem de dinheiro, e evasão de divisas, com penas que podem chegar a 35 anos de prisão.

Polícia rastreia segundo banco bilionário suspeito de operar para o crime

Esse é o segundo banco, supostamente, a serviço do crime organizado em poucos meses no Brasil. Em outro deles, a Polícia Civil de São Paulo identificou um banco que operou, para o PCC, cerca de R$ 8 bilhões. O objetivo da instituição criminosa era lavar dinheiro do tráfico e financiar políticos e campanhas eleitorais. Tratava-se do 4TBank. A Gazeta do Povo procurou representantes da instituição também suspeita de lavagem de dinheiro, mas não obteve retorno. O 4TBank não tem registro no Banco Central.

Desta vez quem está no alvo da PF é o 2 Go Bank. Segundo o inquérito, trata-se de um complexo sistema bancário ilegal dedicado à lavagem de dinheiro e evasão de divisas para o crime organizado.  

O nome do policial civil de São Paulo investigado pela PF constava como CEO e fundador da empresa em seus sites de internet, mas o nome foi recentemente retirado. Sobre o possível afastamento de suas funções na instituição financeira, a reportagem fez contato com a defesa do suspeito e aguarda retorno.

Nas redes sociais, o 2 Go Bank se descreve como mais que uma instituição de pagamentos. “Oferecemos soluções financeiras e digitais para pessoas, empresas e clubes de futebol, com o objetivo de facilitar o dia a dia das operações. Por meio da nossa tecnologia, realizamos a automação das contas bancárias com a integração de APIs [Interfaces de Programação de Aplicativos] desenvolvidas para atender todas as necessidades dos clientes”.

A instituição afirma que trabalha com “tecnologia, velocidade e, principalmente, segurança jurídica”. A instituição financeira está devidamente cadastrada no Banco Central do Brasil (BCB), o qual foi procurado pela reportagem para tratar sobre as possíveis movimentações atípicas remetidas às autoridades de fiscalização e controle. O Banco Central disse apenas que “não comenta sobre as instituições supervisionadas”.

O empresário delator do PCC, Vinicius Gritzbach, chegou a dizer em um de seus depoimentos ao Ministério Público Estadual de São Paulo que o banco suspeito de também operar para o crime era usado para lavar dinheiro do PCC e que o policial civil teria ligações com membros do Primeiro Comando da Capital.

Entre eles, falou dos dois integrantes da organização criminosa assassinados em 2021: Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, e Antonio Corona Neto, o Sem Sangue. O empresário delator, assassinado no aeroporto de Guarulhos em novembro passado, chegou a ser acusado pela Justiça como mandante das mortes de Cara Preta e Sem Sangue. Ele sempre negou os crimes.

Crime organizado avança sem medo, sem freios e sem fronteiras

Para o especialista em segurança pública Sérgio Gomes, o avanço das organizações criminosas é preocupante e passou, muito rapidamente, a falar em bilhões de reais. “Avançam facilmente diante das facilidades que encontram para expandir negócios e mercados. Já atuam como verdadeiras multinacionais do crime”, reforça o profissional que integrou, por décadas, o serviço de inteligência das forças federais da segurança na região da fronteira entre Brasil e Paraguai.

Ele alerta que a expansão das organizações se intensifica por parcerias com máfias e cartéis pelo mundo, a exemplo do atual envolvimento de um grupo chinês. Recentemente, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que, diante do avanço e da modernização das organizações criminosas, o Estado brasileiro precisa agir e defendeu a implantação da criticada PEC da Segurança Pública. O ministro disse que a segurança pública “necessita de modernização para acompanhar o avanço destas organizações”.

Para Gomes, é essencial haver mais policiamento nas fronteiras, intensificação do combate ao crime organizado, criação de novos e modernos mecanismos de investigação para sufocar financeiramente as organizações criminosas, rastreamento e apreenão de dinheiro. Mas é possível tomar essas medidas sem que o governo federal tente se impor às políticas dos estados. “Não tirar competências dos estados para centralizá-las na União”, completa o especialista.

A PEC vem sendo criticada por governadores, como os do Sul e Sudeste, que em novembro, durante reunião em Florianópolis, trataram da proposta da União. Os governadores se dizem preocupados com o que vem sendo posto e que precisam de contribuição da pasta, mas não de concorrência na segurança pública.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/banco-comandado-por-chineses-e-policial-civil-movimentou-ilegalmente-r-6-bi-para-15-paises/

PMs dão depoimento sobre blitz feita a mando de oficial preso por 8/1

d0113 Nessa quinta-feira (9/1), policiais militares envolvidos em uma blitz supostamente encomendada prestaram depoimento à Delegacia de Repressão à Corrupção (Decor), que investiga o caso liderado pelo coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime Barreto. O oficial é suspeito de utilizar sua posição para organizar operações contra uma empresária, a pedido do ex-marido dela, em meio a um processo de separação conturbado.

De acordo com as investigações, Naime foi contratado pelo ex-marido como “chefe de segurança” e teria usado a estrutura da PMDF para perseguir a mulher. Documentos obtidos pela Decor indicam que o coronel coordenava monitoramentos ilegais e abordagens intimidatórias, envolvendo policiais em ações direcionadas. Um dos episódios ocorreu em 30 de outubro de 2024, quando o motorista da empresária foi abordado por uma viatura enquanto transportava uma das filhas da mulher e a babá, próximo a uma escola no Lago Sul.

Câmeras de segurança captaram o momento em que Jorge Naime, identificado pelas investigações, coordenava a abordagem. Ele e um comparsa foram vistos se posicionando estrategicamente antes da blitz, que começou logo após o veículo da empresária passar pela viatura. Durante a ação, os policiais exigiram os documentos do motorista, confiscaram temporariamente seu celular e fotografaram a carteira de motorista, enquanto outro policial mantinha a arma em punho. A criança de 5 anos que estava no veículo presenciou toda a cena.

Após a abordagem, Naime foi flagrado conversando com os policiais dentro da viatura. A análise das imagens confirma que ele liderou a ação, com o objetivo de intimidar a empresária.

Jorge Naime também já foi investigado por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília, que resultaram em sua prisão preventiva em 2023. Acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio público, ele foi liberado em maio de 2024, com imposição de medidas cautelares pelo ministro Alexandre de Moraes, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.

Em nota, a defesa do oficial refutou qualquer alegação de envolvimento em atos de perseguição ou intimidação contra a empresária. Afirmou que as funções de segurança foram exercidas em consonância com um contrato formal previamente estabelecido.

A defesa também ressaltou que o contato do coronel com a guarnição responsável por determinada ação teve como única motivação a preocupação legítima com a segurança das pessoas sob sua proteção, não havendo qualquer atitude que pudesse ser vista como intimidação.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/pms-dao-depoimento-sobre-blitz-feita-a-mando-de-oficial-preso-por-8-1

Policial penal atuava como “pombo-correio” de traficantes na Papuda

d0110 Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), o policial penal Rafael da Conceição Barretto (foto em destaque) facilitava a comunicação de presos do Complexo Penitenciário da Papuda com familiares e comparsas, atuando como um “pombo-correio” para traficantes. Entre as práticas, Barretto entregava cartas, realizava videochamadas e enviava mensagens de voz para criminosos fora da prisão.

Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal, Barretto foi flagrado enviando uma carta escrita pelo detento Macksuel Cavalcante Camelo para Philip Rodrigues Rosa, detalhando instruções para a gestão de bens obtidos com atividades criminosas.

Além das cartas, Barretto permitia que presos enviassem mensagens de áudio. Em um caso registrado em março de 2024, um advogado intermediou a gravação de mensagens de voz de presos para seus familiares, incluindo Macksuel.

O policial também usava seu próprio celular para realizar videochamadas. Em uma ocasião, ele conectou um detento a seu advogado. Em outro caso, Barretto organizou uma chamada entre uma mulher e seu marido preso.

Barretto frequentemente fotografava presos e enviava as imagens para familiares ou comparsas. Ele também permitia que detentos utilizassem seu celular para realizar contatos.

Barretto, que estava na polícia penal desde 2010 e recebia R$ 13 mil por mês, foi preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) sob acusações de prevaricação especial, corrupção passiva e comércio ilegal de artefatos bélicos. De acordo com a Polícia Federal, ele recebia vantagens indevidas em troca de regalias oferecidas aos presos.

As investigações apontam que Barretto não apenas aceitava subornos, mas ativamente facilitava as comunicações ilícitas dos detentos, violando normas penitenciárias e ajudando a organização criminosa a manter suas operações fora da prisão. Caso seja condenado, o Ministério Público solicita a perda do cargo público de Rafael da Conceição Barretto, além de outras penas previstas.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/policial-penal-atuava-como-pombo-correio-de-traficantes-na-papuda

filho de vereador e policial civil é preso durante operação contra tráfico de drogas e de armas no Norte do Piauí

d0106 O filho do vereador e policial civil de Piracuruca, Cerqueira Neto (PT), foi preso em flagrante, na manhã desta sexta-feira (3), durante uma operação da Polícia Civil do Piauí contra tráfico de drogas e de armas no município, localizado 209 km ao Norte de Teresina.

A operação foi deflagrada pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e teve como objetivo cumprir quatro mandados de busca e apreensão. Além do combate ao tráfico de drogas, a ação visava retirar armas de circulação. O g1 tentou contato com o vereador Cerqueira Neto, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidas quatro armas. O delegado Samuel Silveira, coordenador do departamento, afirmou que três delas estavam na casa do filho do parlamentar e policial civil.

"É uma investigação que acontece desde o ano passado. Dois alvos eram o olhar maior nesse momento da investigação. Um dado indivíduo, que é policial civil e vereador da cidade, e o filho dele. Na residência do filho foram encontradas armas longas, de grosso calibre e longo alcance, um veículo com alteração, que vamos periciar, e uma série de outros indícios de provas que vão robustecer nossas investigações", afirmou o delegado.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) informou que está buscando mais informações para esclarecer os fatos e, caso haja a confirmação de envolvimento do vereador, ele será orientado a se afastar do partido. Se houver recusa, haverá a aplicação das sanções disciplinares previstas no estatuto do partido. (Confira a nota na íntegra ao fim da reportagem)

Filho de vereador é preso durante operação contra tráfico de drogas no Norte do Piauí

"A operação faz parte dos esforços contínuos da Polícia Civil para intensificar o enfrentamento ao crime organizado, garantir a segurança da população e proteger a sociedade contra práticas ilícitas", afirmou a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) em nota.

Além da equipe do Denarc, a ação contou com o apoio da Superintendência de Operações Integradas da SSP-PI, Força Estadual Integrada de Segurança Pública e Corregedoria da PC-PI.

Filho de vereador de Piracuruca é preso durante operação contra tráfico de drogas — Foto: Divulgação/SSP-PI

Nota - Partido dos Trabalhadores (PT)

O Partido dos Trabalhadores vem a público manifestar-se sobre os recentes acontecimentos envolvendo o vereador Cerqueira Neto, no município de Piracuruca.

  1. Tomamos conhecimento do caso pela imprensa e estamos acompanhando as informações divulgadas.
  2. Entramos em contato com a direção local do partido para obter detalhes e compreender a situação.
  3. Estamos buscando maiores informações junto às autoridades competentes para esclarecer os fatos.

Reafirmamos nosso compromisso com a ética, a transparência e a responsabilidade pública. Caso sejam confirmados indícios concretos do envolvimento do vereador Cerqueira Neto em atos incompatíveis com os princípios do PT:

  • O partido orientará o filiado a se afastar de suas funções públicas, pedindo sua saída voluntária.
  • Na hipótese de recusa, serão aplicados os dispositivos previstos no Estatuto do Partido dos Trabalhadores, que tratam de sanções disciplinares cabíveis.

Reiteramos que não compactuamos com qualquer prática que atente contra os valores democráticos e a confiança da população. O PT segue comprometido com a apuração rigorosa dos fatos e com o respeito às instituições.

Fonte: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2025/01/03/filho-de-vereador-de-piracuruca-e-preso-durante-operacao-contra-trafico-de-drogas.ghtml

Com benefício da saída temporária de fim de ano, homem passa a mão nas nádegas de adolescente em praça e acaba detido

d0103 Um homem de 41 anos que havia sido beneficiado com a saída temporária do sistema prisional para passar as festas de fim de ano com familiares teve o direito suspenso pela Justiça após se envolver em um caso de importunação sexual de uma adolescente, em Presidente Venceslau (SP).

Ele foi detido nesta segunda-feira (30) e permaneceu na Cadeia de Presidente Venceslau no aguardo de remoção para uma unidade da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP).

O caso de importunação sexual foi registrado na última quinta-feira (26).

A adolescente, de 14 anos, compareceu à Delegacia da Polícia Civil, acompanhada da mãe, e contou que, por volta das 17h, passava pelo Parque do Bosque, no Centro da cidade, quando um homem teria se aproximado, passado a mão em suas nádegas e fugido logo em seguida.

A jovem informou aos policiais as características do suspeito e disse que já o tinha visto pela cidade, mas não soube identificá-lo.

Policiais da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) deram início às investigações para esclarecer o caso e conseguiram identificar o suspeito a partir do relato da vítima e de pesquisas nos sistemas de banco de dados oficiais.

Números de detentos para saída temporária de Natal e Ano Novo são divulgados

A vítima e a mãe dela fizeram o reconhecimento fotográfico do suspeito e as investigações elucidaram que se tratava de um homem que estava cumprindo pena, em regime semiaberto, na Penitenciária de Presidente Prudente (SP), em razão de condenações por crimes de roubo, furto, desacato e dano qualificado, e havia recebido o benefício da saída temporária para passar as festas de fim de ano com familiares.

Após ser comunicado pela Polícia Civil sobre o que havia ocorrido, o Poder Judiciário determinou a imediata suspensão do benefício da saída temporária e a recondução do detento ao sistema penitenciário.

Nesta segunda-feira, policiais civis detiveram o suspeito e o encaminharam à Cadeia de Presidente Venceslau, onde o homem permaneceu à disposição da Justiça, no aguardo da audiência de custódia. Se o Poder Judiciário confirmar a prisão, ele será transferido para uma penitenciária da SAP-SP.

As investigações ainda seguem em andamento no âmbito da DDM e o suspeito responderá pelo crime de importunação sexual, tipificado pelo artigo 215-A, do Código Penal.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2024/12/31/com-beneficio-da-saida-temporaria-de-fim-de-ano-homem-passa-a-mao-nas-nadegas-de-adolescente-em-praca-e-acaba-detido-em-presidente-venceslau.ghtml

Enterro de 17 fetos é realizado após abandono em maternidade pública de Manaus

d1230 Dezessete fetos abandonados na Maternidade Ana Braga, na Zona Leste de Manaus, foram enterrados no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã. A ação, ocorrida na semana passada, foi coordenada pela Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), com apoio do SOS Funeral.

Segundo a DPE, os fetos, que nasceram mortos ou faleceram logo após o nascimento, foram abandonados por suas mães, mulheres em situação de vulnerabilidade social, e estavam armazenados por pelo menos três anos.

Ainda conforme a Defensoria, a maternidade tentou contatar os responsáveis, mas sem sucesso.

"Após termos conhecimento da situação, verificamos como a Defensoria do Amazonas poderia atuar para garantir a estas crianças um enterro digno. Durante esse processo, constatamos que as mães estavam em extrema vulnerabilidade, sendo, em sua maioria, pessoas em situação de rua e dependentes químicas. Por isso, decidimos ajuizar essa demanda para obter a autorização de sepultamento combinada com o registro tardio de óbito", explicou a defensora Rosimeire Barbosa.

De acordo com a Defensoria, quando um bebê morre logo após o nascimento ou nasce morto, a maternidade deve seguir os seguintes procedimentos:

  1. Primeiro, é necessário obter a declaração de óbito feita pelo médico e levá-la ao cartório para a emissão tanto da certidão de nascimento quanto da de óbito.
  2. Após isso, o SOS Funeral é acionado para dar continuidade ao processo. Se o feto pesa menos de 500 gramas, ele é descartado; no entanto, quando o peso é superior, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece que o corpo não pode ser descartado e que o sepultamento, assim como a emissão do registro de óbito, é obrigatório.

Esse era o caso dos corpos abandonados. Dessa forma, com base na lei, a Defensoria do Amazonas obteve resposta positiva do juízo e foi autorizada a realizar o enterro. Contudo, surgiram dois fatores complicadores: a falta de espaço para o sepultamento e um interessado, que se apresentou para cremar os corpos das crianças, explicou a Defensoria.

De acordo com a legislação brasileira, a cremação só pode ser realizada com autorização da família ou em situações de saúde pública. Como não havia autorização das famílias, não seria possível a cremação. A Defensoria, então, procurou auxilio da Procuradoria Geral do Município (PGM), para garantir um sepultamento digno no cemitério, assegurando que as crianças fossem enterradas de forma adequada.

Após obter a autorização judicial, a Defensoria Pública acionou o SOS Funeral, um serviço da Prefeitura de Manaus criado para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica que não têm condições de arcar com os custos dos serviços funerários em casos de óbitos.

"Em hipótese alguma recusaríamos uma solicitação como esta, não só pela obrigação, mas pela questão social. São crianças que infelizmente nasceram em vulnerabilidade nessas maternidades e estavam armazenadas há anos. Nossa função foi viabilizar este ato, dando todo o suporte necessário para a conclusão digna desse processo", disse João Nobre, gestor do SOS Funeral.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) afirmou que partiu do órgão a iniciativa de buscar o apoio do Comitê de Combate à Violência Obstétrica, que viabilizou judicialmente, junto à Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), o sepultamento dos fetos.

"A direção da unidade já havia tentado contato com os responsáveis, por meio de informações obtidas nos prontuários das pacientes, mas não obteve sucesso", esclareceu a pasta.

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2024/12/26/enterro-de-17-fetos-abandonados-em-maternidade-publica-de-manaus-e-realizado-com-apoio-da-defensoria.ghtml

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