Militares são presos suspeitos de se passarem por policiais civis para roubar caminhonete da Bolívia em MT

vd1606 Os grupo abordou a vítima afirmando que o veículo era usado para o transporte de drogas e precisava ser apreendido. A investigação aponta que os suspeitos estavam de entorpecentes para vender.

Três policiais militares foram presos suspeitos de se passarem por policiais civil para roubar uma caminhonete que saiu da Bolívia e entrou no território mato-grossense. As prisões ocorreram nesta sexta-feira (13) durante a Operação Purgato, que cumpriu mandados em Várzea Grande, região metropolitana da capital, e Cáceres, a 220 km de Cuiabá.

O roubo investigado ocorreu na noite do dia 7 de maio, quando três homens armados, se passando por policiais civis, invadiram uma oficina mecânica e levaram uma caminhonete, alegando que o veículo estaria sendo usado para o transporte de drogas. Após o crime, a vítima acionou a polícia e a caminhonete foi encontrada abandonado a cerca de dois quilômetros do local.

Durante as investigações, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) identificou que os suspeitos eram, na verdade, são policiais militares. A principal linha de investigação aponta que eles estariam em busca de drogas e acreditaram que, pelo fato do carro ter entrado no estado na fronteira com a Bolívia, estaria transportando os entorpecentes.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. A ação realizada pela Polícia Civil teve como objetivo desarticular o grupo criminoso envolvido no roubo majorado e usurpação de função pública.

As investigações e o cumprimento das ordens judiciais contam com apoio da Delegacia Regional de Cáceres, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Corregedoria da Polícia Militar e da equipe das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).

Fonte: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/06/13/militares-sao-presos-suspeitos-de-se-passar-por-policiais-civis-e-roubar-caminhonete-da-bolivia-em-mt.ghtml

 
 
 

Major mata filho e ex-cunhado após fugir de prisão em Alagoas

d0613 Militar invadiu casa da ex-esposa, fez cinco pessoas reféns e foi morto pelo Bope

O major Pedro Silva matou o próprio filho, de 10 anos, e o ex-cunhado após fugir da academia militar onde estava preso por violência doméstica neste sábado (6). O crime aconteceu no bairro do Prado, em Maceió, Alagoas, depois que o militar invadiu a casa da ex-esposa e fez cinco pessoas reféns, incluindo a mulher, o filho mais novo do casal, de 3 anos, e outra mulher.

Após a invasão, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionadas para negociar a rendição do major, que recusou se entregar. Durante a operação, ele foi baleado e morreu no local.

Outras duas pessoas morreram e foram identificadas como Pierre Victor Pereira Silva, de 10 anos, filho do militar, e Altamir Moura Galvão de Lima, sargento aposentado e ex-cunhado do major.

A ex-esposa, o filho mais novo e a terceira mulher foram resgatados com vida. Parentes confirmaram à Polícia Militar que Pedro Silva tinha um histórico de agressões e ameaças contra a ex-mulher.

A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas informou que está investigando como ocorreu a fuga do local onde o militar da reserva estava preso preventivamente desde janeiro deste ano por agredir e ameaçar a ex-companheira.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/nordeste/al/major-mata-filho-e-ex-cunhado-apos-fugir-de-prisao-em-alagoas/

 

Advogado é investigado por falsificar sentenças de juízes federais para fraudar impostos

d0609 A Polícia Civil investiga um advogado tributarista de Belo Horizonte suspeito de falsificar contratos, documentos contábeis e até sentenças de juízes para fraudar os fiscos federal e estadual.

Na manhã desta sexta-feira (6), policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado na capital mineira e em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo as investigações, o homem procurava empresas para oferecer um serviço destinado a burlar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Uma firma foi lesada em R$ 25 milhões.

O crime é apurado pelo Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof).

 

Fonte:https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/06/06/advogado-e-investigado-por-falsificar-sentencas-de-juizes-federais-para-fraudar-impostos.ghtml

Polícia Federal prende esposa de policial civil de SP acusado de ligação com PCC no caso Gritzbach

d0606 Daniella Bezerra dos Santos, mulher do agente da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o ‘Rogerinho’, é suspeita de lavar dinheiro da facção. Defesa dela não foi localizada.

 

Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (4) Daniella Bezerra dos Santos, mulher do agente da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o "Rogerinho". Ela é acusada de envolvimento na investigação que apura a participação de policiais civis com os esquemas do empresário com Vinicius Gritzbach.

Daniella estava foragida e é suspeita de lavar dinheiro para criminosos que atuavam junto com Gritzbach para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A defesa dela não foi localizada pela reportagem.

Em fevereiro, a esposa de policial já tinha sido denunciada pelo Ministério Público de SP (MP-SP) como participante do esquema criminoso que contava com participação de vários policiais civis, incluindo o marido dela.

O MP-SP diz que a mulher do policial atuava “no contexto das atividades ilícitas da organização” para “lavagem de capitais do produto e proveito do crime de tráfico de drogas e outros crimes correlatos praticados por seus integrantes”.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ela teria atuado diretamente “para ocultar provas e objetos dos crimes ligados ao seu companheiro e também denunciado Rogério de Almeida Felício”.

Áudios obtidos pelo g1 mostram que Danielle tinha pleno conhecimento das atividades criminosas do marido. Rogerinho era segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima, tendo prestado serviço em alguns eventos e shows do artista.

Numa das gravações, ela diz ao pai:

“Pai, essa conta que tá o dinheiro é uma conta que o Rogério tem que usa para pagar as contas, entendeu? É uma conta empresarial que ele comprou. Ele comprou essa empresa. Não tem vínculo nenhum com o CPF dele, com o meu CPF… então é uma conta que pode cair o quanto de dinheiro que for, entendeu? Que não tem problema nenhum de justificar, de colocar imposto de renda. É uma conta que você pode usar, entendeu? Pensa como se fosse uma conta de laranja.”

Segundo os investigadores, antes de ser casada com Rogério, Danielle se relacionou com outros dois integrantes da cúpula do PCC — Felipe Alemão, traficante de drogas no ABC paulista, e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, preso por suspeita de planejar o sequestro do senador Sérgio Moro (União Brasil).

A investigação descobriu que, após o assassinato de Nefo, Danielle passou a cobrar dívidas do ex-companheiro. E tinha a ajuda do atual marido.

Numa gravação, Rogério diz a Danielle que vai pedir autorização do PCC para cobrar as dívidas.

“Eu vou falar com o Ronald, amor, e vou dar um toque, vou lá encostar com ele. Vou trocar uma ideia, vou falar: ‘Deixa com nois (sic)?’. Se ele falar, ‘Deixa com nois (sic), é com nois (sic). Aí eles lavam as mãos e já era. Vai ser de outro jeito”.
 
 

Em outra gravação, Rogério diz à mulher que vai agir com violência: “Estava até falando com o Ronald, ontem. Qualquer coisa eu ia encostar com a viatura e a hora que esse Marcelo falar… a hora que esse Roni falar eu vou lá no bar dele, vou dar um cacete nele lá no bar, que é pra ele acreditar. Vou parar a viatura caracterizada lá e vou ficar o dia inteiro. Vai ver se vai encostar algum malandro lá”.

Na denúncia, os promotores acusam Danielle de organização criminosa e lavagem de dinheiro e pedem à Justiça a prisão preventiva dela. O juiz ainda não se manifestou sobre o pedido.

Numa das mensagens descobertas pelos investigadores do MP, a esposa de Rogério conversa com uma amiga. As duas falam sobre o fato de “casar com polícia e bandido dar no mesmo”, no que Danielle responde: "Com polícia a hipocrisia é maior. Rouba de quem rouba e paga de santo”.
 

Execução no Aeroporto Internacional de SP

Vinicius Gritzbach foi morto em 8 de novembro ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O empresário do ramo imobiliário era investigado por lavar dinheiro do PCC e havia feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público para não ser condenado por associação criminosa. Responderia somente pela corrupção.

Em troca, Gritzbach revelou os nomes das pessoas ligadas à facção criminosa e à polícia que extorquiram dinheiro dele. Essa investigação está sendo feita pela Polícia Federal (PF).

 

Justiça vai contra a lei e expõe nomes e até endereços de crianças e mulheres vítimas de estupro e violência doméstica

d0602 O g1 encontrou 120 casos em que vítimas tiveram o nome divulgado em ordens de prisão. Para especialistas, exposição é uma nova agressão a pessoas que já sofreram uma violência. Tribunais dizem que vão apurar. Conselho Nacional de Justiça diz que 'erros' podem ser levados à corregedoria nacional.

 Maria (nome fictício) tinha 13 anos quando foi estuprada dentro de casa pelo padrasto, em 2013, em Pernambuco. O caso passou a ser investigado depois que a menina contou sobre a violência para a mãe. Contra a lei, o nome da vítima e detalhes do crime foram expostos pela Justiça.

O depoimento de Joana (nome fictício), que relatou à Justiça os abusos sexuais que sofreu desde os 7 anos, no Pará, também estava exposto pelo Judiciário.

Maria e Joana estão entre 120 pessoas, a maioria mulheres e crianças vítimas de agressões, estupros e tentativas de feminicídio, que tiveram os nomes divulgados indevidamente em ordens de prisão expedidas por 19 tribunais de Justiça e inseridas no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

O BNMP é de acesso público e reúne, entre outras informações, os nomes e endereços de pessoas procuradas pela Justiça, com o objetivo de auxiliar as forças de segurança na localização de foragidos. Os dados das vítimas, no entanto, deveriam estar sob sigilo.

'Não fazia ideia', diz vítima que teve nome exposto

“Eu sabia que determinadas pessoas podiam ter acesso [ao processo], como o advogado dele, mas não fazia ideia de que era tão exposto da forma como você está me falando. Não fazia ideia mesmo", disse ao g1 uma das mulheres que teve o nome divulgado.

g1 procurou os 19 tribunais e o CNJ. Dois tribunais (Amazonas e Rio Grande do Sul) informaram que acionaram as corregedorias. O do Rio de Janeiro disse que vai apurar; o de Rondônia, que corrigiu o erro. Sergipe afirmou que vai aprimorar seus fluxos internos; e o de Alagoas, que vai pedir revisão de documentos.

O Tribunal do Mato Grosso do Sul disse que solicitou a retirada dos mandados da consulta pública. O do Ceará afirmou que tem mantido esforços contínuos de orientação com magistrados para prevenir a exposição de dados.

O Tribunal do Distrito Federal afirmou que a corregedoria reforçará o sigilo nos casos e que solicitará a retificação do mandado com a exposição da vítima.

Após a publicação da reportagem, o Tribunal do Maranhão enviou uma nota afirmando que expediu uma orientação para que os juízes cumpram a LGPD, o sigilo da Lei Maria da Penha e as normas de proteção de dados do CNJ para o BNMP.

Os tribunais do Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte não se pronunciaram até a publicação desta reportagem.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nega "erro sistêmico" e afirmou que reconhece a importância de proteger dados de vítimas, tendo editado normas para evitar exposições indevidas. Disse ainda que vai reforçar orientações aos tribunais e que casos como esses podem ser analisados pela Corregedoria Nacional.

 
 

'Justiça deveria garantir direitos, não violá-los'

Para Mariana Albuquerque Zan, advogada do Instituto Alana, que atua em defesa dos direitos da criança e do adolescente, proteger o nome das vítimas é essencial para proteger o futuro delas, e evitar que a dor causada pelos crimes sofridos seja agravada.

“O sigilo é estabelecido para que essas crianças não sofram outras violências a partir da violência que já tenham sofrido", afirma. “Choca mais quando a gente fica sabendo que é pelo próprio sistema de Justiça, porque a gente tem essa ideia de que ele está aqui para garantir direitos, e não para violar.”

Para Anabel Pessôa, cofundadora do Instituto Maria da Penha e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, além de evitar constrangimento público, o sigilo é importante para evitar que as mulheres desistam de denunciar os agressores.

“A exposição coloca a mulher em risco não só diante do agressor, mas também da sociedade. Com a nova lei, o sigilo passou a ser obrigatório por norma expressa", afirma. A vítima pode ser alvo de preconceito, fofoca, retaliação, e tudo isso pode levá-la a se calar. O Estado, ao falhar no sigilo, contribui para a revitimização.”

Sigilo em casos de violência sexual e violência doméstica é obrigatório

Uma lei de 2009 determinou que todos os crimes contra a dignidade sexual devem tramitar em segredo de justiça. Isso inclui os crimes de estupro, estupro de vulnerável, assédio sexual, importunação sexual e divulgação de cenas de estupro ou pornografia.

Outra lei, de 2024, estabeleceu que todo caso de violência doméstica deve ser automaticamente colocado sob sigilo, sem necessidade de um pedido da vítima — antes, o sigilo dependia de uma decisão judicial. As informações sobre o agressor e o andamento do processo podem continuar públicas.

Dos 44 nomes de mulheres encontrados pelo g1, 19 aparecem em ordens de prisão expedidas antes da vigência da lei, e 25, depois.

Segundo Anabel Pessôa, o sigilo deve ser aplicado também em casos ocorridos antes dessa lei.

“Uma lei não pode retroceder para prejudicar, mas ela pode retroceder para favorecer", afirma.

CNJ limita acesso à totalidade dos mandados

Por meio do BNMP, o g1 conseguiu acessar informações públicas de 123 mil das 335 mil ordens de prisão em vigor.

O sistema, no entanto, não permitiu o acesso à totalidade dos mandados. O CNJ informou que não poderia disponibilizá-los e, durante a apuração, uma mudança na plataforma impossibilitou o acesso aos dados dos estados de São Paulo e Tocantins.

Para Marina Atoji, diretora de Programas da Transparência Brasil, há um desequilíbrio grave nas políticas públicas de dados do sistema de Justiça.

Para a especialista, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) restringe o acesso a informações que deveriam ser públicas — como os nomes dos procurados —, enquanto expõe vítimas de crimes que, por lei, deveriam estar sob sigilo.

"É uma situação absurda: nem se cumpre o dever de transparência adequadamente, nem se cumpre o dever de proteção das vítimas."

Em nota, o CNJ diz que busca avançar na construção de uma política de dados abertos, preservada a proteção de dados pessoais e sigilosos, permitindo a geração e extração de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, bem como, quando possível, o acesso automatizado.

Como o g1 descobriu que nomes de vítimas estão sendo expostos

Para descobrir que nomes de vítimas estavam sendo expostos, o g1 usou um sistema do CNJ que permite baixar dados de várias ordens de prisão ao mesmo tempo, sem a necessidade de consultar uma a uma.

Com os dados de 123 mil ordens de prisão em mãos, o g1 selecionou somente aquelas de crimes em que, por lei, o nome da vítima deve ser protegido, chegando a sete mil casos.

Em seguida, foi utilizada inteligência artificial para apontar os documentos com maior potencial de exposição de dados. Cada um dos casos identificados pela ferramenta foi verificado manualmente, resultando em 120 mandados com exposição indevida (a reportagem não teve acesso a mandados dos estados de São Paulo e Tocantins).

Os mandados com dados expostos foram encontrados nos tribunais dos seguintes estados:

 

Idosa assaltada por policial militar pediu para não ser trancada no closet: 'Traumatizada'

d0530 Policial militar do Ceará foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) por participação no crime. Ele e mais dois comparsas trancaram os idosos em closet por mais de 3h.

Um policial militar do Ceará foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) por envolvimento no crime. Os outros dois suspeitos permaneciam foragidos.

"Eu senti que eles iam nos trancar e ainda disse: 'ô menino, não prenda a gente não'", contou a idosa, que preferiu ter a identidade preservada.

"Trancaram a gente num closetzinho que eu tenho, pequeno, só de guardar bolsa e sapato. Não cabe mais nada do que isso. Deixaram nós dois nesse ambiente em pé. Para sentar foi uma luta".

Ao arrombarem os portões e invadirem a casa, os criminosos se apresentaram como policiais aos idosos. "Disseram várias vezes que eram da polícia, que eu não sabia o motivo [deles estarem ali] e nem ia saber", falou

Os criminosos roubaram dinheiro em espécie, joias e caixas de whisky da casa.

"Eu ainda estou muito abalada, abalada demais. Estou com medo medo até de ir na cozinha", disse a idosa. "Eu estou muito chocada ainda. Ele [o marido], graças a Deus, é muito tranquilo, está bem", completou.

Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que o suspeito foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio militar do Estado do Ceará para ficar à disposição da Justiça. O policial morava em Mossoró, mas atuava em Icapuí (CE).

Ação aconteceu de madrugada

A idosa acredita que a ação dos criminosos durou pouco mais de 20 minutos, mas que pareceu muito mais. Os criminosos deixaram a casa pouco depois das 3h30.

"Ninguém queira passar por isso, que você perde noção até do tempo e de sua origem", disse.

Ela e o marido permaneceram trancados no closet até a chegada da empregada doméstica na residência, depois das 6h - ela estranhou o fato de não haver ninguém na área e do carro estar na garagem, já que o idoso costuma sair para o mercado nas primeiras horas da manhã.

Foi a empregada doméstica quem abriu a porta do closet para o casal ser libertado. Os celulares dos idosos e o carro não foram roubados. A casa, no entanto, foi revirada.

"Estamos aqui com o trauma, um trauma total, ninguém queira passar por um momento desse. Talvez seja melhor você ser assaltada na rua do que na sua casa, no seu quarto, dormindo, sossegada, pensando que está em paz. E, no caso, ninguém está mais em paz", falou a idosa.

A vítima ainda contou que vai reforçar a segurança da residência depois do crime e espera se recuperar psicologicamente.

"Só esquecer, esquecer mesmo. Vai demorar um pouco, tenho certeza. Mas vai passar", falou.

O crime

O crime ocorreu na madrugada de terça-feira (20), por volta das 3h, quando três homens encapuzados e armados invadiram a casa de um casal de idosos no bairro Alto do Sumaré, em Mossoró.

O policial militar foi preso em flagrante nesta quarta-feira (21) - a polícia identificou o carro dele na ação.

Quando abordado pela polícia, o policial militar afirmou que o veículo utilizado no crime estava em uma oficina desde o dia 18 de maio. No entanto, a versão foi desmentida pelo proprietário da oficina, que confirmou que o carro só havia sido deixado no local na manhã seguinte ao roubo.

Durante as investigações, os policiais encontraram uma caixa de whisky em frente à residência do suspeito e outra garrafa no porta-malas do veículo.

As vítimas reconheceram os itens como sendo os mesmos roubados durante a ação criminosa. A arma de fogo do policial também foi apreendida.

Fonte: https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2025/05/21/idosa-assaltada-por-policial-militar-pediu-para-nao-ser-trancada-no-closet.ghtml

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