
Motorista de aplicativo que levava mulher suspeitou de currículo e, com medo de tomar um golpe, parou em posto da PRF. Mulher foi solta após pagamento de fiança.
Uma mulher foi presa em Mossoró, na tarde desta quarta-feira (20), após se identificar como desembargadora e apresentar uma carteira da OAB e um certificado de posse falsificados à Polícia Rodoviária Federal (PRF). O nome da mulher não foi divulgado pela PRF.
A mulher viajava em um carro de aplicativo acompanhada da filha e se apresentou ao motorista como desembargadora e depois como juíza, promotora e advogada, segundo a PRF. Ela informou que estaria em Mossoró para tomar posse de um cargo na prefeitura da cidade.
Na quinta (21), a mulher passou por audiência de custódia e foi solta sob o pagamento de fiança. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, ficou determinado que a mulher deve comparecer às autoridades todas as vezes que for intimada para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento. Além disso, não poderá mudar ou se ausentar de casa por mais de oito dias sem comunicado prévio.
O motorista desconfiou da passageira após ouvir diferentes versões sobre sua identidade e perceber o grande volume de bagagem para uma viagem que, segundo ela, seria curta. Com medo de um golpe, o motorista decidiu parar no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-304, na saída para Fortaleza, por volta das 16h, e pedir ajuda.
No local, ela apresentou um suposto certificado de posse para o cargo de desembargadora e uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A equipe da PRF verificou que o documento apresentava indícios de falsificação. A carteira não tinha chip, os nomes dos pais não coincidiam com os da identidade da mulher e o número de inscrição pertencia a um advogado do Paraná.
Diante da situação, a mulher foi detida e encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, onde foi confirmada a falsificação. O celular dela também foi apreendido.
A mãe e a filha, que viajavam junto, foram levadas à delegacia, ouvidas e liberadas em seguida.
A PRF informou que o caso será investigado pela Polícia Civil para apurar a origem do documento e os motivos que levaram a passageira a se passar por diferentes autoridades.