A decisão foi tomada depois que a Polícia Federal identificou conversas por videochamada entre o casal. Capturas de tela extraídas do celular de Tatiana Medeiros (PSB), apreendido pela polícia no local em que ela estava presa, e obtidas pela TV Clube, mostram os registros.
Conforme a decisão, o contato entre a parlamentar, enquanto estava presa em Teresina, com o companheiro, preso em Belo Horizonte, foi uma "falta grave". Pelo menos três chamadas de vídeo foram identificadas. A Justiça avalia que o réu colocou em risco a ordem e segurança do estabelecimento prisional e interferiu o andamento do processo.
Na nova unidade prisional, Alandilson Cardoso Passos deve permanecer em uma cela do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), um sistema de alta segurança e controle dos presos.
Capturas de tela extraídas do celular de Tatiana Medeiros (PSB), apreendido pela Polícia Militar no Quartel do Comando Geral (QCG) em Teresina, e obtidas pela TV Clube junto à Polícia Federal mostram os registros de pelo menos três chamadas de vídeo com o companheiro.
O documento da PF revela ainda que Tatiana fez um pedido de compra, de mais de R$ 500, em um supermercado de Teresina, e o pedido foi entregue em um lugar não identificado
Ela também pesquisou o valor de uma passagem aérea de Belo Horizonte para Teresina, para 27 de maio, para um passageiro adulto (veja abaixo). O companheiro dela, Alandilson Cardoso, está preso desde novembro de 2024 na capital mineira.
Preso desde 2024
Já Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal em 3 de abril, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. A PF apontou que a campanha que a elegeu para a Câmara de Teresina, em outubro de 2024, foi custeada com "recursos ilícitos de uma facção criminosa".
Ela é suspeita de liderar um esquema de corrupção eleitoral que envolve seis pessoas, entre elas o namorado. A polícia obteve trechos de conversa de Alandilson com um amigo afirmando que gastou mais de R$ 1 milhão com a campanha que elegeu Tatiana Medeiros.
Em 22 de maio, Tatiana, Alandilson e outras sete pessoas — incluindo familiares e assessores da vereadora — foram tornadas réus pela Justiça por corrupção eleitoral, organização criminosa e outros crimes.