Uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça resultou na apreensão de 982 celulares em celas de presídios por todo o Brasil. A ação, que recebeu o nome de Operação Mute, aconteceu em 107 penitenciárias, sendo organizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Objetivo da Operação Mute
A Operação Mute tinha como principal objetivo identificar e retirar celulares de dentro das unidades prisionais. A comunicação entre o crime organizado e o mundo exterior, muitas vezes orquestrada por meio das facções criminosas, depende desses aparelhos, e a intenção da operação é precisamente cortar esse elo.
Interrompendo a comunicação, as autoridades esperam inibir a prática de crimes planejados pelos presos, reduzindo, assim, os índices de violência e atividades criminosas.
Quais Itens Foram Apreendidos na Operação Mute?
Além dos 982 celulares, os seguintes materiais foram apreendidos durante a ação:
- 1.000 carregadores de celulares
- 29 roteadores de internet
- 19 pen drives
- 397 chips
- 314 fones de ouvido
- 348 materiais cortantes (canivetes)
- 22 balanças de precisão
- 2.220 porções de maconha
- 2.650 porções de cocaína
No total, 3.067 celas foram fiscalizadas por 3.463 agentes envolvidos na operação. Os resultados evidenciam a extensão do problema de contrabando e a complexidade das redes de comunicação dentro dos presídios.
O Que Acontece Com os Detentos Flagrados Com Itens Proibidos?
Os presos que são encontrados com esses itens proibidos passam por um processo interno. Esse processo pode prejudicar a possibilidade de obter saídas temporárias, uma vez que tais infrações ficam registradas na ficha do detento como mau comportamento.
Isso é uma medida importante para manter a ordem e a disciplina dentro dos presídios, além de complementar os esforços para reduzir a influência das facções criminosas fora das prisões.
Resultados e Impacto da Operação Mute
De acordo com o secretário nacional de políticas penais, André Garcia, essa operação é de extrema importância e demonstra a integração eficiente das polícias penais estaduais com a Polícia Penal Federal. Na visão de Garcia, a Operação Mute trará impactos significativos na comunicação do crime organizado fora dos muros das prisionais, colaborando para a diminuição dos indicadores criminais, especialmente os letais e intencionais.
Esta foi a quinta fase da operação, que já acumulou um total de 4.757 celulares apreendidos, além de explosivos e armas de fogo. O balanço da operação realizada entre os dias 24 e 26 de julho mostra a importância dessas ações para desarticular redes criminosas e trazer mais segurança para a população.
Com cada fase da operação, o Ministério da Justiça reafirma seu compromisso com a segurança e a ordem pública, trabalhando incessantemente para enfraquecer o poder do crime organizado dentro e fora dos presídios.
Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/operacao-mute-apreende-quase-1000-celulares-em-presidios/