O Reino Unido libertará antecipadamente milhares de presos para esvaziar as prisões, que estão com 99% de ocupação, informou o governo nesta sexta-feira (12).
Apenas uma semana depois de assumir o poder, os trabalhistas viram-se obrigados a atuar ante a difícil situação das prisões, sob o risco de não ter nenhuma vaga disponível nas próximas semanas.
“Nossas prisões estão à beira do colapso”, disse a nova ministra da Justiça, Shabana Mahmood, ao anunciar o plano de ação emergencial, que inclui essa medida.
“Se não agirmos agora, corremos o risco de um colapso do sistema de justiça criminal e de motins de ordem pública”, acrescentou ela, falando na prisão HMP Five Wells, na região central da Inglaterra.
De acordo com o inspetor-chefe das prisões, Charlie Taylor, a situação está em “um ponto de inflexão absoluto”.
Segundo o governo, pode não haver mais vagas disponíveis nas prisões “dentro de semanas”.
As pessoas condenadas a mais de 4 anos e as presas por crimes sexuais foram excluídas dessa medida.
As novas medidas não entrarão em vigor até setembro.
O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, culpou os governos conservadores anteriores por essa situação.
"É uma irresponsabilidade flagrante por parte do governo anterior”, disse ele em Washington, onde participou de uma reunião de cúpula da Otan nos últimos dias.
“Sabíamos que teríamos um problema, mas a escala do problema é pior do que pensávamos”, acrescentou.