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De soldado da PM indisciplinado a vereador ameaçado de cassação, relembre a carreira de Gabriel Monteiro

https://extra.globo.com/incoming/25556326-f49-72c/w640h360-PROP/98511723_ri-rio-de-janeiro-rj-07-04-2022vereador-gabriel-monteiro-deixa-a42-dp-no-recreio-com.jpg Ameaçado de perder o mandato nesta quinta-feira na Câmara dos Vereadores do Rio por quebra de decoro parlamentar, o vereador e you tuber Gabriel Monteiro colecionou polêmicas ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que faturava com a produção de vídeos monetizados nas redes sociais. As produções - muitas das quais com situações forjadas e envolvendo pessoas que não sabiam que estavam sendo filmadas - foi se profissionalizando ao longo dos tempos. No ano passado, quando já era vereador, o político criou até uma produtora independente com seu nome.

A fama de Gabriel nas redes sociais o catapultou da Polícia Militar onde tinha uma longa folha corrida marcada pela indisciplina para a política. Ex-integrante do grupo de direita Movimento Brasil Livre (MBL) com o qual rompeu por causa dos exageros que cometia como you tuber, foi o terceiro vereador mais votado do Rio em 2020 pelo PSD, com 60.326 votos, ficando atrás apenas de Carlos Bolsonaro (Republicanos) com 71 mil votos e Tarcísio Motta (PSOL), com 86.243.

Como estava na PM há menos de dez anos, Gabriel Monteiro teve que pedir demissão da corporação para assumir o cargo. Em menos de quatro anos na corporação, Gabriel cometeu 16 transgressões disciplinares Por 14 delas, o soldado recebeu, no total, penalidades que somam 33 dias de detenção. Em outros dois casos, foi punido com repreensão. Por causa das transgressões, ele foi classificado como um PM com “mau comportamento”, a pior das cinco classificações do estatuto da corporação. Ele chegou a ser demitido da corporação, mas conseguiu a reintegração na Justiça.

O soldado chegou a ser punido duas vezes por fatos ocorridos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), quando ainda era aluno da PM e estava longe de ser famoso pelas polêmicas na internet. Em sua primeira punição, em agosto de 2016, foi acusado de ter descumprido a ordem de um oficial e cumpriu dois dias de detenção. Ainda segundo sua ficha disciplinar, em outras duas ocasiões — em março de 2018 e em janeiro de 2019 —, quando já era soldado, o youtuber foi flagrado portando a arma da PM sem que estivesse de serviço e sem autorização.

Punições por faltar ao serviço

Ele também foi punido oito vezes por ter faltado ao serviço. Na metade dos casos, tinha sido escalado para integrar cercos à Favela da Rocinha.

Uma das confusões em que se envolveu ocorreu em 2019, quando ainda era PM. Ele invadiu e foi expulso justamente da Câmara de Vereadores do Rio porque queria protestar contra um evento organizado por Tarcísio Motta (PSOL) em homenagem à Revolução Cubana pelo então vereador Leonel Brizola Neto. (Nota: em versão anterior o EXTRA publicou que o evento era sobre a China. Citado na reportagem, Tarcísio Motta foi abordado por Gabriel Monteiro quando saia de uma audiência da CPI das enchentes.)

Em março de 2020, Monteiro, publicou um vídeo em que abordava o coronel Íbis Souza e fazia questionamentos a respeito da participação dele em um evento dentro do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Na produção, ele insinuava que o oficial teria envolvimento com os traficantes da Maré. Íbis esteve na comunidade para dar uma palestra. Devido ao episódio, o político foi condenado a indenizar o coronel em 40 salários mínimos por danos morais.

Alegações finais: Defesa de Gabriel Monteiro diz que atos do político só enobrecem vereadores

Sob o pretexto de que na prerrogativa de fiscalizar as condições de funcionamento de instalações públicas, passou a entrar em hospitais, abrigos entre outros cercado por assessores com celulares, produzindo imagens para seus vídeos monetizados nas redes sociais. Bateu boca com médicos, enfermeiros e outro técnicos. Em um dos casos foi condenado a indenizar em R$ 20 mil ao acusar nas redes sociais um médico da UPA de Magalhães Bastos de ter deixado o plantão para fazer sexo com uma enfermeira nos alojamentos. O médico estava no horário de descanso.

Gabriel também invadiu um abrigo para criança e adolescente durante a noite. A vereadora Laura Carneiro, então secretária de Desenvolvimento Social que não queria liberar a entrada do youtuber no período noturno foi seguida quase um mês por um dos assessores de Gabriel, que queria flagrá-la em alguma situação desconfortável. No Conselho de Ética, um dos ex-integrantes da equipe, revelou que Gabriel mantinha uma estrutura apenas para tentar acumular provas contra inimigos políticos. E tinha entre as ambições, preparar um vídeo no qual algum colega da Câmara fosse flagrado em uma situação que indicasse que estaria recebendo propina.

Por causa de Gabriel Monteiro, o prefeito Eduardo Paes chegou a baixar regras restringindo o acesso de vereadores a repartições. Mas recuou por pressão de outros vereadores, inclusive da base aliada, já que uma das prerrogativas constitucionais do legislativo é fiscalizar o Executivo. Gabriel monetizava esses videos em órgãos públicos. Ex-assessores estimaram que ele faturaria pelo menos R$ 300 mil por mês com as produções. Ao Conselho de Ética, ele estimou que seria apenas a metade disso.

'Galinha Pintadinha'

No início do ano, o vereador se envolveu em mais uma confusão ao acusar um empresário de tentar suborná-lo para não fiscalizar as instalações da empresa que prestava serviços de reboque e de depósito de veículos para a prefeitura. Logo depois, uma reportagem do "Fantástico" exibiu o reportagem com depoimentos de ex-funcionários que o acusaram de manipulação de vídeos, inclusive com menores de idade, e de mulheres que acusaram o vereador de estupro e abuso sexual.

Dias depois, começaram a circular vídeos nas redes sociais em que Gabriel aparece fazendo sexo com diversas mulheres. Um deles com uma adolescente de 15 anos que frequentou a casa de Gabriel por dez meses e era recebida ao som da trilha do infantil ''A Galinha Pintadinha''. Gabriel afirma que acreditava que a garota tinha 18 anos, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera crime filmar relações sexuais com menores.

'Tudo saía da cabeça do Gabriel', diz ex-assessor sobre 'experimentos sociais' sem base científica

Em meio às investigações do Conselho de Ética, a Câmara do Rio aprovou uma resolução que afetou os rendimentos extras de Gabriel. Ele não pode mais monetizar vídeos que estejam relacionados com sua atividade de parlamentar nem usar a estrutura da Câmara do Rio para isso.

Basicamente, as acusações que pesam contra Gabriel Gabriel incluem o fato de expor menores em situações sensíveis e as identificando nas redes sociais, em prática proibida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A mesma tese se aplica a um outro vídeo em que Gabriel orienta uma criança de doze anos sobre como proceder para a família receber doações em dinheiro.

Outra questão é o fato do vereador ter filmado relações sexuais com uma adolescente de 15 anos, o que também é crime pelo ECA. Além disso, pesa contra o vereador a denúncia de agressões contra um morador de rua por parte de um segurança durante a produção de um vídeo na Lapa.

Atualmente, Gabriel está no PL. Mesmo se perder o mandato poderá concorrer a deputado federal por conta das atuais regras da legislação eleitoral. Este ano, ele lançou na política a irmã, Daniela Monteiro, que tentará uma cadeira na Alerj.

Fonte: https://extra.globo.com/casos-de-policia/de-soldado-da-pm-indisciplinado-vereador-ameacado-de-cassacao-relembre-carreira-de-gabriel-monteiro-rv1-1-25557829.html

Polícia e Exército fazem operação contra atiradores suspeitos de ligação com PCC

 São Paulo

Operação conjunta da Polícia Civil de São Paulo e do Exército cumpriu nesta sexta-feira (12)mandados de busca e apreensão em endereços de CACs(caçadores, atiradores e colecionadores) supostamente ligados àfacção criminosaPCC(Primeiro Comando da Capital).

Os investigadores apuram se a quadrilha vem usando pessoas detentoras de autorização concedida pelo Exército como "laranjas" para comprar de armamento a ser empregado em ações criminosas. As buscas foram autorizadas pela Justiça paulista.

armas e munições expostas sobre a mesa de unidade da políciaArmas e munições apreendidas em operação do Denarc no início de junho em São Paulo; todas legalizadas - Divulgação/Polícia Civil

Entre os alvos da polícia estãodirigentesda UPBus, entre eles Rogério Gomes Coelho, diretor operacional da empresa de ônibus que atua na zona leste da capital, e Anísio Amaral da Silva, vulgo Biu, apontado pelos investigadores como um dos chefes do PCC responsáveis pelo controle da UPBus.

AFolhanão conseguiu contato com a defesa das pessoas alvos da operação. Em junho, o advogado de Biu não quis comentar o caso.

De acordo informações obtidas pelaFolha, a operação desta sexta-feira é desdobramento dasbuscas realizadas pelos policiais do Denarc(narcóticos)em junho deste ano, dentro do inquérito que apura a suposta participação de integrantes da facção criminosa no controle da empresa de ônibus.

A nova investigação foi iniciada porque, durante a operação passada, os policiais encontraram armas e munições nos endereços de suspeitos e, para surpresa deles, todo material estava legalizado em nome depessoas com registro no Exército como caçadores, atiradores e colecionadores.

Com a ajuda dos militares, a Polícia Civil depois descobriu que o armamento achado nesses endereços deveria ser ainda maior. Para os investigadores, isso seria indício de que as armas estivessem naquela ocasião emprestadas ilegalmente a terceiros.

O resultado da nova operação não foi divulgado pela Polícia Civil, mas aFolhaapurou que, assim como havia ocorrido em junho, nenhuma arma foi encontrada nos endereços ligados a Coelho. Pelas informações do Exército, a polícia esperava encontrar umfuzil, uma pistola e umrevólver.

A investigação agora vai tentar apurar onde estão essas armas. Como o diretor da empresa também não foi localizado, os policiais querem encontrá-lo para obter alguma explicação.

Se estivesse no endereço e sem as armas, Coelho poderia ter sido preso, conforme a polícia. Isso porque, conforme documentos entregues à Justiça, para conseguir autorização, o CAC deve indicar os endereços onde as armas serão guardadas, para eventual fiscalização do Exército.

A insegurança jurídica sobre o porte de armas A insegurança jurídica sobre o porte de armas

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Nos outros endereços alvos desta sexta, os policiais encontraram todas as armas buscadas, diferentemente do que havia ocorrido em junho. Nos endereços de Silva, antes, a polícia havia encontrado anteriormente apenas uma arma em nome dele, enquanto os registros indicavam quatro.

As três armas faltantes foram apresentadas agora aos policiais, com a documentação.

No endereço de Silva, a polícia havia apreendido, em junho, seis armas registradas em nome do genro dele, também CAC, entre fuzil .556, submetralhadora e pistola 9 mm.

Os policiais dizem acreditar que esse arsenal pode pertencer ao próprio Biu, por não ser compatível com a renda do parente dele. Segundo apuração, o genro tem um salário de pouco mais de R$ 2.000 e as armas estão avaliadas em cerca de R$ 50 mil no total.

Na casa de outro alvo, Ubiratan Antônio da Cunha, o Denarc havia encontrado em junho farta munição, mas apenas duas pistolas. O previsto, porém, conforme relatório, seria haver outras 18 armas: nove pistolas, cinco revólveres, dois rifles, uma submetralhadora e um fuzil .556 –plataforma AR15 (T4).

Esse arsenal foi apresentado nesta sexta, com a documentação. Por conta disso, a polícia decidiu não realizar a apreensão do armamento, segundo agentes ouvidos.

A investigação ficará concentrada, agora, para saber onde as armas estavam na operação de junho. Se for confirmada alguma irregularidade, os proprietários podem perder o registro no Exército.

Policiais ouvidos pelaFolhadisseram ter estranhado que tanto Silva quanto Cunha não demonstraram nenhuma surpresa com a chegada dos policiais nesta sexta. Também chamou a atenção o rápido comparecimento de advogados nos endereços das ações.

Uma busca surpresa era o principal objetivo da operação conjunta entre polícia e Exército. Isso porque, em uma fiscalização regular, os militares precisam avisar os proprietários sobre a vistoria com, no mínimo, 24 horas de antecedência.

Para os policiais, isso é tempo suficiente para que possíveis armas emprestadas ilegalmente sejam devolvidas para seus locais de registro, frustrando a investigação.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/08/policia-e-exercito-fazem-operacao-contra-atiradores-suspeitos-de-ligacao-com-pcc.shtml

Ex-vereador Jerominho é alvejado em frente a centro social, em Campo Grande

O ex-policial e ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, foi alvejado por dois tiros de fuzil nesta quinta-feira (4), em frente ao centro social que coordena, em Campo Grande. Mais uma pessoa, ainda não identificada, também foi baleada. A Polícia Militar está no local.

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Ex-vereador Jerominho é alvejado em Campo Grande - ReproduçãoJerominho em live no Facebook - ReproduçãoJerominho Guimarães se autodenomina 'Coração Valente' - ReproduçãoJerominho - ReproduçãoO ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho - Arquivo pessoalJerominho - Agência BrasilEx-vereador Jerominho - Reprodução

Ex-vereador Jerominho é alvejado em Campo GrandeReprodução

 
O político foi preso no começo deste ano por um crime de 2005 e solto pouco depois. A defesa afirmou se tratar de uma prisão ilegal, cuja pena já havia sido cumprida. Ele anunciou que pretendia voltar a se candidatar este ano, desta vez a deputado federal.
Jerominho era vereador do Rio quando foi indiciado pela CPI das Milícias. Ele é apontado como um dos fundadores da "Liga da Justiça" e ficou preso por onze anos, mas foi absolvido e solto em outubro de 2018.

Caixa: diretor de área que investiga assédio é encontrado morto

Caixa Sérgio Ricardo Faustino Batista, diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa , foi encontrado morto na noite desta terça-feira (19) na sede do banco, na região central de Brasília. A informação foi adiantada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo iG. 

A 5ª Delegacia de Polícia investiga o caso e a Polícia Federal foi comunicada.

A Polícia Civil do Distrito Federal diz que "o caso segue em apuração", mas foi "preliminarmente tipificado como suicídio", em razão da vítima ter sido encontrada já sem vida no lado externo do prédio sede da Caixa Econômica Federal, ao lado da Galeria dos Estados, SBS.

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A diretoria chefiada por ele tem relação direta com a apuração dos casos de assédio,  denunciados em junho

A Diretoria de Controles Internos e Integridade, a DECOI, é responsável pelo recebimento e acompanhando de denúncias feitas por funcionários por meio dos canais internos do banco.

Faustino Batista tinha 54 anos e chefiava o departamento mesmo após a troca na presidência da Caixa. Funcionário de carreira, antes ele havia integrado a equipe que assessorava diretamente o gabinete de Pedro Guimarães.

Caixa lamenta o ocorrido

"A CAIXA manifesta profundo pesar pelo falecimento do empregado Sérgio Ricardo Faustino Batista. Nossos sinceros sentimentos aos amigos e familiares, aos quais estamos prestando total apoio e acolhimento.  O banco contribui com as apurações para confirmar as causas do ocorrido", diz a nota da instituição. 

Fonte: https://economia.ig.com.br/2022-07-20/diretor-caixa-morre-sede-assedio.html

Mais mulheres acusam carcereiro investigado por estupro em SP

Advogado conseguiu conversar com a vítima, que contou os momentos de terror Detentas relatam ter sofrido abusos, intimidações e xingamentos por parte do policial civil, suspeito de estuprar jovem de 18 anos

Após reportagens veiculadas pela Record TV sobre a acusação de estupro contra um carcereiro, outras duas mulheres denunciaram assédio e ameaça cometidos pelo mesmo policial civil enquanto estavam detidas na carceragem da delegacia de Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

Os relatos vieram à tona após Ketlyn Valenzuela dos Reis, 18 anos, relatar ter sido estuprada pelo homem. Ele teve prisão decretada pela Justiça, foi afastado de sua função e é investigado pelo crime. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), diligências são feitas para localizá-lo.

Em depoimento, o suspeito mudou a versão depois de ter negado a relação. Ele admitiu ter tido relações sexuais com Ketlyn, mas negou estupro e disse que a relação foi consensual. A Record TV não conseguiu localizar a defesa do homem sobre as novas denúncias.

Preocupado com outras possíveis vítimas, o advogado de Ketlyn, Amadeu de França, procurou colegas que trabalham em Barueri para alertar sobre o carcereiro. Esses advogados perguntaram a clientes se sofreram abusos parecidos quando ficaram presas na delegacia. Foi quando duas das vítimas decidiram denunciar. Elas não quiseram ser identificadas.

Novas denúncias

Uma das vítimas, de 21 anos, relatou que viveu momentos de tensão durante os sete dias em que ficou presa temporariamente na carceragem da delegacia de Barueri, em janeiro deste ano. Ela conta que chegou ao distrito policial em uma quarta-feira, no início da tarde, e foi recebida pelo carcereiro. Sua primeira impressão foi de estranhamento diante do funcionário, que, tão logo a viu, perguntou se ela era uma mulher "bem limpa" e "de família".

Como nunca esteve presa antes, a vítima conta que se sentiu nervosa e respondeu que sim. O policial emendou dizendo que lhe daria a melhor cela da carceragem. Nas primeiras 24h, a mulher relata que recebeu diversas investidas verbais do carcereiro responsável por sua guarda.

Ela descreve que o banheiro com chuveiro ficava ao fundo da cela e, no lugar das portas, havia uma cortina de pano utilizada como divisória, para manter a privacidade das presas durante os momentos íntimos e de higiene.

Recorda-se de o homem pedir insistentemente que ela tomasse banho. Por vezes, em tom de chacota, o policial ameaçava remover a cortina do cômodo. Também pedia que ela não se preocupasse, garantindo que já tinha visto outras mulheres peladas ali.

Durante os sete dias em que ficou presa, a mulher contou que esteve na presença do carcereiro durante dois turnos de trabalho dele. Na segunda vez, assim que assumiu o posto e entrou na carceragem, o policial a abraçou, disse que estava com saudades e aproveitou para passar a mão na sua nádega.

Com medo, a vítima esperava o carcereiro dormir ou alguma visita chegar, para tomar banho em segurança. Além de intimidá-la, o policial afirmava que ela ficaria presa por 30 dias e que, por esse motivo, era melhor que cooperasse com ele.

A vítima não responde mais a nenhum processo e estuda a possibilidade de representar contra o carcereiro.

A outra denunciante, uma detenta de 36 anos, estava tomando banho no interior da cela, quando percebeu a cortina sendo puxada por uma mão masculina. Era o carcereiro Carlos, conta. Rapidamente, ela se enrolou nas roupas que tinha, o empurrou e gritou alto o suficiente para alertar outra policial civil. 

O fato aconteceu dias após ter dado entrada na carceragem da delegacia de Barueri, presa temporariamente, em dezembro de 2021. A vítima descreve o carcereiro como agressivo e "psicopata".

Durante os 30 dias em que ficou presa até ter a prisão convertida em domiciliar, a vítima presenciou uma série de situações constrangedoras. Ela denuncia que foi xingada, humilhada e assediada. A mulher conta que, na frente de outros policiais, o carcereiro se comportava de maneira diferente, o que a impedia de denunciar, porque desconfiava que ninguém fosse acreditar na sua versão.

Ela relata que se sentia intimidada não só pelo comportamento agressivo mas também pela arma que o homem carregava no coldre.

Investigação

A última denúncia foi apresentada por Ketlyn. Ela estava detida no local após ser presa em flagrante por tráfico de drogas.  Na noite de sábado (12) deste mês, segundo seu advogado, Amadeu de França, Ketlyn foi abordada pelo policial em uma sala dentro da carceragem. No cômodo, o policial civil a teria estuprado.

De acordo com Amadeu, a carceragem do distrito policial recebe mulheres presas temporariamente e também possui outras duas celas, em andar superior, para menores infratores. Ketlyn estava no local de maneira excepcional.

Segundo o boletim de ocorrência, a princípio o policial negou qualquer relação com Ketlyn. Ainda no domingo (13), o homem prestou um novo depoimento em que admitiu ter tido relação sexual com a jovem, mas que teria sido consensual.

O advogado da vítima só teve acesso ao novo relato na noite da terça-feira (15). No documento, Carlos diz que Ketlyn "se insinuou" para ele, querendo benefícios em troca de relações sexuais.

Ao ser entrevistada no plantão policial, a vítima contou que havia sido abusada sexualmente pelo carcereiro. Foi requisitada perícia no local onde a vítima denunciou ter acontecido a agressão, além de exame para constatação de conjunção carnal e toxicológico para Ketlyn, no Hospital Pérola Byington.

Foram requisitados exames para constatação de lesão corporal, exame toxicológico e coleta de material biológico de Carlos para possível teste de confronto, segundo o boletim de ocorrência. O perito coletou vestígios de material biológico no móvel, onde, segundo informações, houve o estupro.

Até um parecer do Judiciário, Ketlyn permanece no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franco da Rocha, para onde foi transferida na segunda-feira (14).

O Estado de São Paulo registrou 2.372 casos de estupro consumado contra mulheres no ano de 2021. Em 2020, foram 2.558 casos.

Fonte: https://noticias.r7.com/sao-paulo/mais-mulheres-acusam-carcereiro-investigado-por-estupro-em-sp-29062022

 

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