Ele foi detido pela Polícia Legislativa e recebeu voz de prisão enquanto tentava entrar no prédio. Segundo apurado pelo g1, Figueira pretendia enviar a munição por meio da agência dos Correios que fica dentro do edifício, na Praça dos Três Poderes.
O Ministério da Saúde disse que Figueira ocupa o cargo de assessor técnico na pasta, "mas não exerce qualquer função de chefia". Ele é servidor estatutário efetivo do ministério desde 1991.
"O Ministério permanece no aguardo de informações detalhadas para adotar as medidas cabíveis", diz nota.
Segundo a Câmara dos Deputados, o material foi detectado pela esteira de raio X no acesso ao edifício. Por não ter porte de arma, Figueira foi preso por porte ilegal de munição de uso permitido (veja nota completa abaixo).
O prédio é o mesmo onde o carro de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, explodiu em novembro deste ano (veja foto abaixo). Francisco morreu após detonar artefatos explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A munição que Eduardo Figueira de Sousa, servidor do Ministério da Saúde, queria despachar pela agência dos Correios no Anexo IV da Câmara dos Deputados estava embalada e dentro de uma caixa. O equipamento de raio X identificou os artefatos durante a inspeção de segurança na entrada do prédio.
🔎Os anexos da Câmara são prédios ligados ao edifício principal, por meio de corredores e escadas, que abrigam diversos órgãos políticos e administrativos, oferecendo a estrutura necessária para o funcionamento da instituição.
Lá estão, por exemplo, gabinetes, comissões, lideranças partidárias e áreas administrativas. O anexo IV, especificamente, abriga a maior parte dos gabinetes dos deputados federais.
Eduardo Figueira de Sousa foi levado para a Delegacia da Polícia Legislativa Federal da Câmara para a lavrar o auto do delito. Ele foi liberado ainda na terça-feira (10), após pagamento de fiança, e vai responder por porte ilegal de munição de uso permitido.
Veja nota da Câmara dos Deputados
"No início da tarde desta terça-feira (10), um homem foi preso em flagrante ao tentar entrar no Anexo IV da Câmara dos Deputados portando munições de arma de fogo. O material estava embalado em uma caixa e foi detectado pela esteira de raio X no acesso ao edifício. Por não ter porte de arma, ele foi preso por porte ilegal de munição de uso permitido e encaminhado ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol), onde está sendo ouvido e poderá ser liberado mediante o pagamento de fiança. Ao Depol, ele afirmou ser servidor do Ministério da Saúde e que veio à Câmara enviar o pacote pela agência dos Correios, localizada no Anexo IV."