Os detalhes da atuação dos policiais civis na empresa de Erika Araújo constam de um depoimento dado por Rivaldo Barbosa à Corregedoria da Polícia Civil em 2021. Na ocasião, Barbosa foi questionado sobre o período em que comandou a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, entre 2012 e 2015.
Segundo Barbosa, policiais e delegados subordinados a ele usavam a folga semanal para prestarem “auxílio” na empresa de sua esposa. Ele citou duas empresas: Armis e Mais I, mas não especificou a qual se referia. Ainda de acordo com Rivaldo Barbosa, o trabalho era conferir notas fiscais e pesquisar locais que pudessem receber obras ligadas à firma de consultoria da esposa. A PF, contudo, apontou que a atuação dos policiais de folga ia além.
Documentos e vídeos apreendidos pela PF no escritório de Erika Araújo apontaram que os policiais de folga usavam sistemas internos da polícia ilegalmente. Por meio das pesquisas, o grupo acessava informações sigilosas de pessoas que se candidatavam para trabalhar em uma empresa cliente da firma da mulher de Rivaldo Barbosa.