Irmã de militar preso tenta levar fone e cartão de memória escondidos dentro de panetone

pc0301 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de visitas do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, que está preso desde o mês passado pela suspeita de ter participado de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

A suspensão ocorreu após a irmã do militar tentar levar para ele, dentro de uma caixa de panetone, um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.

A apreensão ocorreu no dia 28 de dezembro. De acordo com o Comando Militar do Planalto, Dhebora Bezerra de Azevedo levou uma caixa de panetone lacrada para o irmão. Quando a caixa passou por um detector de metais, o alarme foi acionado. Inicialmente, ela afirmou que havia apena um fone no local.

A caixa foi aberta, e também foram encontrados o cabo e o cartão de memória. O material foi apreendido.

Após o episódio, o Comando Militar suspendeu as visitas da irmã ao tenente-coronel, e comunicou Moraes para a "adoção de providências julgadas cabíveis".

Azevedo fazia parte do batalhão de Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos", que são especializados em técnicas de sabotagem, insurgências populares e contraterrorismo. Em depoimento à Polícia Federal (PF), ele negou participação no plano golpista.

O tenente-coronel foi indiciado pela PF por uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.

De acordo com as investigações, Azevedo utilizou um celular que fazia parte do grupo "Copa2022" na plataforma Signal. Segundo as investigações, nesse chat secreto, os participantes se articularam para monitorar e emboscar Alexandre de Moraes, em 15 de dezembro de 2022. A ação acabou sendo abortada.

Em depoimento à PF, Bezerra afirmou que não estava na capital federal no dia da suposta emboscada e que só pegou o celular na base do Exército alguns dias depois. Ele negou ter participado de qualquer plano que visava prender Moraes.

Os investigadores, no entanto, destacaram que não há nenhum documento formal que comprove a retirada do aparelho no fim de dezembro. O celular pertenceria ao Comando de Operações Especiais (Copesp) de Goiânia e era utilizado em missões sensíveis, segundo o militar.

Fonte: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/12/30/irma-de-militar-preso-tenta-levar-fone-e-cartao-de-memoria-escondidos-dentro-de-panetone.ghtml

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