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Máfia do Cigarro metralhou casa de inspetor e ameaçava matar PRF

Escutas revelam que gerentes da quadrilha de Ângelo Ballerini planejavam sequestrar filho de policial rodoviário federal responsável pela apreensão de pelo menos 30 cargas de cigarro

np3112Enquanto policiais rodoviários federais e policiais estaduais eram pagos para fechar os olhos e até ajudar nos negócios criminosos da Máfia do Cigarro que atua na fronteira com o Paraguai, outros agentes da segurança pública eram ameaçados por reprimir o contrabando.

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O Campo Grande News teve acesso a trechos de conversas entres gerentes da quadrilha chefiada por Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, interceptadas através de escutas autorizadas pela Justiça na Operação Nepsis, que levou boa parte da quadrilha para a cadeia em setembro deste ano.

Por causa dos seguidos prejuízos que deram à quadrilha com apreensões de cargas de cigarro na região de fronteira, o inspetor-chefe da PRF em Dourados Waldir Brasil Junior e o policial rodoviário federal Charles Fruguli Moreira entraram na mira da organização criminosa.

A casa do inspetor em Dourados foi metralhada em abril de 2017 ao mesmo tempo em que a quadrilha planejava matar o PRF e até sequestrar o filho dele como retaliação por Charles ter “derrubado” pelo menos 30 carregamentos de cigarro paraguaio.

As ameaças ao PRF Charles foram feitas em abril de 2017 numa conversa entre Oziel Vieira de Souza, o “Lupa”, que está preso, e Ergino Chavier Passos, o “Elefante”, foragido.

Ameaças - “Perdeu cinco daqueles grandão, tá ligado?”, disse Lupa a Elefante. “PF?”, quis saber Ergino. “Não, o tal Charles lá”, responde Lupa.

“Tem que matar esse cara, rapaz, senão esse cara vai acabar com o...”, afirmou Ergino Passos, sem concluir a frase. “Vai acabar com o negócio dos caras aí, vai quebrar a firma”, responde Lupa.

“Matar ele, moço. Tanto de caminhão que perdeu. Já dava para ter matado ele”, afirma Ergino sobre o PRF Charles. “Rapaz, já perdeu mais de 30, ele já derrubou, só ele”, diz Lupa.

Trecho da conversa entre Ergino e Lupa falando em matar o policial rodoviário federal Charles (Reprodução)Trecho da conversa entre Ergino e Lupa falando em matar o policial rodoviário federal Charles (Reprodução)

Sequestro – Em seguida, Ergino Passos fala em sequestrar o filho do PRF: “Meu Deus, catar o filho dele, compadre, ameaçar ele”. Lupa responde: “Mesmo que fica o resto do ano sem trabalhar”. Ergino concorda: “É”.

“Se derrubar ele [Charles], ficamos o resto do ano sem trabalhar”, afirma Lupa. “É, mais de 30 carretas vale por dois anos, né?”, responde Ergino, o Elefante.

No Shopping China – No dia 16 de setembro de 2017, Charles Moreira aproveitava o dia de folga para passear com um colega no Shopping China, em Pedro Juan Caballero, quando foi ameaçado pela quadrilha.

A reportagem apurou que empregados de um dos chefões do bando, Carlos Alexandre Gouveia, o “Kandu”, estavam na loja de importados e avisaram o chefe sobre a presença do PRF Charles.

Charles e o colega almoçavam na praça de alimentação quando Kandu se aproximou, mandou o outro policial sair da mesa, sentou na frente do PRF e fez ameaças para que ele parasse de apreender as cargas de cigarro da quadrilha.

Documentos do caso aos quais o Campo Grande News teve acesso revelam que as ameaças foram fundamentais para a decretação da prisão preventiva da quadrilha.

Carlos Gouveia está preso, assim como os outros três chefes da quadrilha – Ângelo Ballerini, o irmão dele José Carlos Guimarães Ballerini e Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna” – além de vários integrantes de menor importância no bando.

Em outro trecho da conversa, contrabandistas falam em sequestrar filho de policial (Reprodução)Em outro trecho da conversa, contrabandistas falam em sequestrar filho de policial (Reprodução)

Atentado a tiros – Além de Ergino Passos, outro gerente da quadrilha que está foragido é Fabiano Signori, o “Toro”, subordinado a outro importante chefe da organização, o ex-policial militar Fábio Costa, o “Pingo”, também foragido.

Antes de ter a prisão decretada pela Justiça Federal, Toro morava em Dourados. Ele era responsável em monitorar olheiros, motoristas dos caminhões de cigarro e batedores das cargas ilícitas.

De acordo com a investigação, Fabiano Signori também era responsável em coordenar a vigilância exercida pela quadrilha sobre os PRFs Charles Moreira e Waldir Brasil Junior. Um olheiro identificado como “Paraná” passava as informações sobre a rotina dos policiais. O olheiro foi preso no final de 2016.

Por volta de 4h40 de 16 de abril de 2017, domingo de Páscoa, o inspetor Waldir Brasil Junior e seus familiares dormiam em casa, em Dourados, quando foram acordados por uma rajada de tiros. Pelo menos 22 disparos feitos por pistolas calibres 9 milímetros e 40 atingiram a casa e um carro da família.

Churrasco e piscina – As investigações descobriram provas da ligação de Fabiano Signori com Fábio Costa. Além de subordinado do ex-PM nos negócios criminosos, Toro frequentava o ambiente familiar de Fábio Costa, dono de casas em Pedro Juan Caballero e Salto Del Guairá, no Paraguai.

Em vídeo ao qual o Campo Grande News teve acesso, Fabiano aparece em uma confraternização na casa de Pingo. O vídeo foi gravado pelo policial militar douradense Joacir Ratier de Souza, também preso em setembro e atualmente no Presídio Militar em Campo Grande.

“Toro, nós estamos onde?”, pergunta Ratier, gravando o vídeo com o celular. “Estamos no Salto, velho, na casa do meu amigo Pingo”, responde Fabiano. Em seguida, Ratier move o celular e continua gravando. Aparecem mais dois homens sentados em frente ao balcão da churrasqueira e Pingo, em pé.

Ratier segue gravando até o quintal, onde aparece uma piscina. “Essa casa aqui é do Salto, viu, não é de Ponta”, diz Joacir Ratier. O vídeo foi compartilhado em grupos de WhatsApp e citado no pedido de prisão de Fabiano, apontado como braço-direito de Fábio Costa.

A casa onde acontecia a festa da Máfia do Cigarro, localizada em um condomínio fechado de Salto Del Guairá – cidade vizinha de Mundo Novo (MS) – foi a mesma onde João Victor Richena Costa, 17, foi assassinado a tiros de fuzil na noite de 26 de julho deste ano.

João Vitor era filho de Fábio Costa e foi alvejado com pelo menos 30 tiros quando chegava à casa em uma caminhonete Toyota Tundra preta com placa do Paraguai, registrada em nome do seu pai.

As investigações da Operação Nepsis continuam. No mês passado, a Justiça Federal determinou a transferência de Ângelo Ballerini para o Presídio Federal de Mossoró (RN), onde já estão seu irmão José Carlos e Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna”.

Alemão estava preso no presídio estadual em Ponta Porã, mas foi levado para o Presídio Federal em Campo Grande após ser descoberto um plano para resgatar a cúpula da quadrilha. Ele ainda aguarda remoção para o presídio no Nordeste.

Fonte: campograndenews

Com suspeita de novo resgate de presos na PEP, chefes de facção são transferidos do Paraná

O delegado Rodrigo Brown  também comentou a possibilidade de uma ação de represália por parte dos presos na PEP em razão das transferências

np2812Com fortes suspeitas de que poderia ocorrer a qualquer momento um novo resgate de presos na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Polícia Federal (PF) transferiram dois detentos suspeitos de chefiar uma facção criminosa de dentro da cadeia. Daniel Estrela e Manoel do Nascimento, conhecido como Coiote, foram transferidos da PEP para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN), neste domingo (23), após pedido da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp).

Horas antes, outros quatros presos já haviam sidos transferidos para a Penitenciária Federal de Catanduvas (Oeste do PR). As transferências ocorreram sob forte esquema de segurança em aviões da polícia.

De acordo com o delegado do Cope, Rodrigo Brown, a polícia tinha informações concretas de que poderia haver um novo resgate de presos nas próximas horas. Em setembro deste ano, criminosos fortemente armados explodiram um muro da penitenciária e resgataram 29 presos.

“Já tínhamos a intenção de transferir estes líderes de dentro da PEP para presídios de segurança máxima. Mas na semana passada, tivemos informações concretas de que havia um plano para uma nova tentativa de resgate na PEP. Informações anônimas vieram, setores de inteligência apontaram um curso plano e, para completar, na sexta-feira (21), houve o roubo de um caminhão-cegonha com vários carros potentes como SUVs e caminhonetes, veículos geralmente utilizados em fugas assim. Por isso, adiantamos estas transferências”, explicou Brown.

De acordo com o delegado, Estrela foi um dos resgatados na ação de setembro, mas acabou preso novamente. Um dia antes do resgate, ele trocou mensagens de voz com Coiote, que foi quem comandou o resgate. Dias depois,  Coiote também foi preso  no litoral de São Paulo.

Segundo Brown, Coiote é suspeito de participação no ataque à base da Prosegur no Paraguai e também é suspeito da morte de um agente penitenciário de Catanduvas.

O delegado Rodrigo Brown  também comentou a possibilidade de uma ação de represália por parte dos presos na PEP em razão das transferências. “Estamos sempre mobilizados, em especial desde a explosão do muro da PEP em setembro, com total efetivo no combate ao crime organizado. Não há o temor, mas há a cautela para eventualmente qualquer represália neste sentido”, completou.

Fonte: bandaB

PM é preso em flagrante passando informações para quadrilha de milicianos procurados

np2412Um policial militar foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira, passando informações para a quadrilha de Wellington da Silva Braga, o Ecko; sobre a operação que está sendo realizada hoje para desarticular a maior organização criminosa do estado. O policial é lotado no Regimento de Polícia Montada (RPMonte), localizado em Campo Grande, uma das áreas dominadas pela organização criminosa, mas não fazia parte do grupo denunciado. Além dele, outros dois policiais militares na ativa e um pm reformado estão sendo procurados, acusados de participação na organização criminosa.

Até o momento, pelo menos 27 suspeitos foram presos e farto material, entre armas, carros, cigarros contrabandeados e uniformes policiais, apreendidos.

A operação Heracles, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Minstério Público estadual e da Polícia Civil do estado, está sendo realizada desde o início da manhã de hoje com o apoio da a Força Nacional e do Gabinete de Intervenção Federal e tem como alvo 97 milicianos que atuam em comunidades dos bairros de Santa Cruz, Paciência e Campo Grande, na Zona Oeste; em Campinho, na Zona Norte do Rio, além de Itaguaí, na Baixada Fluminense, e Angra dos Reis; na Costa Verde.

A denúncia do Ministério Público estadual já apontava a participação de agentes públicos como responsável pelo fortalecimento e expansão da organização criminosa.

" A organização criminosa, a maior e mais afamada e temida daquelas vulgarmente denominadas “milícia”, prossegue crescendo, conquistando territórios, implantando “franquias”, e ganhando fôlego exponencial alicerçada, sobretudo, nos vínculos intersubjetivos de proteção e acobertamento que estabeleceu com outras corjas delinquentes organizadas e, principalmente, com agentes policiais, o que lhe garante liberdade para atuar com desenvoltura e sem temer repressão do policiamento ostensivo, vale dizer da Policia Militar, força que não faz qualquer combate efetivo a tal modalidade de atuação criminosa nas áreas já sob o domínio de tal pérfida facção do crime organizado e que ainda fornece por muito de seus praças mão de obra, apoio e acobertamento."

A milícia de Ecko substituiu a antiga e temida "Liga da Justiça".

Fonte: EXTRA

Operação prende 53 PMs de SP suspeitos de envolvimento com PCC

np1812Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (18) deteve 53 policiais militares de São Paulo suspeitos de colaborar com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Um outro, de férias, está foragido.

Além dos policiais, três civis, suspeitos de integrarem o PCC, também foram presos na operação. Outros dois suspeitos estão foragidos. Durante a operação, um outro civil foi detido em flagrante, sob suspeita de colaborar com o tráfico de drogas.

Todos os policiais alvos dos mandados de prisão atuam no 22º Batalhão da PM, que fica no Jardim Marajoara, na zona sul paulistana, a cerca de 15 quilômetros do centro da capital paulista. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.

Segundo as investigações, os suspeitos estariam envolvidos em um esquema de corrupção e de ligação com o tráfico de drogas apurado pela Corregedoria da PM paulista desde fevereiro.

A ação desta terça-feira é comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao MP, e pela própria Corregedoria.

Os 54 mandados contra os PMs são de prisão preventiva (sem prazo) e foram autorizados pela Justiça Militar de São Paulo. Os presos foram encaminhados para o presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.

Já os cinco mandados contra suspeitos de pertenceram ao PCC são de prisão preventiva (sem prazo) e foram autorizados pelas Justiça comum.

A PM diz que as investigações apontam para os "crimes de corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, integrar organização criminosa, além de outros ilícitos penais militares e comuns".

Ao todo, foram cumpridos durante o dia 86 mandados de busca e apreensão (70 expedidos pela Justiça Militar e 16 expedidos pela Justiça comum). A operação foi desencadeada em 19 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Segundo a PM, a operação envolveu 450 policiais militares (280 policiais corregedores e 170 policiais do 2º Batalhão de Polícia de Choque), promotores de Justiça e agentes do MP lotados no Gaeco.

O nome da operação é Ubirajara. Em nota, a PM diz que a "operação recebeu este nome por conta de ter se iniciado no bairro Ubirajara, na zona sul".

No texto, "a Polícia Militar reafirma não compactuar com ações praticadas por seus integrantes ou quaisquer outros atos que atentem contra a disciplina e os valores e deveres militares, sendo implacável na apuração para apresentar as provas ao poder judiciário e para retirar da Instituição os indignos de ostentar a sagrada bandeira do Estado de São Paulo em seu uniforme".

Nomeado secretário da Segurança Pública a partir do ano que vem, o general do Exército João Camilo Pires de Campos, 64, afirmou ao UOL estar acompanhando a operação desde a manhã desta terça-feira "como espectador", mas disse apoiar operações do tipo. "Tem que cortar na carne", relatou à reportagem. 

Procurado, o futuro governador, João Doria (PSDB), afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que, por não ter tomado posse, não cabia a ele se pronunciar sobre o assunto. A SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob gestão do governador Márcio França (PSB), apenas confirmou as informações da PM.

Fonte: UOL

Advogado é condenado por se apropriar indevidamente de dinheiro de cliente

np1212A juíza de Direito Placidina Pires, da 6ª vara Criminal de Goiânia/GO, condenou um advogado a dois anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial aberto, por apropriação indevida de dinheiro de cliente

Contratado para patrocinar o cliente em uma ação, o advogado teria seus honorários pagos por títulos de dívida agrária, devendo o causídico vende-los para satisfazer seu pagamento e repassar o restante do valor ao cliente. No entanto, segundo consta nos autos, após vender os títulos, o advogado não repassou o valor de um cheque de R$ 222 mil ao cliente e comprou, em nome de sua mãe, dois veículos com o dinheiro.

Ao analisar o caso, a magistrada considerou que, conforme se extrai do requerimento de instauração do inquérito policial, e das provas testemunhais e documentais juntadas aos autos, a materialidade e a autoria do delito se encontram satisfatoriamente comprovadas.

A magistrada destacou que, “quando praticada em razão de ofício, emprego ou profissão, ou seja, por pessoas que, em regra, recebem a coisa em função da confiança nelas depositada, a apropriação indébita é punida mais gravemente, ou seja, com um aumento de pena correspondente a 1/3 (um terço)”.

Para a juíza, o advogado “aproveitou-se da confiança nele depositada para se apropriar indevidamente do título, tendo, em seguida, forjado um suposto endosso, e adquirido, por meio do aludido cheque, dois automóveis em nome de sua genitora”.

Ao ponderar ainda que o cliente é idoso, a magistrada julgou totalmente procedente a ação, condenando o advogado à pena de dois anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial aberto, substituída por prestação de serviços comunitários e pela obrigação de pagar à vítima o valor do cheque apropriado indevidamente.

Fonte: MassaNews

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