Policiais disputam racha e batem viatura em SP

np Um vídeo de uma bodycam mostra policiais militares do 11º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo dirigindo uma viatura em alta velocidade e depois batendo o veículo. Antes da colisão, é possível ouvir um dos policiais dizendo “vamos disputar um racha?” e, na sequência, o veículo acelerando. Poucos instantes depois, o carro bate em um caminhão que estava estacionado. 

A imagem da bodycam do condutor permite identificar que a situação ocorreu no dia 13 de julho deste ano. Em outro trecho do vídeo é possível ouvir um dos policiais dizendo “ele estava acelerando junto?”. Em seguida, ouve-se um barulho de sirene. O vídeo, contudo, não mostra com quem os policiais parecem estar disputando um racha.

Pouco antes de bater, o policial que estava no banco do carona tenta segurar o volante do motorista para impedir o acidente, sem sucesso. O vídeo mostra a frente da viatura danificada após a batida.

A TV Bandeirantes informou que o racha ocorreu no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo, e envolveu duas viaturas.

Para o sociólogo e Coronel da Reserva da PMESP Sugar Ray Robson, a atitude dos policiais é “uma irresponsabilidade com as próprias vidas e um descaso com o erário público”. 

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que quatro agentes foram investigados por meio de um Inquérito Policial Militar remetido à Justiça Militar. O grupo foi acusado com base no artigo 175 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) — que condena a exibição de manobra perigosa, considerada infração gravíssima. Os policiais respondem a processos administrativos que podem levar à exoneração, informa a SSP. 

Os policiais também respondem a um processo indenizatório pelos prejuízos ao patrimônio público e a terceiros. 

Fonte: https://ponte.org/video-policiais-disputam-racha-e-batem-viatura-em-sp/

Detento que corrompia advogados matou policial e se aliou ao PCC no DF

np Acusado de chefiar o Bonde do Maluco (BDM) na Bahia, Jackson Antônio de Jesus Costa está no centro de um histórico de crimes que inclui tráfico de drogas e envolvimento na morte do policial federal Lucas Caribé (foto em destaque), assassinado em setembro de 2023, durante uma operação policial em Salvador.

Conhecido como Caboclinho, Jackson Antônio é um dos principais alvos da Operação Cravante, desencadeada nesta segunda-feira (21/10), pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco-DF), com apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público (MPDFT), para desarticular um esquema que promovia apoio externo a líderes de facções criminosas no sistema penitenciário do Distrito Federal.

Após ser preso no Complexo Penitenciário da Papuda, Jackson Antônio continuou a exercer influência no tráfico, coordenando as atividades do BDM. Contudo, a posição dele no mundo do crime se fortaleceu após integrar e auxiliar o Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da penitenciária, com uso de conexões com advogados para manter o controle sobre as operações do tráfico.

Essa articulação permitiu que ele ampliasse a rede criminosa e conseguisse se comunicar com outros detentos, bem como gerenciar atividades ilícitas, mesmo atrás das grades.

O histórico de crimes de Jackson Antônio inclui acusações de venda de armas e envolvimento com organizações que exportam cocaína para a Europa e a África.

Ele tinha um mandado de prisão preventiva em aberto, emitido em maio de 2022, por tráfico de drogas. E a escalada da violência na Bahia, atribuída à guerra entre facções, intensificou os esforços das autoridades para neutralizar líderes do crime organizado, como Jackson.

Cravante

A Operação Cravante busca desmantelar esse esquema de apoio a facções. Equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Distrito Federal (Ficco-DF) cumprem seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão, na capital do país e na Bahia, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Brasília.

Informações repassadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) mencionam indícios de que diversas pessoas teriam se passado por um advogado, com anuência dele, para se comunicar com detentos do sistema prisional do DF.

O inquérito policial revela que ao menos cinco advogados e um estagiário de direito, alvos das ordens judiciais, revezaram-se no atendimento a demandas de uma liderança de facção, atuando por fora do exercício profissional para promoção de uma organização criminosa.

Já a liderança presa faria uso da rede criminosa tanto para própria comunicação quanto subsidiaria contato externo para outros presos, a fim de estender a influência do grupo e atrair novos faccionados.

Liderança fortalecida

Durante as chamadas de vídeo, os advogados – ou aqueles que se passavam por eles – teriam feito ligações para terceiros e os colocariam em contato com os presos. As comunicações seriam realizadas, principalmente, para que o detento suspeito de liderar o esquema pudesse manter a administração das atividades criminosas fora do sistema penitenciário.

Em relação à busca pelo fortalecimento da posição do preso junto aos demais internos, Jackson Antônio também subsidiaria os custos das chamadas, para que os outros pudessem falar com parentes e amigos, e patrocinaria bens e agrados diversos a eles, como alimentos diferenciados e assistência jurídica.

Os alvos dos mandados de prisão poderão responder pelos delitos de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem passar dos 20 anos de reclusão. Os advogados também tiveram a autorização para exercício da profissão suspensa, segundo decretado pela Justiça.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/detento-que-corrompia-advogados-matou-policial-e-se-aliou-ao-pcc-no-df

Promotor denuncia sargento Mota por furto de perfume Malbec em residência

np O Ministério Público do Estado do Piauí denunciou o sargento Avelar Reis Mota, da Polícia Militar do Piauí, por crime de furto qualificado. Segundo a ação ajuizada no dia 16 de setembro, ele é acusado de invadir uma residência na zona sul de Teresina e furtar um perfume.

O sargento foi denunciado pelo promotor Assuero Stevenson, titular da 9ª Promotoria de Justiça de Teresina, responsável por processos relativos a crimes militares e ações contra atos disciplinares militares.

Consta na denúncia que, no dia 15 de fevereiro do ano passado, o sargento Mota se deslocou em uma viatura da PM até a casa situada no Loteamento João Pereira III, no bairro Areias, e invadiu o imóvel com emprego de uma chave falsa, subtraindo um perfume Malbec, da Marca O Boticário. Nesse dia, ele deveria estar de plantão na região do bairro Promorar.

Câmera de segurança foi destruída

Ainda de acordo com o promotor, o policial ainda tentou destruir a câmera de segurança da residência, não obtendo êxito. Ocorre que, meses depois, um policial militar encapuzado se dirigiu em uma viatura até a residência e atirou contra a câmera.

“Não bastasse o crime em tela, consta que o 3º Sgt PM Avelar Reis Mota, ao sair da casa, tentou destruir a câmera de segurança da residência, tendo sido registrado, tempos depois, no dia 28/07/2023, o retorno ao local de outra viatura, da qual saiu um policial encapuzado e que, efetivamente, efetuou disparo de arma de fogo contra a referida câmera, destruindo-a”, consta na denúncia.

Diante disso, o promotor Assuero Stevenson denunciou o sargento Mota pela prática de furto qualificado. “O militar subtraiu coisa alheia móvel do interior de residência mediante emprego de chave falsa, haja vista que, conforme as declarações da vítima, não havia como o militar ter acesso à chave verdadeira”, concluiu o representante do Ministério Público.

Outro lado

O sargento Mota não foi localizado pelo GP1. O espaço está aberto para esclarecimentos.

Fonte: https://www.gp1.com.br/pi/piaui/noticia/2024/10/25/promotor-denuncia-sargento-mota-por-furto-de-perfume-malbec-em-residencia-580724.html

PM é preso por tráfico de drogas após manter a companheira em cárcere privado

np Policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (SSinte) prenderam em flagrante, nesta quarta-feira, o policial militar Tales dos Santos Pereira. A investigação, que contou com o monitoramento do veículo do suspeito, revelou um esquema de tráfico de drogas em que o PM estava envolvido.

A operação que levou à prisão de Pereira ocorreu em dois endereços do bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio. A ação teve início por volta das 15h30, após denúncias de que o agente estaria mantendo sua companheira em cárcere privado.

Durante a abordagem ao PM, os policiais civis encontraram drogas com o suspeito: cocaína, crack, comprimidos de drogas sintéticas e frascos de cetamina. Os agentes foram então a um depósito de drogas que, segundo a polícia, está associado a Tales. Lá, foram encontrados mais entorpecentes e materiais para fabricação e endolação de drogas, além de celulares.

Tales Pereira foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, sequestro e cárcere privado e lesão corporal, com base na Lei de Drogas e na Lei Maria da Penha.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/10/24/pm-e-preso-por-trafico-de-drogas-apos-manter-a-companheira-em-carcere-privado.ghtml

Populares desenterram e queimam corpo de mãe que decapitou o filho

np Na madrugada deste sábado, 19, o corpo de Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi desenterrado e queimado no cemitério de Itambé, município pernambucano localizado a 50 km de João Pessoa (PB) e que fica na divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba.

Maria Rosália matou o próprio filho Miguel Ryan, de 6 anos, e o decapitou, em João Pessoa. O corpo dele foi enterrado no cemitério de Pedras de Fogo, cidade paraibana que faz divisa com Itambé, no dia 21 de setembro, um dia após o crime.

Neste sábado, 19, pessoas não identificadas abriram a cova e atearam fogo no corpo da mulher, que cometeu o crime e morreu 28 dias depois devido a uma infecção generalizada.

Fonte: https://gmconline.com.br/noticias/policial/populares-desenterram-e-queimam-corpo-de-mae-que-decapitou-o-filho/

Advogada que transferiu R$ 10 mil para chefe do Comando Vermelho em Iguatu vai para prisão domiciliar

np A Justiça decidiu que a advogada Márcia Rúbia Batista Teixeira, investigada por uma suposta ligação com o tráfico de drogas realizado pelo Comando Vermelho (CV), deve ir para prisão domiciliar. Márcia é advogada criminalista e, conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE), mantinha diálogos com o traficante Thiago Oliveira Valentim, com conversas que "transcendem a relação cliente-advogado".

Márcia teria transferido R$ 10 mil ao chefe do Comando Vermelho na região do Iguatu, no Interior do Ceará. A defesa dela pediu a conversão da prisão alegando que a suspeita tem filho menor de 12 anos que depende dos cuidados dela. 

O MP deu parecer indeferindo o pedido de prisão domiciliar, alegando a garantia da ordem pública "tendo em vista a gravidade concreta dos fatos imputados à requerente e inaplicabilidade de outras medidas cautelares diversas da prisão" e que "o argumento de que a requerente é mãe de crianças menor de doze anos, por si só, não enseja a automática conversão da prisão domiciliar e outra medida alternativa, sobretudo quando a análise dos autos revela a gravidade em concreto dos crimes que lhes foram imputados".

"É possível que o juiz negue a prisão domiciliar para a mulher responsável por crianças nos casos em que as circunstâncias do caso concreto revelam que a presença da mãe, junto aos filhos, pode ser prejudicial à formação de sua personalidade e a construção de seus valores"
MPCE

O QUE DISSERAM NA DECISÃO

No entanto, os juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas verificaram que ficou comprovado ser a advogada a única responsável pelos cuidados com a criança e que "apesar da gravidade dos fatos imputados, conforme assevera o órgão ministerial, observa-se que se trata de investigação em andamento, restando pontos e elementos ainda a esclarecer quanto às imputações, pelo que pendente a apresentação de relatório final por parte da autoridade policial".

"Deve ser garantido o melhor interesse da criança, concedo a prisão domiciliar à requerente, mediante monitoração eletrônica"
Juízes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas

Os magistrados determinaram que Márcia Rúbia deve se abster de realizar qualquer ato de campanha eleitoral, está proibida de usar aparelho celular ou fixo e só pode se ausentar na sua residência mediante autorização judicial ou em caso de urgência ou emergência médica. 

A decisão dos magistrados de converter a prisão se baseou em uma alteração no Código de Processo Penal que permite aos juízes converter a prisão preventiva em domiciliar "quando a mulher estiver grávida ou quando for mãe de filho de até 12 anos incompletos", se comprovar que ela é a única capaz de cuidar do filho e não for acusada de crime violento.

TRANSFERÊNCIA

No dia 23 de agosto foi deflagrada a Operação Policial 'Tempestade' para cumprir mandados de prisão temporária e busca e apreensão domiciliar contra indivíduos envolvidos com organizações criminosas em Iguatu.

Um dos alvos da operação foi Thiago Oliveira, o 'Thiago Fumaça', "que atualmente é considerado o líder do tráfico de drogas e principal expoente da facção criminosa CV, na cidade. Quando apreendidos os celulares em posse do investigado e vistoriado o conteúdo do telefone foram encontradas conversas entre Thiago e a advogada. 

"Nas conversas extraídas e analisadas, Márcia Rúbia Batista Teixeira  mantém diálogos com o traficante Thiago Oliveira Valentim, v.'Thiago Fumaça' e, no decorrer das mensagens trocadas, percebemos uma ligação íntima entre os dois, que transcende a relação cliente-advogado, havendo passagens em que a advogada transfere quantias em dinheiro para Thiago para que este indique pessoas dentro do Bairro Santo Antônio para trabalharem para ela e também há momentos em que Márcia solicita até segurança particular para o traficante"
MPCE

O órgão ministerial aponta que em uma das conversas a advogada pede ao suposto traficante indicação de um coordenador e que Thiago ainda "estaria à disposição de Márcia Rúbia para atuar como seus “olhos e ouvidos” naquela área do Bairro Santo Antônio, além de ser seu 'braço direito' nas questões relacionadas ao comércio ilegal de drogas, à movimentação financeira da facção que domina o local e também para angariar clientes para a advogada. Havendo indícios de que esse coordenador também seria responsável por intervir no processo eleitoral, a fim de resolver questões eleitorais vinculadas ao candidato apoiado pela advogada dentro do Bairro Santo Antônio".

PERFIL DA SUSPEITA

Márcia Teixeira se apresenta aos seguidores do Instagram como advogada criminalista e "especialista em Lei de Drogas e Tribunal do Júri". Em suas publicações, a jurista mostra sua rotina profissional, viagens, momentos com a família e vídeos de "tira-dúvidas" sobre assuntos do universo jurídico — com ênfase no Direito criminal. 

Além disso, a advogada mostra que participa de alguns eventos na área. No Cadastro Nacional dos Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), o registro profissional segue como "regular".

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/advogada-que-transferiu-r-10-mil-para-chefe-do-comando-vermelho-em-iguatu-vai-para-prisao-domiciliar-1.3569135

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