Um pastor identificado como Leonardo Belchior de Souza (foto em destaque), de 44 anos, foi preso acusado de envolvimento com a facção criminosa carioca Terceiro Comando Puro (TCP) no início da noite desse sábado (1º/6). O homem era foragido da Operação Fim do Mundo, deflagrada em janeiro de 2023 pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) em quatro estados.
O indivíduo foi flagrado vendendo drogas em uma região conhecida como "Paredão". Segundo a Polícia Militar, havia até fila no local em que ocorreu o flagrante para compra de entorpecentes.
A polícia realizava um patrulhamento no bairro, quando um morador da região abordou a equipe e informou sobre os suspeitos. A equipe foi até o local indicado e o indivíduo tentou fugir e resistir à prisão. Foi necessário usar uma arma de choque para contê-lo.
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Wescley Paula da Silva, mais conhecido como "Zoí de Gato", foi detido e levado até o Delegacia da Serra. Ao ser tirado do compartimento de segurança da viatura, os policiais perceberam que o suspeito tinha feito cocô nas calças.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e desobediência.
Um professor de 40 anos foi preso por perseguir uma ex-aluna por mais de 10 anos. A prisão ocorreu nesta sexta-feira (24) em Monte Carmelo.
De acordo com a Polícia Civil, o caso de stalking começou em 2012, quando a vítima ainda era aluna dele. O homem também é suspeito de perseguir outras duas vítimas e ameaçar servidores do Fórum da cidade.
➡ O que é stalking? O stalking é quando uma pessoa persegue outra, pessoalmente ou por qualquer outro meio, como telefonemas e mensagens. A pena varia de seis meses a dois anos de prisão.
A investigação
Segunda a investigação, o professor ameaçou constantemente a vítima pessoalmente, com gestos agressivos, além de ameaças escritas. O homem também é investigado pelos crimes de ameaça, perseguição, descumprimento de medida protetiva e coação no curso do processo.
No dia 8 de maio, um inquérito foi aberto sobre o caso de perseguição e um novo pedido de medida protetiva para a vítima foi aberto.
Conforme o delegado Leandro Fernandes Araújo, o professor também é investigado por perseguir outras duas mulheres, porém, não informou detalhes dos casos, pois as investigações est o em andamento. No entanto, ainda de acordo com ele, o caso de stalking a essas duas vítimas começou na mesma época da ex-aluna.
A Polícia Civil também informou que o professor fez diversas ameaças contra funcionários do Fórum de Monte Carmelo, no dia 21 de maio. Um inquérito foi instaurado e o caso é investigado como coação durante o curso do processo.
Em nota, a assessoria da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Monte Carmelo informou que "o inquérito policial em questão encontra-se em curso e as investigações estão em andamento, visando resguardar uma melhor elucidação dos fatos."
Outro stalking: perseguição de médico por mais de 5 anos
Em maio, um outro caso de stalking repercutiu no Triângulo Mineiro. A artista plástica Kawara Welch, de 23 anos, foi presa no dia 8 de maio por perseguir um médico de Ituiutaba por mais de 5 anos.
O médico também afirmou que Kawara perseguiu a esposa e filho de 8 anos dele. A vítima e a família registraram 42 boletins de ocorrência contra ela.
Segundo o médico, ele conheceu Kawara em 2018, durante uma consulta. Depois de outros dois atendimentos com ele, a mulher procurou a clínica onde o médico trabalha e o stalking começou a ganhar força. Ela apresentava problemas de depressão, na época.
Em entrevista ao Fantástico, o médico contou que Kawara constantemente enviava fotos perturbadoras, com lençóis e cordas amarrados no pescoço, além de mandar mensagens se despedindo dele. O homem afirmou que a suspeita chegou a enviar mais de 1.300 mensagens e fazer mais de 500 ligações para ele em um único dia.
A defesa da acusada, o advogado Jean Fillipe Alves, afirmou que existem provas de que a mulher e o médico tiveram um relacionamento, que foi descoberto pela esposa dele.
O casal, de 57 e 50 anos, e a filha de 16 anos foram encontrados mortos na residência. No domingo (19), o filho do casal ligou para a Polícia Militar e confessou o crime. Os corpos ficaram três dias no imóvel.
Conforme a polícia, o jovem afirmou que se relacionava bem com a irmã, mas como a mãe chegaria na casa depois de seis horas e ele tinha a intenção de também matá-la, não conseguiria manter a irmã em cativeiro e ela poderia impedir o crime.
Segundo relatou à polícia, primeiro, ele pegou a arma de fogo do pai, que era da Guarda Civil Municipal de Jundiaí, e atirou contra o agente quando ele estava na cozinha e de costas, por volta das 13h.
A irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o disparo e gritou. O adolescente, então, foi até ela e atirou contra seu rosto. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
"Ele fala que deu um tiro na nuca do pai. Aí a irmã ouviu o disparo, e ele acessou o primeiro andar e efetuou um disparo no rosto da irmã. Aguardou a mãe chegar. A mãe chegou, e ele fez mais um disparo. Acertou a mãe. No dia seguinte, ele ainda pegou a faca e ainda esfaqueou a mãe porque ainda sentia raiva", afirmou o delegado, ao g1.
A mãe chegou no imóvel por volta das 19h. O adolescente disse que abriu o portão da garagem para que ela entrasse e, após a vítima ver o corpo do marido na cozinha, o adolescente a matou.
Ainda de acordo com o delegado Roberto, o adolescente se surpreendeu ao saber pela polícia que seria apreendido. Contudo, não demonstrou arrependimento.
"Ele tomou um susto. Foi uma surpresa pra ele que na hora que foi falado: 'você vai ser preso'. Ele se espantou com isso. A gente não sabe se ele estava fora da realidade com relação à apreensão ou pode ser que ele tenha considerado que é um adolescente. A gente vai estar analisando lá na frente", afirmou ao g1.
Celulares e computador apreendidos
A polícia apreendeu os celulares do pai, da mãe, da irmã, além do aparelho e computador do garoto. Vizinhos, amigos e familiares devem ser ouvidos nos próximos dias. A investigação apura se o adolescente agiu sozinho.
Celulares apreendidos pela polícia após adolescente matar pai, mãe e a irmã em SP — Foto: Paola Patriarca/g1
Frieza e avaliação mental
De acordo com o boletim de ocorrência, o adolescente ligou para a Polícia Militar na noite de domingo (19) e afirmou que havia matado os familiares usando a arma de fogo do pai, uma pistola 9 milímetros, e queria se entregar.
Os policiais foram até a casa da família, localizada na rua Raimundo Nonato de Sa, e encontraram o adolescente.
Ainda segundo o delegado, o adolescente deve ser submetido a uma avaliação psicológica.
"Ele fica esse tempo apreendido na Fundação Casa. O Ministério Público, titular da ação penal, vai estabelecer da necessidade de rigidez mental para saber se ele estava em sã consciência. Isso tudo tem que ser analisado e o MP fará isso aí. Vamos aguardar o laudo".
Fonte: Adolescente que assassinou família diz à polícia que gostava da irmã e só a matou para conseguir matar a mãe
A desembargadora Maria Helena Póvoas, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, perdeu R$ 45 mil em um golpe aplicado por meio do Whatsapp.
Três pessoas foram presas em Várzea Grande por envolvimento no crime.
De acordo com o boletim de ocorrência, registrado por um assessor da desembargadora, o golpe ocorreu no dia 7 de maio.
Os criminosos clonaram o WhatsApp do filho da magistrada e obtiveram informações privilegiadas de que ele estava comprando um veículo.
Em seguida, os bandidos criaram um perfil falso com a foto do filho e passaram a mandar mensagens para ela, solicitando um Pix no valor de R$ 12 mil para realizar a compra do veículo.
Os criminosos informaram uma chave Pix e disseram que seria do gerente da concessionária.
Posteriormente, eles pediram mais dois valores, no total de R$ 11 mil.
No dia seguinte, conforme o B.O., os criminosos - ainda se passando pelo filho da magistrada - enviaram uma foto do comprovante de um suposto TED no valor de R$ 45 mil que teriam feito para a conta dela.
Depois, encaminharam uma mensagem dizendo que o valor seria para lhe pagar os R$ 23 mil que ela enviara do dia anterior. E o restante que sobrou, no valor de R$ 22 mil, solicitaram que ela encaminhasse para uma nova chave Pix.
Após encaminhar mais um Pix, a desembargadora entrou em contato com o filho e só então descobriu que se tratava de um golpe.
As prisões
Com base nas informações do boletim de ocorrência, os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande iniciaram as diligências, conseguindo realizar a prisão em flagrante dos três suspeitos, dois homens e uma mulher, responsáveis pelas contas bancárias que receberam os valores dos golpes.
Segundo a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, os presos integram uma associação criminosa constituída por no mínimo oito integrantes e que, desde a última semana, vinham fazendo diversas vítimas.
Uma delas procurou a delegacia para relatar que teve o WhatsApp clonado, ocasião em que amigos seus fizeram transferências aos criminosos nos valores de até R$ 20 mil.
“Apesar de os conduzidos alegarem que simplesmente venderam suas contas bancárias, ficou claro que eles integram a associação criminosa, a qual se dedica a prática de estelionatos e lavagem de dinheiro, sendo a conduta dos autuados imprescindível para que o grupo criminoso consiga o lucro do crime”, disse a delegada.
Uma organização criminosa formada por policiais militares, alvo da 12ª fase da Operação Gênesis, já era investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), há pelo menos três anos. Cinco policiais militares foram presos nas últimas três semanas, por envolvimento com extorsões, tráfico de drogas e tráfico de armas. Um sexto PM não foi localizado e virou foragido da Justiça.
As ordens de prisão preventiva, expedidas pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foram cumpridas contra quatro sargentos da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Paulo Rogério Bezerra do Nascimento, José Urubatan de Oliveira, Auricélio da Silva Araripe e Cristiano Barney Freitas Alencar, e o soldado Antônio Danúzio Silva. Já o sargento Ronaldo Gomes Silva está na situação de foragido.
A denúncia do Gaeco contra a organização criminosa listou uma série de extorsões e negociações de drogas e armas de fogo, ocorridas entre 2016 e 2017, descobertas por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e por outros levantamentos. O grupo de militares se aliava a pequenos e médios traficantes para cometer os crimes.
Conforme a denúncia, a quadrilha chegava a cobrar até R$ 10 mil em extorsões. Esse foi o valor cobrado a um homem abordado na comunidade do São Cristóvão, na Grande Messejana, no dia 26 de julho de 2017. O homem acertou com os policiais para pagar o valor parcelado em duas vezes, em troca de não ser preso.
Os alvos dos policiais nas extorsões eram traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela Polícia. Segundo o MPCE, o histórico criminal facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo criminoso. Os PMs investigados acessavam os sistemas da própria Polícia, além de obter informações com pequenos traficantes, para selecionar as vítimas e planejar as ações criminosas.
Negociações de drogas e armas de fogo
Os investigadores do Gaeco também encontraram conversas dos policiais militares em que eles negociavam drogas e armas de fogo. No dia 23 de fevereiro de 2017, os PMs planejaram vender 100 frascos de lança-perfume por um total de R$ 6 mil (R$ 60 por cada). Um mês antes, o sargento Paulo Rogério negociou a venda de 300 gramas de cocaína por R$ 3 mil.
Já o sargento José Urubatan teve algumas conversas sobre tráfico de armas interceptadas. Em uma delas, em 3 de novembro de 2016, o militar ofereceu uma pistola Ponto 380 por R$ 5 mil. Cinco dias antes, ele havia oferecido um revólver calibre 38 por R$ 2,5 mil.
Os seis policiais militares alvos dos mandados de prisão preventiva foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, em junho de 2022. Na época, os pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão foram negados pela Vara da Auditoria Militar. O MPCE recorreu da decisão e obteve as ordens de prisão, no TJCE, no último dia 24 de abril.
Os PMs foram presos nos dias seguintes, em ações da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), com o apoio do Comando Geral da Polícia Militar. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que instaurou procedimento investigativo disciplinar para apurar os fatos investigados pelo Ministério Público no âmbito administrativo.
A Operação Gênesis foi deflagrada pela primeira vez em 2020, para combater organizações criminosas formadas por agentes de segurança e traficantes, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas, roubos e homicídios, em Fortaleza e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Nas 11 fases anteriores, a Justiça expediu 104 mandados de prisão preventiva e 138 mandados de busca e apreensão.