Advogada e sua mãe são agredidas por PMs em estacionamento de mercado

n A advogada Aline Borges da Silva e sua mãe, servidora do MP/SC, foram agredidas por policiais militares no estacionamento de um supermercado em Içara, no Sul de Santa Catarina, na noite de sábado, 9. Imagens registradas por testemunhas mostram a advogada sendo imobilizada no chão e, em seguida, colocada no porta-malas de uma viatura policial, enquanto sua mãe, ao tentar intervir, recebeu um tapa no rosto.

Diante do ocorrido, a seccional catarinense da OAB solicitou o afastamento dos policiais envolvidos para que a responsabilidade seja apurada e ofereceu apoio à advogada.

A ocorrência teve início após um chamado à Polícia Militar para atender uma denúncia de injúria ou comunicação falsa de crime, relacionada a um suposto desentendimento entre um cliente e uma funcionária do supermercado. Segundo a PM, a advogada se aproximou da cena para observar a abordagem policial, exercício previsto nas prerrogativas dos advogados.

Conforme relatado pela advogada, ao ser questionada sobre sua presença, ela informou sua atuação como advogada, mas foi imobilizada e teve gás de pimenta aplicado em seu rosto. Ela também afirmou ter sido chutada e pressionada ao chão, com um dos policiais colocando o joelho sobre seu pescoço, o que teria causado ferimentos.

A mãe da advogada também relatou ter sofrido agressões ao tentar intervir em defesa da filha. A senhora afirmou ter recebido um choque elétrico e empurrões dos policiais presentes, além de um tapa no rosto.

A advogada realizou exame de corpo de delito no dia seguinte e, na delegacia, foi registrado um termo circunstanciado por resistência e suposto desacato aos policiais.

Em nota, a Polícia Militar declarou que as ações dos policiais estão sendo investigadas internamente e que um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º Batalhão para esclarecer os fatos.

A OAB/SC, por sua vez, emitiu uma nota de solidariedade à advogada, classificando o episódio como violação das prerrogativas profissionais e destacando a necessidade de uma apuração rigorosa dos fatos. Cláudia Prudêncio, presidente da seccional catarinense, afirmou que a entidade está dando todo o suporte jurídico e institucional necessário e pediu o afastamento dos policiais envolvidos para garantir a imparcialidade da investigação.

Nota da PM

1. Na noite deste sábado, 9, guarnições da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) do 29° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Içara, foram acionadas para atendimento a uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de um supermercado, onde a princípio uma funcionária de um supermercado e um cliente haviam se desentendido. Este estaria supostamente injuriando a trabalhadora.

2. As atitudes dos policiais estão sendo investigadas ao deterem duas mulheres que se envolveram durante o atendimento da primeira ocorrência. Elas acabaram sendo conduzidas à Delegacia de Polícia Civil, juntamente com as outras partes da primeira ocorrência.

3. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos.

Nota da OAB

A OAB Santa Catarina e a Subseção de Criciúma, por meio da Comissão Estadual de Prerrogativas e Defesa de Honorários manifesta solidariedade e apoio à advogada gaúcha Aline Borges da Silva, que teve suas prerrogativas violadas e foi agredida, na noite de ontem, sábado (9), em Içara, no exercício de sua profissão.

A presidente da Seccional, Cláudia Prudêncio, entrou em contato com o Comandante do Batalhão da Polícia Militar, Aurélio Pelozato, e solicitou o afastamento dos policiais militares envolvidos, para que a responsabilidade seja devidamente apurada e os envolvidos responsabilizados, além da apuração completa de todos os fatos. Desde o conhecimento do ocorrido, a OAB/SC e a OAB Criciúma tem prestado todo o suporte necessário à profissional, providenciando assistência jurídica e institucional.

Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/419895/advogada-e-sua-mae-sao-agredidas-por-pms-em-estacionamento-de-mercado

Operação mira policiais da PRF e PM que transportavam drogas para facção

n A Polícia Federal deflagrou operação nesta quinta-feira, 7, para apurar a participação de policiais rodoviários federais da PRF e policiais militares de Rondônia e da Bahia em um grupo criminoso responsável por esquema de tráfico interestadual de drogas. Ao todo 120 agentes cumprem 30 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva em cidades dos estados do Ceará, Pará, Rio Grande do Norte e São Paulo, além do Distrito Federal, Bahia e Rondônia. A operação foi batizada de Puritas.

Os mandados estão sendo cumpridos em Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Ji-Paraná (RO), Cascavel (CE), Santa Maria (DF), Ourilândia do Norte (PA), Natal (RN), Piracicaba (SP), Santa Luz (BA), Gandu (BA), Feira de Santana (BA) e Fortaleza (CE).

As autorizações foram expedidas pela 2ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho (RO). Além das prisões, foram realizadas as apreensões de sequestros de veículos que teriam sido usados nos crimes, e foram lavrados sete flagrantes por porte e posse de arma de fogo de grosso calibre.

De acordo com as investigações, os policiais rodoviários federais, além de integrantes da Polícia Militar da Bahia e de Rondônia eram responsáveis pelo transporte de toneladas de drogas destinadas principalmente ao estado do Ceará.

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Os investigadores identificaram que um carregamento de aproximadamente 500 quilos de cloridrato de cocaína apreendido na cidade de Vilhena (RO), outro de 500 quilos na cidade de Canarana (MT) e outro de 200 quilos na cidade de Peritoró (MA), estavam vinculados ao grupo criminoso.

Além disso, a Polícia Federal identificou 26 investigados no esquema criminoso, que poderão responder por tráfico interestadual de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação tem a colaboração da Corregedoria Geral da Polícia Rodoviária Federal.

Plano de Lula

O envolvimento de agentes da PRF com quadrilhas de traficantes vem exatamente no momento em que o governo Lula quer mudar o nome da corporação para Polícia Ostensiva Federal (POF) exatamente para ampliar as suas atribuições e permitir que ela faça o enfrentamento direto de facções criminosas.

Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/operacao-mira-policiais-da-prf-e-pm-que-transportavam-drogas-para-faccao

Golpe: marmitas tinham 1 uva-passa no arroz e 1 calabresa na feijoada

n Investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) suspeita de aplicar uma série de golpes, entre eles a venda de franquias de marmitas congeladas, Cirlene de Souza Ferreira, 44 anos, quando entregava as encomendas, oferecia kits de péssima qualidade. Um das vítimas fez queixas relatando que “morreu de vergonha” quando resolveu divulgar a franquia.

Segundo a cliente, ela e o marido decidiram entrar no negócio e comprar a representação. “Compramos a franquia e o freezer, com muito sacrifício, pois estava desempregada e seria uma renda extra. Mas o sonho se tornou pesadelo”, disse. A mulher explicou que abriu uma das marmitas para experimentar uma feijoada e só havia “três lascas de calabresa”.

Em outro teste, a cliente identificou que uma marmita de arroz à grega tinha apenas uma uva-passa e uma lasca de cenoura. “Todas as franqueadas estavam ao mesmo tempo reclamando das marmitas. Eu me recusei a vender, pois estavam fora dos padrões. A proprietária da franquia pediu para que eu fizesse doação das marmitas ou jogasse fora, pois iria me enviar outras dentro dos padrões de qualidade”, pontuou.

Sem devolução

Em um terceira marmita, em que deveria estar uma galinhada, a cliente ressaltou ter encontrado apenas uma “carcaça” de frango. “Foi quando resolvi sair da franquia. Tudo o que foi prometido não foi cumprido, nem o cardápio atualizado recebi para trabalhar. Desde então estou solicitando meu dinheiro investido na franquia de volta, e é sempre uma enrolação, uma desculpa.”

De acordo com a cliente, a proprietária da franquia se comprometeu e fez um acordo de parcelamento em que o primeiro pagamento seria feito em 25 de setembro. Porém, mais uma vez, o trato não foi cumprido. “Fui enganada. Quero meu dinheiro de volta”, desabafou.

Cirlene figura como autora de estelionato nas delegacias do Lago Sul, do Núcleo Bandeirante (duas vezes), da Asa Norte e do Gama. As vítimas a acusam de golpes que vão desde a venda fraudulenta de franquias até estelionatos envolvendo o financiamento de veículos em nome de terceiros, e calotes em empréstimos e aluguéis de estabelecimentos comerciais.

Mais golpes

Em um dos casos, a vítima – que preferiu não se identificar – contou que, ao conhecer Cirlene, lhe foi oferecido um modelo de negócio envolvendo a franquia Ultra Sabor, supostamente de sua propriedade. Para transparecer veracidade, a golpista das marmitas costumava dizer que a empresa fornecia alimentação para hospitais e grandes construtoras do DF.

A cliente que levou o golpe de R$ 80 mil abriria a loja em um ponto no Jardim Botânico para vender as marmitas congeladas, supostamente de alta qualidade. No entanto, Cirlene teria passado 20 dias com a então vítima fazendo marmitas e vendendo por aplicativo. Depois, desapareceu.

A surpresa maior viria semanas depois, quando a cliente se lembrou de que havia emprestado cartões de crédito para Cirlene. A mulher já havia conseguido aumentar os limites e torrar cerca de R$ 80 mil.

O outro lado

Procurada, a defesa da suposta empresária afirmou que todas as denúncias são infundadas e não condizem com a verdade.

Leia a nota na íntegra:

“Em relação às recentes acusações dirigidas contra nossa cliente, Cirlene de Souza Ferreira, gostaríamos de esclarecer que as alegações são infundadas e não condizem com os fatos. Cirlene é uma cidadã íntegra, com uma reputação construída ao longo de anos de conduta ilibada e responsabilidade.

As acusações foram levantadas sem uma base concreta e têm trazido danos profundos à sua imagem pessoal e profissional. Até o momento, nenhuma evidência confiável foi apresentada para corroborar as alegações, e seguimos confiantes de que a verdade prevalecerá.

Estamos colaborando plenamente com as autoridades para que tudo seja elucidado com a maior celeridade possível. Reiteramos o compromisso da nossoma cliente com a transparência e a Justiça e agradecemos o apoio e a compreensão de todos neste momento. O escritório está tomando as devidas providências jurídicas quanto às alegações infundadas”.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/golpe-marmitas-tinham-1-uva-passa-no-arroz-e-1-calabresa-na-feijoada

Agiotas do PCC bancaram manifestação de parentes de presos no DF, diz Gaeco

n Uma rede de agiotas ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) é investigada por suspeita de ter financiado duas manifestações de familiares de presos em Brasília para reivindicar melhorias aos detentos recolhidos em penitenciárias federais.

Sete agiotas foram presos em junho deste ano, durante a Operação Khalifa, deflagrada pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) e pela Polícia Militar no Alto Tietê, região metropolitana de São Paulo. Todos tiveram a prisão preventiva decretada.

Os celulares dos suspeitos foram apreendidos e, segundo o MP-SP, no aparelho de Luiz Carlos Rodrigues Garcia, 40, conhecido como Paraíba, havia várias trocas de mensagens comprovando a participação dos agiotas na organização e financiamento das manifestações.

As manifestações de familiares de presos em Brasília ocorreram em 3 de dezembro de 2022 e 13 de dezembro de 2023. As investigações do Gaeco apontaram que Paraíba esteve presente nos dois eventos e coordenou toda a logística.

Os dados analisados - diz o Gaeco - indicaram que "o PCC convocou as manifestações e bancou as despesas de transporte, alimentação e hospedagem dos simpatizantes e familiares de presos, impedindo ainda que pessoas com antecedentes criminais participassem dos atos".

No telefone celular de Paraíba, aparece a imagem da reserva de sete diárias no Hotel Plaza Manhattan, em Brasília, no período de 7 a 14 de dezembro de 2023. Foram pagos R$ 5.879,50 pelas despesas. Houve negociações também para reserva de uma suíte no Kubitschek Plaza Hotel.

Em uma mensagem de WhatsApp no dia 2 de dezembro de 2023, Paraíba conversa com uma mulher sobre o evento e diz que encontrou um local para até 790 pessoas. E avisa que pediu orçamento. No dia 8 de dezembro, ele fala sobre a locação de um espaço com 70 camas e mesas.

Na mesma mensagem, Paraíba afirma que as pessoas iriam chegar na madrugada do dia 13 para o evento e iriam tomar café antes de seguirem para a manifestação, e depois retornariam, tomariam banho e iriam embora para suas cidades.

Advogado e cliente tentam enganar juiz e homem se esconde embaixo de mesa em audiência

Um homem e o seu advogado tentaram enganar um juiz durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. Durante a sessão, é possível ver o momento em que o cliente se esconde embaixo de uma mesa para fingir que não estava na mesma sala que o advogado durante o depoimento de uma testemunha.

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Negociata eleitoral: cidade brasileira tem eleitor que vendeu voto e foi para as urnas usando óculos-espião

n Em uma cidade do Pará, Ourilândia do Norte, eleitores venderam o seu voto e foram para as urnas com um óculos-espião, a fim de que comprovassem que o voto vendido fosse realmente confirmado no vereador Edivaldo Borges Gomes, o Irmão Edivaldo (MDB).

Os óculos, com uma microcâmera embutida, chamaram a atenção de uma mesária. Mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral entrou com o objeto.

A mesária disse à polícia que, “em determinado momento, observou um eleitor portando óculos com espessura extensa. E, depois de alguns instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso”.

A mulher contou que abordou a eleitora e acionou os funcionários da Justiça Eleitoral, que descobriram que os óculos possuíam uma câmera acoplada.

A adolescente abordada declarou que uma pessoa desconhecida ofereceu R$ 200 para que ela votasse no candidato a vereador Irmão Edivaldo. E ela só receberia o valor caso comprovasse por meio das filmagens que votou no candidato.

Irmão Edivaldo foi preso em flagrante e solto mediante pagamento de fiança. Ele pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa. Cinco dias após ser reeleito, o político se defendeu das acusações em uma sessão da Câmara de Vereadores.

Em Nova Olinda do Maranhão, os mais de 14 mil habitantes viveram a disputa pela prefeitura mais acirrada em todo o país. Ary Menezes (PP) foi eleito no primeiro turno com 50,01% dos votos válidos, e Thaymara Amorim (PL) ficou em segundo lugar, com 49,99%. E a diferença entre os dois candidatos foi de apenas dois votos.

Thaymara chegou a comemorar a vitória antes do fim da apuração, que com 97% das urnas apuradas dava uma diferença de 100 votos a favor dela. No entanto, o resultado final deu a vitória a Ary.

Depois da vitória, porém, alguns eleitores confessaram ter vendido o voto em favor de Ary Menezes. E denunciaram que passaram a receber ameaças e represálias.

Danilo Santos é um deles. Ele admitiu que foi procurado antes da votação e aceitou vender o seu voto.

“Ary Menezes, com Ronildo, Cleo Barros, foram na minha casa, entendeu? Pra gente fechar um compromisso”, revelou, citando Ronildo da Farmácia (MDB), o vice, e Clecia Barros (Republicanos), aliada de Ary. Ele revelou que o trio perguntou o que ele queria em troca do voto.

“Falei que era 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira da minha casa. Eles falaram para mim que, se fosse só isso, já estava tudo comprado. Que no outro dia era para eu ir buscar lá no galpão”, contou.

Danilo disse que não recebeu tudo o que foi prometido e, por isso, mudou de ideia. Dois dias depois da eleição, um caminhão da prefeitura retirou as telhas da casa dele.

Outra eleitora, a pescadora Luciane Souza Costa, também foi ameaçada. Ela decidiu não votar em Ary nem na vereadora indicada por ele depois que o marido dela recebeu dinheiro pela compra do voto. Imagens gravadas por Luciane mostram um homem, que tem o número do candidato a prefeito na camisa, ameaçando-a.

“Como eu não peguei o dinheiro, foi o meu marido que pegou, e eu postei nos meus ‘Status’ [em rede social] dando apoio para a minha vereadora, me ameaçaram de morte. [Ameaçaram] eu, meu marido e minhas filhas. Que se a gente não votasse neles, eles iam matar a gente”.

O que disseram os citados

Por nota, o prefeito eleito Ary Menezes disse que “a compra e venda de votos compromete a democracia do pleito e deve ser apurada pela Justiça Eleitoral", e se colocou à disposição para esclarecimentos.

Ronildo da Farmácia, o vice-prefeito eleito, negou as acusações. “Eu dou a garantia que da minha parte e da parte do Ary, 100% de certeza que não oferecemos dinheiro em troca de votos para ninguém. Fizemos uma campanha limpa, está entendendo?”

A defesa de Clélia Barros disse em nota que “Clélia não tem conhecimento sobre a captação ilícita de votos apontada na reportagem” e que “a cliente tem a vida pública pautada por honestidade, sempre respeitando os pilares da democracia”.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2024/10/20/negociata-eleitoral-cidade-brasileira-tem-eleitor-que-vendeu-voto-e-foi-para-as-urnas-usando-oculos-espiao.ghtml

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