PF faz operação contra policiais penais suspeitos de receber joias e celulares em troca de benefícios a detentos em presídio no Grande Recife

oc03031 A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (25), uma operação para desarticular um suposto esquema de corrupção e tráfico de drogas dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife (veja vídeo acima). Segundo informações apuradas pela GloboNews, as investigações apontam que policiais penais recebiam propina, incluindo joias, refeições e celulares, em troca de benefícios a detentos.

De acordo com a PF, a Operação La Catedral cumpre nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos investigados. Dois servidores foram afastados, segundo a corporação.

Procurada, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) disse que não compactua com "quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional" (veja resposta abaixo).

A GloboNews apurou que a propina paga aos agentes servia para que os detentos conseguissem as seguintes regalias:

  • facilitação de entrada de visitantes em qualquer horário;
  • acesso indevido ao sistema interno da unidade, permitindo que eles influenciassem na transferência de outros presos;
  • permissão para a realização de festas e churrascos com consumo de bebidas alcóolicas e música ao vivo;
  • entrada facilitada de garotas de programa no presídio.

Além disso, foram constatados outros crimes, incluindo o uso de drogas e até a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural da unidade.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo é investigado por praticar os seguintes crimes:

  • tráfico de drogas;
  • lavagem de dinheiro;
  • corrupção;
  • prevaricação (quando um servidor público pratica um delito ou deixa de cumprir suas funções legais);
  • promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio;
  • participação em organização criminosa.

A corporação informou, ainda, que as investigações começaram depois que a polícia identificou um detento que comandava diversos crimes dentro da cadeia com o apoio de servidores do sistema prisional.

Ainda conforme a PF, a apuração constatou atos de corrupção passiva praticados por policiais penais, além de acessos indevidos a sistemas internos para favorecer detentos.

O que diz o governo do estado

Procurada, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que:

  • não compactua com quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional de Pernambuco bem como desvios de conduta de seus servidores;
  • desde que a pasta foi criada, há 1 ano e 2 meses, implantou "medidas estratégicas" para combater a criminalidade nos estabelecimentos penais, incluindo mudanças nas gerências prisionais, criação da ouvidoria penal e fortalecimento da Comissão de Sindicância;
  • tem uma atuação integrada a outras forças policiais em diversas operações de combate à criminalidade, deflagradas em Pernambuco e demais estados.

PM acusada de injúria racial vira ré: 'Mucama', 'quem foi que aboliu essa lei no Brasil?', teria dito para atendente em academia

oc02282 Segundo a denúncia, a policial teria ofendido a atendente Michelle Ataide da Silva, de 35 anos, após chegar ao local para tomar um café.

"Mucama, traz o meu cafezinho. Eu não sei quem foi o filho da p* que aboliu essa lei no Brasil", teria dito a policial, segundo o MP.

A expressão "mucama" refere-se às mulheres negras escravizadas que eram obrigadas a fazer os serviços caseiros, além de acompanhar as mulheres brancas em passeios ou amamentar seus filhos. Já a lei a que a policial se refere é a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.

O caso ocorreu na manhã de 8 de dezembro de 2023, na lanchonete de uma academia na Avenida Salvador Allende, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com o promotor responsável pela denúncia, a policial teve o objetivo de ofender a dignidade de Michelle. A denúncia relata que a policial fez as ofensas em voz alta.

  Segundo o depoimento de Michelle, Odila chegou ao estabelecimento acompanhada de uma amiga e que essa amiga que teria feito os pedidos no balcão. Ainda de acordo com o depoimento de Michelle, Odila a ofendeu à distância, sentada em sua cadeira e usando um tom debochado e preconceituoso.

O MP destacou em sua denúncia que o insulto racista foi utilizado como instrumento de humilhação, evocando a escravidão e a ideia de inferiorização das mulheres negras. A promotoria entende que a autora da ofensa manifestou opinião desfavorável à lei que extinguiu a escravidão, reforçando a intenção de diminuir a população negra.

Presente e pedido de desculpas

Michele contou aos investigadores que após o ocorrido chegou a passar mal com a situação e chorou muito. Logo depois de ouvir as ofensas, Michelle passou pela mesa onde a policial estava e teria dito: "racismo é crime".

g1 tentou contato com a defesa de Odila, mas até a última atualização desta reportagem não teve retorno. Contudo, em seu depoimento na delegacia, na época da ocorrência, a policial disse que o ocorrido foi apenas um "mal-entendido".

Segundo Odila, ela e a amiga conversavam de forma descontraída antes de decidirem fazer os pedidos. Nesse momento, a policial teria falado "brincando" com a amiga, "que mesmo não sendo sua escrava ela poderia trazer seu café".

Odila disse que não falou de forma pejorativa ou com o objetivo de ofender alguém e que nem mesmo notou a presença de Michelle no local.

Ainda segundo seu depoimento, Odila teria feito um pedido de desculpas pela situação, deixando uma carta e um presente para Michelle na recepção da academia.

No fim de seu depoimento, Odila disse ainda que "em tempo algum teve qualquer tipo de preconceito com quem quer que seja, ora de origem cor, religiosa, de cunho racial, ou outro qualquer".

Ainda de acordo com o depoimento, Odila afirmou que por ser oficial da Polícia Militar, "convive com colegas de serviço de raças e origens diversas".

O processo agora segue seu curso natural, com a citação da ré, diligências do MP, produção de provas, oitiva de testemunhas e julgamento.

O MP espera que Odila seja condenada por injúria racial, com pena de prisão e pagamento de uma multa por danos e reparação pelas ofensas. O promotor responsável afastou a possibilidade de acordo em sua denúncia, segundo ele, por considerar o crime 'incompatível com a aplicação do instrumento, dada a natureza da infração penal e os valores sociais violados'.

 

Em delação, Mauro Cid expõe plano para matar Lula e prender Moraes e Pacheco

e02242 A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tornada pública pelo ministro Alexandre Moraes nesta quarta-feira (19), traz detalhes sobre um plano elaborado por aliados do ex-presidente para prender e até executar autoridades durante a execução do golpe. Na terça (18), a Procuradoria Geral da República denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Seriam executados o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin. Cid afirma não saber se Jair Bolsonaro tinha conhecimento ou não deste plano para matar autoridades: “ninguém chegou com um plano e botou um plano na mesa e falou assim, nós vamos prender o Lula, nós vamos matar”, aponta.

O plano, conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, foi revelado pela Polícia Federal em novembro de 2024, quando foram presos quatro militares da tropa de elite do Exército (conhecido como ‘kids pretos’) e um policial federal. Agora, no entanto, é o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirmando em delação a existência do plano.

Prisão de Moraes e golpe

Em outro trecho, Cid aponta que seriam monitorados e presos os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF, e o então presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.

Uma reunião em 28 de novembro de 2022 teve o objetivo de pressionar os comandantes das Forças a aderirem ao golpe de Estado, para manter Bolsonaro no poder e atingir Alexandre de Moraes, chamado pelo grupo de “centro de gravidade”.

“A investigação identificou que a reunião realizada no dia 28de novembro de 2022, na SQN 305 BL I, Asa Norte, Brasília/DF teve oobjetivo de planejar e executar ações voltadas a pressionar osComandantes do Exército a aderirem ao Golpe de Estado, para mantero então presidente da República JAIR BOLSONARO no poder, além deações para atingir o Ministro ALEXANDRE DE MORAES, denominado de“centro de gravidade”

Conforme a delação de Cid, o advogado Filipe Martins apresentou a Jair Bolsonaro um documento com “considerandos” sobre supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo. O documento continha um decreto que, caso assinado por Bolsonaro, determinava a prisão de várias autoridades, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF, e o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O decreto também determinaria a realização de novas eleições alegando fraude no último pleito.

Bolsonaro recebeu o documento, leu e alterou as ordens, mantendo a prisão de Moraes (e retirando as de Pacheco e Mendes) e determinando a realização de novas eleições. Segundo Cid, depois de ler o documento, Bolsonaro chamou os comandantes das Forças Armadas para entender a reação deles ao conteúdo do decreto.

Fonte: https://www.itatiaia.com.br/politica/2025/02/19/em-delacao-mauro-cid-expoe-plano-para-matar-lula-e-prender-moraes-e-pacheco

Condenado à morte escolhe ser executado por pelotão de fuzilamento

oc0242 Um condenado à morte na Carolina do Sul (EUA) escolheu ser executado no mês que vem por um pelotão de fuzilamento.

Brad Sigmon deverá ser o primeiro preso dos EUA morto a tiros numa execução em 15 anos. O procedimento capital está marcado para 7 de março.

Na sexta-feira (21/2), Brad se tornou o primeiro preso da Carolina do Sul a escolher o novo pelotão de fuzilamento do estado em vez da injeção letal ou da cadeira elétrica.

O detento, de 67 anos, será amarrado a uma cadeira e terá um capuz colocado sobre sua cabeça e um alvo colocado sobre seu coração na câmara da morte. Três voluntários atirarão nele através de uma pequena abertura a cerca de 4,6 metros de distância.

Apenas três presos nos EUA foram executados por pelotão de fuzilamento desde 1976. Todos foram em Utah, com o último ocorrendo em 2010.

Brad não escolheu a cadeira elétrica porque ela iria "queimá-lo e cozinhá-lo vivo", escreveu seu advogado, Gerald King, em declaração à imprensa.

"Mas a alternativa é igualmente monstruosa. Se ele escolhesse a injeção letal, ele arriscaria a morte prolongada sofrida por todos os três homens que a Carolina do Sul executou desde setembro. Três homens que Brad conhecia e com quem se importava, que permaneceram vivos, amarrados a uma maca, por mais de vinte minutos", completou o advogado, acrescentando que o cliente tem consciência de que será uma morte violenta.

Brad é mais velho do que qualquer uma das 46 pessoas que foram condenadas à morte na Carolina do Sul desde que a pena de morte foi restabelecida, em 1976, contou a ABC News.

O americano foi condenado pelos assassinatos com tacos de beisebol dos pais de uma ex-namorada na residência do casal, no condado de Greenville, em 2001. Os dois estavam em cômodos diferentes da casa. Brad então sequestrou sua ex-namorada sob a mira de uma arma, mas ela escapou do carro dele. O agressor atirou na vítima enquanto ela corria, mas errou, de acordo com os promotores.

Fonte: https://extra.globo.com/blogs/page-not-found/post/2025/02/condenado-a-morte-escolhe-ser-executado-por-pelotao-de-fuzilamento.ghtml

"Quebrou a seccional": policial suspeito de desviar drogas é afastado

oc02122.png São Paulo — O investigador de polícia classe especial Elvis Cristiano da Silva, de 54 anos, foi afastado do cargo após o Metrópoles revelar que o agente “negocia” cadeiras de chefias de investigação, em delegacias subordinadas à 1ª Delegacia Seccional do Centro de São Paulo, para viabilizar um esquema de tráfico de drogas. Ele não aparece no trabalho desde a segunda passada (11/2), três dias após a publicação do caso.

O afastamento do agente foi oficializado de forma discreta no Diário Oficial do Estado (DOE), em publicação de 11 de fevereiro que noticiou o fim do benefício “pro-labore” de Elvis, direcionado apenas a agentes da ativa.

Fontes policiais afirmaram ao Metrópoles que o caso “quebrou” a 1ª seccional. Apesar disso, o envolvimento do policial civil já era esperado. Por colegas, ele é considerado “persona non grata”.

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que Elvis deverá ser mantido afastado até o fim das investigações.

Entenda o esquema envolvendo o policial civil

  • Elvis está na Polícia Civil há 25 anos e assumiu a chefia da 1ª Seccional em 2023. Desde então, passou a coordenar o esquema de tráfico de drogas.
  • Os entorpecentes eram desviados de apreensões feitas por comparsas ligados ao policial, conforme aponta um relatório da Corregedoria da Polícia Civil, obtido pela reportagem.
  • Elvis coordenava também um “rodízio” de delegacias, são elas: 1º DP, 2º DP, 12º DP e 77º DP. Nesses distritos policiais, os flagrantes eram registrados para tentar despistar o Ministério Público (MPSP).
  • O policial civil trabalhou normalmente até o dia 7 de fevereiro, uma sexta-feira, sendo afastado na segunda seguinte.
  • Ele atuava junto com o investigador de 1ª Classe Eduardo Xavier dos Santos e o também investigador Cléber Rodrigues Gimenez, preso em janeiro deste ano.
  • Cléber é acusado de desviar cargas de drogas, apreendidas em falsas blitzes policiais, e revendê-las para traficantes internacionais.
  • Para isso, ele levava as drogas — geralmente cocaína — para um galpão no Bom Retiro, centro paulistano, onde a mesma quantidade da apreensão era substituída por talco, gesso ou algum pó branco.
  • As apreensões eram formalizadas por meio do registro de boletins de ocorrência (B.O.), e a falsa droga constatada como verdadeira, por meio de laudos oficiais, feitos por um perito do Instituto de Criminalística, também ligado à quadrilha.
  • A função de Elvis seria o de guardar a droga verdadeira, além de determinar onde os flagrantes seriam registrados “para não chamar a atenção do Ministério Público [MPSP]”, como mostra documento da Corregedoria.
  • Para isso, o chefe de investigações da 1ª Seccional “fazia um rodízio” de delegacias, para a elaboração dos flagrantes arrumados por Cléber Rodrigues Gimenez, aponta a denúncia.
  • As negociatas criminosas atribuídas aos policiais civis teriam rendido aos corruptos, somente na 1ª Seccional, ao menos R$ 50 milhões.

Fonte: https://www.metropoles.com/sao-paulo/quebrou-a-seccional-policial-suspeito-de-desviar-drogas-e-afastado

Ex-agente penitenciário, com armamento em casa, entra em surto na zona norte de Londrina

oc02142 Um ex-agente penitenciário, de 42 anos, foi detido na tarde desta terça-feira (11), após sofrer um surto psicótico em sua casa, no Jardim Palmas, zona norte de Londrina. Com medo do que poderia acontecer, a mãe do homem acionou a Polícia Militar. O repórter Sérgio Ribeiro e o cinegrafista Roberto Peres acompanharam a denúncia. Veja no vídeo acima. 

 

 

 

Fonte: https://taroba.com.br/noticias/cidade/ex-agente-penitenciario-com-armamento-em-casa-entra-em-surto-na-zona-norte-de-londrina

 

Copyright © Impakto Penitenciário / Design by MPC info