PM investiga 22 policiais por crimes de tortura no Distrito Federal

Tropa da PMDF - Metrópoles Durante a última década, 38 policiais militares do Distrito Federal foram investigados por crimes de tortura ocorridos em Brasília neste período. Atualmente, 22 deles encontram-se indiciados pela corporação, com investigações que ainda estão em andamento. Os dados são provenientes do Departamento de Controle e Correição da Polícia Militar do DF (PMDF) e foram obtidos com exclusividade pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

No final de abril, 14 policiais foram presos temporariamente por serem suspeitos de agredir e torturar um colega de farda durante o curso de formação do Batalhão de Choque. A 1ª Turma Criminal da Justiça do Distrito Federal, no entanto, aceitou o pedido de habeas corpus para que os militares respondam as acusações em liberdade.

“Todos os casos de alegações de tortura foram devidamente investigados, respeitando os devidos processos legais e garantindo que qualquer irregularidade seja tratada com a máxima seriedade. Desta forma, a PMDF reafirma seu compromisso com a transparência e a integridade no cumprimento de suas funções”, alega a corporação.

Vale ressaltar que a definição do crime de tortura vai além da realização de agressões físicas ou mentais. A Lei Nº 9.455, de 7 de abril de 1997, configura a prática em “constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou para provocar ação ou omissão de natureza criminosa”. O dispositivo legal ainda estipula a tortura como um delito realizado com o objetivo de “aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”.

Condenações

Em agosto do ano passado, a Vara de Auditoria Militar do Distrito Federal condenou cinco policiais militares pelo crime de tortura, com penas variam entre 3 e 13 anos de reclusão. Além disso, foi decretada a perda dos cargos dos réus. Os PMs utilizaram socos, coronhadas, choques elétricos, sufocamento e uso de spray de pimenta. Também simularam a morte de uma das vítimas, por meio de disparo de arma de fogo, a fim de obter confissão das demais.

De acordo com a denúncia, um adolescente foi abordado pelos acusados e, na ocasião, foi agredido diversas vezes, inclusive com choques elétricos. Os militares submeteram a vítima a constrangimento físico e mental com o intuito de obter confissão e informações sobre um suposto sequestro da esposa de um sargento. A primeira vítima foi constrangida a apontar outros envolvidos no sequestro, os quais também foram submetidos à tortura. O crime aconteceu em julho de 2015.

Pouco tempo depois, em agosto de 2016, houve outra situação de tortura praticada por um PM. Durante abordagem para averiguar um possível roubo de celular, um homem foi agredido com tapas, socos e chutes, a fim de obter uma confissão. Apesar disso, a vítima alegou não ser o autor do crime.

O militar foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão, com declaração da perda do cargo público. Ele tentou voltar à corporação, mas uma decisão de 2ª instância negou, por unanimidade, recurso apresentado por policial militar condenado por tortura e emprego de violência física e mental para obter confissão de crime.

Tortura contra colega de farda

Um homem de 34 anos diz que foi agredido e alvo de tortura por um grupo de soldados da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante um curso de formação do Batalhão de Choque. A vítima, identificada como Danilo Martins, informou que a agressão teria ocorrido em 22 de abril.

Segundo depoimento prestado à Corregedoria da PMDF e à Promotoria de Justiça Militar do DF, por volta das 8h15, o coordenador do curso de Patamo o retirou no momento da apresentação dos uniformes e itens do curso. O superior teria dito que o soldado “não formaria no curso e que ele não mediria esforços para fazer com que ele desistisse, nem que fosse na base da ‘trairagem’”.

Depois disso, tiveram início as torturas e agressões. O tenente mandou Danilo ir para uma espécie de caixote de concreto onde o depoente foi obrigado a ficar em pé por cerca de 1h30 e o proibiu de participar das atividades do dia.

Ainda de acordo com o depoimento, os soldados e o tenente responsável pelo curso teriam xingado e jogado gás lacrimogênio nos olhos de Danilo. “[…] Ato contínuo o depoente foi molhado, enquanto segurava a tora de madeira sobre a cabeça com os braços esticados, sendo que o tenente disse que, quando o depoente secasse ele voltaria e queria as fichas assinadas.”

“O tenente voltou ao local e o obrigou a assinar uma das fichas, qual seja, a ficha de responsabilização e que após assinar, o tenente o agrediu com um pedaço de madeira e ordenou que ele corresse em volta do BPChoque cantando os seguintes dizeres ‘Eu sou um fanfarrão, eu gosto de atenção… eu sou o coach do fracasso, eu me faço de palhaço… eu envergonho a minha família, eu envergonho a minha unidade… eu sou carente e ninguém gosta de mim’. Enquanto corria e cantava, o tenente, a todo momento, o agredia com o pedaço de madeira na região da panturrilha e dos glúteos e proferia ofensas ao depoente”, detalha o documento.

Além disso, Danilo afirmou às autoridades que recebia os chutes e era obrigado a ficar em posição de flexão enquanto levava pauladas na cabeça.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/pm-investiga-22-policiais-por-crimes-de-tortura-no-distrito-federal

Irmã da carcereira que transou com preso: “Estilo 100% errado”

Montagem de fotos mostra imagem de Linda de Sousa, carcereira flagrada fazendo sexo, vestida de verde. Ao lado a irmã dela e no canto um frame do vídeo do ato A irmã da carcereira brasileira flagrada fazendo sexo com prisioneiro na Inglaterra, Andreina de Sousa Abreu, se pronunciou sobre a divulgação que o caso tem recebido. Ela se disse incomodada com o vazamento do nome de sua “irmãzinha”, conhecida como Linda La Madre, enquanto autora dos atos libidinosos.

Andreina é uma personal trainer cristã que também mora no Reino Unido. Ela afirmou não ter visto os vídeos da irmã que foram amplamente divulgados na web. “Eu nunca assisti nem ao reality show em que ela esteve. Por que eu assistiria essas coisas? Ela é minha irmãzinha”, afirmou em um post no Instagram.

Carcereira participou também de reality show explícito

Uma entrevista dada por Andreina ao jornal Daily Mail no sábado (29/6) acabou colocando mais lenha na fogueira do caso. Ao jornal inglês, a personal trainer afirmou que “Linda entrou em um estilo de vida 100% errado e tem pagado as consequências de seus atos”.

Na reportagem do tabloide, foi revelado que a brasileira suspeita de fazer sexo com detento participou também de um reality show para casais com relacionamento aberto no Reino Unido.

O programa Open house: the great sex experiment (Casa aberta: O grande experimento sexual, em português) convidava casais a praticarem swing. Em um dos episódios, há uma cena em que Linda participa de uma orgia com outras 15 pessoas.

 

“Família arruinada”, diz irmã no Instagram

Em suas postagens no Instagram, porém, Andreina reclamou que a família não tem sido respeitada na repercussão do caso. “O que estão fazendo é arruinar vidas e famílias. Eles não se importam com quem se machuca. Como pode tanta gente ter coragem de fazer bullying com uma criança inocente?”, pergunta-se.

Andreina se refere ao seu sobrinho, filho de Linda, que tem sido acossado em suas redes sociais. Boa parte da família, incluindo o marido da brasileira, desativou suas redes sociais. Os que ainda mantêm perfis abertos, como é o caso da irmã, não estão retornando pedidos de entrevista.

Quem é Linda de Sousa?

A mulher suspeita de ter sido flagrada fazendo sexo com um prisioneiro vivia uma vida dupla. Além de atuar como agente prisional, desde o início deste ano, ela ganhava a vida vendendo conteúdo adulto em sites pornográficos.

Em um deles, ela anuncia que seus conteúdos são 100% autênticos, por isso a polícia acredita que as imagens tenham sido registradas com o consentimento dela.

As cenas foram gravadas dentro da penitenciária HMP Wansworth, ao sul de Londres. O vídeo é filmado por um detento, que fuma um cigarro durante a captação das imagens, enquanto o outro faz sexo com a agente penitenciária em um longo registro. Os prisioneiros não tiveram sua identidade revelada.

As contas que documentavam as aventuras sexuais de Linda foram excluídas depois que seu nome vazou como o da suposta guarda.

O caso está sendo investigado pela Scotland Yard. A polícia até agora se pronunciou apenas ressaltando que “uma mulher foi presa sob suspeita de má conduta em cargo público e está sendo investigada”.

Boa parte do sistema prisional inglês é particular, cedido por concessão a empresas que administram as cadeias. Nos últimos dias, elas têm sido questionadas pela imprensa como corruptas e ineficientes, o que fez com que o caso de Linda ganhasse ainda mais relevância na imprensa local.

Fonte: https://www.metropoles.com/mundo/irma-da-carcereira-sexo-errado

Detento em presídio do Rio comandou por celular sequestro de médica no Pará, no Norte do país

010101 Preso desde abril em uma cela da Penitenciária Muniz Sodré, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, o traficante João Felipe Rodrigues da Silva Oliveira, o Spike, foi apontado pela polícia paraense como suspeito de comandar, por um telefone celular, o sequestro de uma médica, na madrugada de domingo, em Belém, no Pará. Spike integra a cúpula do Comando Vermelho (CV) no Pará. A vítima foi libertada do cativeiro por policiais paraenses, horas após o crime, depois de um tiroteio que deixou um sequestrador morto. Nesta segunda-feira, a Secretaria Estadual de Administração do Rio de Janeiro deflagrou uma operação no Muniz Sodré e apreendeu 16 celulares na cela que era ocupado por Spike.

Oriundo do Pará, o bandido buscou abrigo no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, quando estava foragido. Em abril, após um trabalho de inteligência, ele foi preso numa operação que envolveu policiais paraenses e fluminenses, na Praia de Itaipu, em Niterói. Mesmo preso, Spike teria voltado a participar de crimes no Pará.
 

Na madrugada de domingo, quatro homens renderam a médica Ana Letícia Leite Sena Passos, quando ela entrava em um carro, no Bairro da Cidade Velha, em Belém. Pouco depois, os bandidos, que seguiam orientações de Spike, fizeram ligações para uma pessoa próxima da vítima, exigindo um resgate de R$ 200 mil.

Médica sequestrada é libertada no Pará

A polícia foi acionada, e o caso passou a ser investigado por agentes paraenses da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro, com apoio de policiais da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas, Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos, Delegacia de Roubos e Furtos e de Cargas e da Divisão de Operações Especiais e da Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais.

Por volta das 15h, os agentes descobriram o local que era usado como cativeiro, em Ananindeua, município vizinho a Belém. Houve troca de tiros, e um bandido morreu. A médica foi resgatada sem ferimentos. Duas mulheres e dois homens foram presos.

Após descobrir a participação de Spike, a Polícia do Pará acionou a Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro e comunicou o crime à Seap. Policiais penais da Secretaria estadual de Administração Penitenciária conduziram então João Felipe para a especializada, onde ele foi autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro. 

A Seap informou que o detento foi para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), de segurança máxima e que a corregedoria da secretaria abriu uma sindicância para apurar o caso.

O que foi o 'caldeirão do inferno', prisão onde surgiu o Comando Vermelho

Ruínas do Instituto Penal Cândido Mendes, em Ilha Grande (RJ) A série "O Jogo que Mudou a História", na Globoplay, retrata o surgimento das facções criminosas no Rio e os primeiros embates entre elas, na década de 1970. O enredo se desenvolve nas favelas fictícias de Padre Nosso, Parada Geral e Morro da Promessa, além do presídio de Ilha Grande.

'Caldeirão do inferno'

O complexo penitenciário Cândido Mendes, em Ilha Grande, realmente existiu, ao contrário das favelas fictícias da série. Foi lá que nasceu, em 1979, o Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do país e que domina diversas áreas do Rio.

O local a mais de 100 quilômetros da capital do Rio de Janeiro foi construído em 1884. A prisão ganhou o apelido de "Caldeirão do inferno" ou "Caldeirão do diabo" por causa de cenas de violência que aconteceram no local.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/06/17/o-que-foi-o-caldeirao-do-inferno-prisao-onde-surgiu-o-comando-vermelho.htm

Policial penal é suspenso por falhar na segurança em fuga de homem condenado a mais de 122 anos de prisão em Londrina

5 Um policial penal foi suspenso por 10 dias por falhas na segurança de presos da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2), o que contribuiu para a fuga do detento Nelson Bárbara, condenado a mais de 122 anos por vários crimes, como homicídios e roubos cometidos na zona rural da cidade.

No dia 13 de fevereiro de 2022, Bárbara pulou o muro da penitenciária e fugiu para uma região de mata. Desde então, nunca mais foi visto.

 Ele cumpriu apenas 15% da pena, segundo informações da Vara de Execuções Penais (VEP).

De acordo com o Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), a punição imposta ao servidor é resultado de um processo disciplinar aberto contra ele.

Segundo o Deppen, ele foi punido por “não ter observado os cuidados de segurança para movimentação de custodiados”. O g1 entrou em contato com a defesa e aguarda retorno.

O caso foi julgado em abril pelo Conselho da Polícia Penal. A suspensão começa a ser cumprida nesta sexta-feira (14), e o funcionário público não receberá o salário neste período.

O resultado do processo disciplinar foi publicado na edição da última terça-feira (11) do Diário Oficial do Paraná.

A investigação interna não identificou nenhum outro servidor envolvido na fuga de Nelson Bárbara.

Detento foi retirado de área de trabalho da unidade

Um ofício assinado pelo diretor da penitenciária na época diz que Bárbara trabalhava no setor de artesanato, mas foi retirado do lugar pelo policial penal investigado para servir a alimentação de outros presos.

A retirada, no entanto, não teria sido autorizada pela direção, como consta no ofício, que foi obtido pelo g1.

Conforme o documento, o diretor afirma que “não houve o devido acompanhamento por parte do policial penal escalado, pois o apenado (Nelson Bárbara) empreendeu fuga através da guarita de sol, que tem seu acesso por um portão do corredor”.

Câmeras flagraram fuga

No mesmo ofício, foram incluídas fotos de Bárbara andando pelo telhado, quebrando uma telha e caindo em uma sala, e, por último, pulando o muro para acessar a região de mata. 

A direção da penitenciária analisou as imagens do circuito interno, e concluiu que “o momento da fuga passou despercebido pelos servidores que estavam na central de monitoramento”.

O g1 questionou se a situação foi investigada, mas a Polícia Penal não enviou resposta.

O caso também foi investigado pela Polícia Civil, que não encontrou nenhum crime doloso, ou seja, com intenção. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público, que, segundo a assessoria da polícia, determinou o arquivamento.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2024/06/13/policial-penal-e-suspenso-por-falhar-na-seguranca-em-fuga-de-homem-condenado-a-mais-de-122-anos-de-prisao-em-londrina.ghtml

Tarcísio pune diretores de presídio que chantagearam presos de facções

2 Três diretores do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba tiveram a perda dos cargos públicos decretada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eles foram condenados por chantegear detentos e cobrar propina de presos e familiares em troca de regalias dentro do presídio.

Márcio Coutinho, ex-diretor-geral, Smith Luiz Queiroga, ex-diretor de Disciplina, e Valdinei Benedito de Jesus Chagas, que era responsável pelo rol de visitas do CDP, cobravam entre R$ 500 e R$ 1.500 por favores que incluíam cardápio diferenciado e visitas fora dos horários estabelecidos.

Os detentos que aceitavam pagar os valores cobrados pelos diretores ganhavam o direito de comer pizza e churrasco, tinham acesso a televisores e colchões melhores, além de poderem circular pela unidade sem o uso dos uniformes.

A cobrança de propina também acontecia mediante chantagem a alguns presos ligados a facções criminosas. Em contato com familiares e detentos, os três ameaçavam alojar os presidiários em alas dominadas por facções rivais. A prática começou a ser investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), em 2013.

 Na época, o diretor do presídio, Márcio Coutinho, tornou-se personagem de uma edição do programa Conexão Repórter, do SBT, que denunciou o esquema. O programa mostrou casos de assédio moral cometidos por Coutinho e comparou seus salários com os gastos e o patrimônio que o diretor ostentava nas redes sociais.
Em junho de 2020, Márcio Coutinho foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de concussão [quando um servidor público exige vantagem indevida em razão do cargo] e associação criminosa. Ele, Queiroga e Chagas, que também foram condenados à prisão em regime semiaberto, foram demitidos das funções em 2022.

Coutinho se apresentou à Justiça em abril deste ano, após pedido do MPSP para execução da pena. O ex-diretor do CDP de Sorocaba foi levado para o presídio de Tremembé e pode deixar o presídio durante o dia, com uso de tornozeleira eletrônica, para trabalhar ou estudar.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/tarcisio-pune-diretores-de-presidio-que-chantagearam-presos-de-faccoes

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