Após falar em uso da força contra o STF, Flávio Bolsonaro pede internação compulsória de Moraes

e0728 O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu nesta sexta-feira a internação compulsória do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação judicial da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma publicação nas redes sociais, o parlamentar comparou o magistrado a um usuário de crack que estaria obcecado na prisão do seu pai, Jair Bolsonaro, réu por tentativa de um golpe de estado.

"O processo que meu pai está passando, que não é um processo, é um lixamento, é uma perseguição, estava com a sentença pronta muito antes de começar. Todo mundo sabe disso. E eu acho que o Alexandre de Moraes precisa sim de uma ajuda profissional. Ele não está nas suas faculdades mentais normais. Eu acho que ele precisa de uma internação compulsória. É uma pessoa que está obcecada por Bolsonaro e atropela a Constituição a todo momento para atingir o seu objetivo de prender o Bolsonaro. Sabe aquele cara que é viciado em que se crack?", afirmou Flávio.

Em junho, Flávio afirmou que caso seu pai seja condenado e um hipotético presidente aliado do pai lhe conceder um perdão da pena, será necessário garantir que o Supremo "respeite os demais Poderes", sob risco de gerar um cenário, segundo o senador, que envolva "uso da força". Flávio alegou ainda que não se referia ao uso da força "em tom de ameaça", e sim "fazendo uma análise de cenário".

Na entrevista para o jornal "Folha de S. Paulo", questionado sobre qual seria a alternativa para o bolsonarismo caso a hipótese aventada por ele mesmo se concretize, Flávio afirmou que um eventual presidente alinhado a seu pai precisaria "ter disposição, de alguma forma, de fazer com que o STF respeite os demais Poderes".

— É uma hipótese muito ruim, porque a gente está falando de possibilidade e de uso da força. A gente está falando da possibilidade de interferência direta entre os Poderes. (...) Estou fazendo uma análise de cenário. Bolsonaro apoia alguém, esse candidato se elege, dá um indulto ou faz uma composição com o Congresso para aprovar a anistia, em três meses isso está concretizado, aí vem o Supremo e fala: "É inconstitucional, volta todo mundo para a cadeia". Isso não dá — afirmou o senador.

'Providência divina'

Nesta quinta-feira, Flávio afirmou que os “patriotas de verdade” devem agradecer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros. Ele completou dizendo que a medida do americano “é uma providência divina” e que Trump quer “ajudar” o Brasil. A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles.

Flávio defendeu também que a aprovação da anistia é a única maneira de o governo americano retirar as tarifas impostas ao Brasil. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do senador, está nos Estados Unidos e foi quem articulou a taxação junto à Casa Branca e que a comitiva organizada por oito senadores que irão aos EUA negociar com os americanos “não vai resolver nada” e é uma perda de tempo.

Fonte: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/07/25/apos-falar-em-uso-da-forca-contra-o-stf-flavio-bolsonaro-pede-internacao-compulsoria-de-moraes.ghtml

Tarifaço de Trump esconde ação da CIA em conjunto com Bolsonaro para 2ª tentativa de golpe contra Lula

e0724 Segundo Jamil Chade, inteligência brasileira vê atuação dos EUA para desestabilizar Lula com apoio de Eduardo Bolsonaro e bolsonaristas no exterior.

Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump.

O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por Trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.

“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, afirmou um agente da Abin lotado no exterior.

Eduardo Bolsonaro radicaliza sob proteção - Entre os principais sinais de que algo maior está em curso, a Abin destaca o comportamento cada vez mais hostil e desafiador do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nas últimas semanas, ele intensificou ataques à Polícia Federal, a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao próprio Congresso, adotando um discurso de enfrentamento e desinformação sem demonstrar receio de punições.

Segundo integrantes do serviço de inteligência, essa postura indica a percepção de proteção internacional. O paralelo com o movimento trumpista é claro: nos EUA, Trump e seus apoiadores se movem sob o discurso da “liberdade contra o sistema”, e agora aplica-se ao Brasil o mesmo enredo, com os Bolsonaro no papel de mártires de um suposto regime autoritário.

De acordo com os analistas, a narrativa construída segue um roteiro clássico: um ex-presidente supostamente “amado pelo povo” (Jair Bolsonaro), “exilados” perseguidos politicamente (como Eduardo, Allan dos Santos e Paulo Figueiredo) e “ditadores” que usurpam o poder (nas figuras de Lula e Alexandre de Moraes).

“A palavra-chave é desestabilização”, alertou um experiente agente da inteligência. O objetivo, segundo ele, é fragilizar o governo brasileiro e preparar o terreno para que, em 2026, os EUA tenham um aliado incondicional no poder em Brasília.

Alerta ignorado pelo governo - Ainda em agosto de 2024, antes das eleições norte-americanas, diplomatas brasileiros elaboraram um mapeamento dos nomes influentes em um eventual segundo governo Trump. A recomendação era abrir canais com esses interlocutores para conter possíveis choques futuros.

A Abin sugeriu inclusive traçar um perfil psicológico de Trump, visando identificar traços de personalidade e vulnerabilidades que pudessem ser exploradas diplomaticamente. Mas essas propostas ficaram paradas em gavetas do Itamaraty e do Palácio do Planalto, sem implementação prática.

Agora, com os primeiros sinais concretos de uma operação em curso, integrantes da diplomacia avaliam que o país poderá enfrentar um longo ciclo de instabilidade. O uso de sanções econômicas, campanhas de desinformação e manipulação de redes sociais serve para construir, aos poucos, a narrativa de ilegitimidade de um governo eleito.

“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um diplomata experiente, fazendo referência ao líder opositor venezuelano apoiado pelos EUA.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil/tarifaco-de-trump-esconde-acao-da-cia-em-conjunto-com-bolsonaro-para-2-tentativa-de-golpe-contra-lula

Inspirado em série: 'Professor' ensinava como fraudar INSS

e0721 Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fraus com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante há mais de 10 anos, especializada em cometer fraudes contra o INSS por meio de um complexo esquema articulado para burlar benefícios assistenciais, mais precisamente Benefícios de Prestação Continuada – BPC/LOAS. Na ação de hoje, policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Armação dos Búzios, Cabo Frio, São Gonçalo e Casimiro de Abreu. As ordens judiciais em questão foram expedidas pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Durante o monitoramento do grupo investigado, a Polícia Federal identificou os principais integrantes e a dinâmica operacional da organização, além de obter acesso a conversas, documentos e outros elementos que comprovaram a formalização de 415 requerimentos fraudulentos, os quais resultaram na concessão indevida dos benefícios e geraram um prejuízo de R$ 1.622.879,86 apenas no período analisado, em apenas seis meses. Considerando o longo período de atuação do grupo, estima-se que o dano total causado aos cofres públicos ultrapasse os R$ 30 milhões.

As apurações também revelaram a existência de uma organização criminosa altamente estruturada, composta por diversos profissionais que se valiam de seus conhecimentos técnicos para implementar, sacar, manter e reativar os benefícios fraudulentos. Estão envolvidos nas fraudes gerentes bancários, servidores públicos, profissionais gráficos e correspondentes bancários, que utilizavam acessos a plataformas restritas para obtenção indevida de dados de terceiros, de forma a iniciar as fraudes. O grupo também apresentava facilidade de acesso e manipulação da plataforma Meu INSS, essencial para o cadastro e tramitação dos requerimentos.

Professor do crime

Um dos principais investigados, chamado pelo grupo de “Professor” e “Rei do Benefício”, era o responsável por ensinar os membros da organização como praticar as fraudes. Segundo as investigações, os integrantes do grupo realizavam diversos requerimentos por dia, a ponto de não conseguirem sequer abrir todas as contas bancárias vinculadas aos benefícios devido ao alto volume, o que resultava por vezes na suspensão dos benefícios por ausência de saque. Os gerentes bancários cooptados pelo grupo cobravam cerca de R$ 500,00 por cada conta aberta, enquanto os benefícios concedidos eram comercializados por aproximadamente R$ 2.500,00 cada, quando não permaneciam na posse do próprio grupo.

As investigações foram iniciadas a partir de um relatório encaminhado pelo Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista no Estado do Rio de Janeiro, que também apoiou o restante das apurações e é vinculado à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), órgão pertencente à estrutura do Ministério da Previdência Social. O relatório mencionado apontou indícios de irregularidades em benefícios da espécie BPC/LOAS, concedidos e mantidos na Agência da Previdência Social de Arraial do Cabo (RJ). Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: https://jovempan.com.br/opiniao-jovem-pan/comentaristas/david-de-tarso/inspirado-em-serie-professor-ensinava-como-fraudar-inss.html

Reconhecimento facial prende 10 foragidos em um único dia na Grande Vitória

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Em funcionamento desde setembro do ano passado, sistema totaliza 250 prisões na Grande Vitória. Entenda como funciona a tecnologia

Ex-diretora de presídio e detento foragido negociavam 'votos cativos' por R$ 100

e0711 Joneuma Silva Neres está presa há sete meses por facilitar fuga de 16 presos no Conjunto Penal de Eunápolis. Ex-gestora teve romance com detento e envolvimento com facção na Bahia.

  • As investigações do Ministério Público da Bahia (MP-BA) apontaram que a ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, Joneuma Silva Neres, e o detento foragido Ednaldo Pereira de Souza, o "Dadá", negociavam "votos cativos" por R$ 100.

  • Joneuma Silva passou a trabalhar “politicamente” para uma organização criminosa baiana, intermediando encontros entre Ednaldo, na qual era amante, e o então candidato a prefeito de Teixeira de Freitas, o ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB).

  • Nestes encontros, também compareceu o então candidato a vereador do município de Eunápolis Alberto Cley Santos Lima, conhecido como Cley da Autoescola (PSD), apoiado politicamente pelo ex-deputado federal.

As investigações do Ministério Público da Bahia (MP-BA) apontaram que Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, e o detento foragido Ednaldo Pereira de Souza, o "Dadá", negociavam votos por R$ 100 para beneficiar políticos.

De acordo com o processo ao qual a TV Bahia obteve acesso com exclusividade, Joneuma passou a trabalhar "politicamente" para uma organização criminosa baiana. Ela foi presa e denunciada por facilitar a fuga de 16 detentos do presídio, em dezembro do ano passado.

A ex-diretora intermediava encontros entre o amante, Dadá, e o então candidato a prefeito de Teixeira de Freitas, o ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB).

O então candidato a vereador do município de Eunápolis Alberto Cley Santos Lima, conhecido como Cley da Autoescola (PSD), também comparecia a esses encontros. O homem é apoiado politicamente pelo ex-deputado federal.

O documento aponta que, na condição de padrinho "politico" de Joneuma, Uldurico Jr. passou a ter encontros repetidos com Dadá e outros membros da organização criminosa dele, dentro do Conjunto Penal de Eunápolis, com a participação da ex-diretora do local.

Conforme o documento, estes encontros eram cercados de cuidados "especiais", por parte de Joneuma, para que não ficassem registrados nas câmeras de segurança ou arquivos do Conjunto Penal.

Depoimentos colhidos apontaram ainda que a intermediação de Joneuma chegou a lhe render valores próximos de R$ 1,5 milhão. A defesa dela nega.

"Em nenhum momento, ela recebeu qualquer tipo de valor. Foi requerida pela Polícia Civil a quebra do sigilo bancário dela. No momento que eles quiserem, eles têm acesso", disse o advogado Artur Nunes

Fornecimento de eleitores cativos

As investigações apontam que a intenção da ex-diretora do Conjunto Penal, ao intermediar os encontros entre membros do grupo criminoso e o ex-deputado federal era:

  • acobertar "politicamente" as atividades criminosas;
  • favorecer as ações criminosas do grupo, as quais se desenvolviam, escancaradamente, dentro do Conjunto Penal de Eunápolis.

A moeda de troca entre a primeira denunciada e o então candidato a prefeito de Teixeira de Freitas era o fornecimento de "eleitores cativos". Em troca, Uldurico Jr. a apoiaria politicamente para manter-se na administração do Conjunto Penal, representando os interesses da organização criminosa.

Entre os eleitores cativos se incluía tanto os presos provisórios faccionados do grupo, que podiam votar, como os amigos e familiares deles.

Segundo o depoimento de um dos internos da unidade, o voto compromissado era comercializado e cada eleitor aliciado recebia o dinheiro.

Direcionamento de contratações e demissões

Ainda de acordo com o documento, para exercer o controle absoluto do Conjunto Penal de Eunápolis, e promover as atividades ilícitas para o amante e o grupo criminoso a qual ela passou a integrar, Joneuma começou a direcionar as contratações e demissões dos servidores do presídio.

Assim, servidores que "não fechavam os olhos" ou compactuavam com as ordens eram intimidados ou demitidos. As demissões eram direcionadas por Joneuma, Dadá, dois dentistas, uma psicóloga e dois advogados.

Os demitidos eram substituídos por pessoas ligadas à ex-diretora do presídio, que chegou a contratar a irmã Jocelma Neres como advogada em defesa dos interesses do grupo criminoso, no Conjunto Penal de Eunápolis. À TV Bahia, Jocelma confirmou que trabalhou na unidade, mas disse que o acesso era apenas de atendimento aos internos.

Presídio sob comando do crime organizado

Além de Joneuma, outras 17 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia. Entre elas, Wellington Oliveira Sousa, ex-coordenador de segurança do presídio — cargo de confiança da ex-diretora. O ex-gestor também está preso.

Joneuma esteve à frente a unidade por nove meses e foi a primeira mulher a ocupar este tipo de cargo no estado. No entanto, apesar da representatividade, o que veio à tona após as prisões revela que o conjunto penal estava sob comando do crime organizado.

O processo mostra que, desde que assumiu o cargo, em março de 2024, a gestora chamou a atenção das autoridades, especialmente pelas regalias dadas aos presos. Segundo informações presentes no documento, ela autorizou a entrada irregular de roupas, freezers, ventiladores e sanduicheiras.

O ex-coordenador de segurança da unidade foi uma das pessoas que revelaram as irregularidades. Em um dos depoimentos, Wellington contou que Joneuma atendia a diversas exigências feitas, principalmente por Dadá.

O homem é apontado pela polícia como chefe de uma facção de Eunápolis, que é ligada a outro grupo criminoso do Rio de Janeiro. Ele estava preso na unidade penal até o dia 12 de dezembro, quando aconteceu a fuga em massa.

Entre as regalias apontadas no depoimento, está o acesso de visitas. Wellington disse que a esposa de Dadá "passou a ingressar no conjunto penal, sem qualquer inspeção, mediante autorização da diretora".

Relacionamento amoroso dentro do presídio

Outros relatos indicaram ainda que Joneuma e Dadá viveram um relacionamento amoroso, com relações sexuais, dentro do presídio.

Esse detalhe não foi relatado pelo ex-coordenador de segurança da unidade prisional, mas Wellington mencionou que Joneuma e Dadá tinham "encontros frequentes, que ocorriam na sala de videoconferências, sempre a sós, com uma folha de papel ofício obstruindo a visibilidade da porta pela abertura de vidro".

O homem disse também que "as reuniões eram sigilosas e geravam estranheza entre os funcionários devido à regularidade e longa duração".

Custodiada com filho na cela

Quando foi presa, no dia 24 de janeiro deste ano, Joneuma estava grávida. O bebê nasceu prematuro e segue com ela na cela, no Conjunto Penal de Itabuna, no sul do estado.

Em entrevista à TV Bahia, Jocelma Neres, irmã e advogada de Joneuma, nega a existência de um caso entre ela e Dadá.

"A gente não sabe quem foi que articulou tudo isso, mas ela está sofrendo as consequências de um crime que não cometeu. Ela nunca teve nenhum relacionamento com essa pessoa", afirmou.

A advogada também destaca a preocupação com o fato de o sobrinho ainda estar no presídio com a mãe. "O presídio não é ambiente para uma criança recém-nascida e a família está desesperada, sem ter o que fazer. A gente não tem condições de estar lá com ela, pelo fato de ser uma cidade longe, e não ter recursos financeiros para estar lá", desabafou.

Já o advogado Artur Nunes, que também representa Joneuma, explicou por que alguns benefícios eram concedidos aos detentos. "Dentro de uma unidade prisional, a gente entende, vive muito de negociação, no sentido de manter, ao máximo, a ordem da unidade prisional, evitar problemas, [evitar] que conflitos entre eles ocorram", disse.

Em abril deste ano, Joneuma Silva Neres protocolou um pedido judicial de auxílio financeiro para cobrir gastos com a gravidez contra o ex-deputado federal Uldurico Jr. Ela alega que ele seria o pai da criança.

Em contato com a produção da reportagem, Uldurico Junior afirmou que não responde a nenhuma acusação e que tem pressa para fazer o teste de DNA. Acrescentou ainda que esteve no presídio para conversar com vários representantes de cada ala, a fim de falar sobre direitos humanos.

Denúncia contra envolvidos

O MP-BA ofereceu denúncia contra os indiciados em março deste ano. Além de Joneuma, Wellington e Dadá, estão os outros fugitivos.

Segundo detalham os depoimentos, antes de fugirem, os detentos, que eram aliados de Dadá, foram colocados na mesma cela, de número 44.

Eles tiveram acesso a uma furadeira e abriram um buraco no teto da unidade, no dia 29 de novembro. O barulho não passou despercebido por agentes penais, mas a diretora só teria tomado uma atitude dois dias depois.

Foi neste momento que, segundo o ex-coordenador de segurança da unidade, ele recebeu ordem de Joneuma para buscar a ferramenta na cela, juntamente com a equipe.

Os agentes retiraram os presos e, em uma inspeção superficial, encontraram a ferramenta, que, conforme pontuou Wellington, foi mantida pela ex-diretora penal na sala dela por alguns dias. Somente pouco antes da fuga, ela pediu que o subordinado levasse o objeto para a casa dela.

Atualmente, Wellington está preso no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. Em contato com a reportagem da TV Bahia, a defesa dele informou que não iria se posicionar nesse momento.

A reportagem também tentou, mas não conseguiu contato com as defesas dos outros citados.

Câmeras registram fuga de 16 detentos de presídio na Bahia

O Conjunto Penal de Eunápolis fica em uma área afastada do centro da cidade, no bairro Juca Rosa. A fuga contou com quatro veículos do tipo SUV e oito homens portando armas de grosso calibre.

Um dos envolvidos, identificado como Vagno Oliveira Batista, foi preso em fevereiro deste ano, portando uma pistola. Segundo as investigações, ele era responsável por cuidar do armamento da facção.

Em depoimento, o suspeito disse que, depois da fuga, foi até a favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde encontrou com Dadá e outros cinco fugitivos.

Segundo depoimentos, antes de ser presa, Joneuma também planejava fugir para a capital carioca e se encontrar com o líder do grupo criminoso.

O que diz a Seap

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado (Seap) disse que jamais compactuou com qualquer privilégio concedido a internos custodiados no sistema prisional baiano.

A pasta pontuou ainda que participou ativamente com a Polícia Civil (PC) nas investigações e colaborou de forma irrestrita com a Justiça para punir todas as transgressões ocorridas no Conjunto Penal de Eunápolis.

Desde o final de maio, agentes da Força Penal Nacional estão operando no presídio. A decisão foi tomada depois do atentado que teria como alvo o novo diretor Jorge Magno Alves, no dia 20 de maio. O homem endureceu as regras na unidade. Ele escapou do ataque, porém um servidor ficou gravemente ferido.

Fonte: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/04/ex-diretora-de-presidio-e-detento-foragido-negociavam-votos-cativos-por-r-100.ghtml

Quase ninguém lembra, mas uma atitude polêmica de Ratinho atrapalhou as negociações do sequestro do irmão de Zezé Di Camargo

e0706 Há 25 anos, a família Camargo viveu um dos momentos mais tensos de sua trajetória: o sequestro de Wellington José. O irmão de Zezé Di Camargo e Luciano ficou paraplégico quando foi acometido por uma poliomielite aos 2 anos.

O sequestro durou mais de três meses e foi acompanhado de perto pela imprensa. Inicialmente, os bandidos pediram 3 milhões de dólares pelo resgate, mas os cantores se recusaram a pagar o valor, considerado exorbitante por eles. “Não vamos ser coniventes com bandidos nem com o crime organizado”, disse Zezé, em coletiva de imprensa na época.

 Foi aí que o apresentador Ratinho decidiu tomar uma atitude bastante polêmica: em seu programa, ele propôs a criação de um telefone para arrecadar os 3 milhões de dólares para o pagamento do resgate de Wellington.

Com isso, Ratinho atrapalhou as negociações entre a família, a Secretaria da Segurança Pública de Goiás e os sequestradores, conforme aponta uma reportagem do jornal Folha de São Paulo na época.

Os sequestradores estavam prestes a aceitar 300 mil dólares pela liberdade de Wellington, mas as negociações foram interrompidas após a exibição do programa. Segundo o secretário da Segurança Pública de Goiás na época, Demóstenes Xavier Torres, os bandidos recuaram no valor após a atitude de Ratinho.

"O que posso dizer é que na sexta-feira à tarde estava tudo encaminhado para que o resgate fosse pago e Wellington libertado, faltando para isso apenas que os sequestradores enviassem uma prova de que ele estivesse vivo. Após o programa, aconteceu tudo isso que vocês viram”, disse o secretário. 

Fonte: https://share.google/oCYzWgISe2sxzPURb

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