Ex-GCM suspeito de integrar milícia que extorquiu mais de R$ 3 milhões de comerciantes do Centro de SP se apresenta à polícia

np0812 Um dos ex-guardas-civis metropolitanos suspeitos de integrar uma milícia armada em SP se apresentou à polícia no início da tarde desta quarta-feira (7). Elisson de Assis chegou ao 93° DP acompanhado de dois advogados.

Ele é apontado como integrante de grupo que extorquia dinheiro de comerciantes em troca de segurança na Cracolândia, região conhecida pela venda e pelo consumo de drogas no Centro da capital paulista.

Além dele, a polícia ainda procura por Rubens Alexandre Bezerra, também apontado como miliciano e considerados foragido da Justiça, que decretou as prisões preventiva.

Elisson e Rubens chegaram a integrar a GCM, mas foram expulsos da corporação, respectivamente em 2019 e em janeiro deste ano.

Os motivos dos desligamentos não foram divulgados pelas autoridades.

Agentes presos e investigação

Outros dois agentes da ativa da Guarda Civil Metropolitana foram detidos nesta terça-feira (6) durante a Operação Salus et Dignitas: Antonio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas Scorsafava.

De acordo com o Ministério Público (MP), os quatro investigados acima integraram a milícia que chegou a movimentar nos últimos anos pelo menos R$ 3 milhões em dinheiro extorquido dos donos de comércios na Cracolândia.

Além dos milicianos que atuavam na Cracolândia, a operação mirou a atuação de traficantes de drogas na região: dois deles foram presos: Leonardo Moja, o "Léo do Moinho", e Janaína da Conceição Cerqueira Xavier. Os dois são suspeitos de envolvimento na venda de armas para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Valdecy Messias de Souza, funcionário de uma empresa de comunicação, foi detido na operação suspeito de vender aos criminosos aparelho que dava acesso à frequência de rádio das polícias. O equipamento ficava instalado na Favela do Moinho, próxima à Cracolândia.

A reportagem tenta contato com as defesas dos investigados para comentar o assunto.

A operação também prendeu cinco pessoas durante os trabalhos na Cracolândia, mas por suspeita de terem cometidos outros crimes. Policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis da região. Foram recolhidos objetos e equipamentos eletrônicos.

Como funcionava o esquema

 

MP e polícia fazem operação na Cracolândia para prender GCMs acusados de participar de milícia

Em um ano de investigação, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP e policiais identificaram que a quadrilha se dividia em cinco grupos de atuação na Cracolândia:

  • Ferros-velhos: empresários são suspeitos de explorar mão de obra de dependentes químicos. Os usuários furtavam fios de energia da rede pública, deixando semáforos e postes sem luz, e trocavam o cobre presente neles por drogas. Nesses locais foram encontradas crianças e adolescentes participando desse comércio irregular.
  • Milícia de GCMs: GCMs, policiais militares e policiais civis são suspeitos de se articularem numa milícia para extorquir dinheiro de comerciantes em troca de proteção. De acordo com a investigação, o grupo chegou a conseguir cerca de R$ 6 milhões em propina no período de quase um ano.
  • Receptação de celulares: comerciantes libaneses são suspeitos de montarem um esquema de receptação de celulares roubados e furtados e depois revender as peças. Os celulares eram levados a eles por grupos criminosos como as 'gangues da bicicleta' (que usam as bikes para fugir depois de roubar e furtar telefones de pedestres).
  • Hotéis e hospedarias: rede de hotéis e hospedarias mantida pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) que servem para armazenar drogas e abrigam até "tribunais do crime" (julgamentos internos da facção criminosa feitos por seus membros). Dentro desses locais, segundo a investigação, ocorre a exploração sexual de mulheres que são obrigadas a se prostituir para comprar drogas. Há denúncias da presença de menores de 18 anos de idade sendo exploradas. Um dos imóveis é conhecido como 'prédio do sexo', onde ocorre a exploração da prostituição. Não é crime pessoas maiores de idade se prostituírem, mas explorar a prostituição é. Outros prédios já eram conhecidos da polícia por abrigarem celulares roubados e furtados. Os imóveis chegaram a ser chamados de 'ninhos de celulares'.
  • Favela do Moinho: a comunidade erguida ao lado da linha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) se tornou uma base do PCC. Dali saem as ordens para a tráfico de drogas na Cracolândia. A favela também serve como depósito de armas e drogas. Segundo a investigação, criminosos usavam um detector de radiofrequência para ouvir as conversas operacionais da PM e, desse modo, se anteciparem às operações. Para terem controle da comunidade realizavam "tribunais do crime", nos quais membros da facção e até moradores que descumprissem regras internas poderiam ser punidos.

O que dizem governador e prefeito

Agentes das forças de segurança se reúnem para tratar de operação contra milícia de GCMs e traficantes do PCC — Foto: Divulgação

Em postagem nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que acompanhou a ação de dentro de um dos helicópteros da PM, escreveu que o objetivo da operação é "devolver o centro às pessoas". No texto ele não comentou sobre os servidores públicos envolvidos com o crime organizado.

Depois, porém, em coletiva de imprensa, disse que se for comprovado o envolvimento, eles deverão ser punidos administrativamente e criminalmente.

O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comentou a operação durante entrevista coletiva à imprensa:

"A Prefeitura desconhece milícia na cidade de São Paulo e tem regime rígido com a GCM. Temos 7.500 homens e mulheres para defender o cidadão da cidade. Nós temos dois GCMs [presos na operação] que foram expulsos da Guarda Civil, um deles, a Prefeitura pediu a prisão ao MP, tal o rigo da cooperação. Não vai ser, um dois, quatro, cinco que vão manchar 7.500 GCMs", afirmou.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/08/07/ex-gcm-suspeito-de-integrar-milicia-que-extorquiu-mais-de-r-3-milhoes-de-comerciantes-do-centro-de-sp-se-apresenta-a-policia.ghtml

Jovem acorda no mato ensanguentada após aceitar água de desconhecido

np0805 São Paulo – Uma criadora de conteúdo de 19 anos desmaiou após beber a água oferecida por um desconhecido quando voltava de uma tentativa de entrevista de emprego em Votorantim, cidade vizinha de Sorocaba, no interior paulista, na tarde de quarta-feira (31/7).

Ela acordou instantes depois, desorientada, em uma área de mato, sem blusa, com arranhões e sangue nos seios.

No dia seguinte, Kaline Ferreira registrou um boletim de ocorrência, de estupro de vulnerável, na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, cidade onde ela reside.

Entrevista de emprego

A jovem identificou uma vaga de emprego que lhe interessou em um condomínio na cidade de Votorantim. Como o bairro fica na área mais rural do município vizinho, a viagem direta, por meio de aplicativo de viagem, sairia cara. Por isso, ela decidiu pegar um ônibus até o shopping Iguatemi, de onde pretendia acionar um carro de aplicativo.

Após desembarcar do coletivo, ela constatou que seu celular estava sem internet, impedindo-a de acionar o app de transporte.

“Desci a pé até a Praça de Eventos de Votorantim. Pedi ajuda, mas ninguém me ajudou. Falei que precisava chegar em uma entrevista de emprego, mas ninguém deu a mínima.”

Ela seguiu caminhando, com esperança de conseguir sinal de internet e chegar a tempo da entrevista de emprego. Constatando, instantes depois, que não conseguiria, decidiu voltar caminhando até o shopping.

Era um dia quente e ensolarado. O trajeto a ser vencido entre a praça e o shopping seria de aproximadamente 3,5 km.

Falsa ajuda

Quando iniciou a caminhada de retorno, um homem se aproximou de Kaline perguntando se ela estava bem e se precisava de ajuda. A jovem negou.

O homem insistiu, perguntando onde a jovem mora. Ela disse que, por educação, informou o bairro e ele afirmou residir perto, oferecendo uma carona. Mais uma vez, a criadora de conteúdo disse não. “Não ia ser louca de aceitar a carona de um desconhecido”, afirmou.

Kaline reiniciou sua caminhada e o homem correu até um carro sedan preto, de onde voltou com uma garrafinha d’água. “Ele disse que estava trabalhando vendendo água. Foi no carro, pegou uma garrafinha e me deu. Ele disse: ‘Pega essa garrafinha. Como vai andar até shopping e é distante, pode sentir sede’.”

A jovem se prontificou a pagar, mas o suspeito não aceitou o dinheiro. Ela então retomou a caminhada.

“Segui em frente. Estava sol, tomei um pouco da água. Depois de um tempo, senti um mal estar. Estava nervosa [pela perda da entrevista]. Pensei que era uma crise de ansiedade. Parei, respirei fundo, contei de um até dez. Tudo estava ficando preto, embaçado. Quando me encostei, apaguei e não vi mais nada dali para frente.”

 

Sem blusa e com sangue

Quando a vítima acordou, estava em um lugar “totalmente diferente” de onde havia bebido a água. Com os pensamentos confusos e ainda se sentindo como se estivesse dopada, ela notou estar em uma área de mata em uma rua sem saída.

“Olhei para o lado e vi minha blusa rasgada, com sangue. Minha boca estava inchada. Meus seios estavam cobertos com sangue, arranhados. Estava tentando raciocinar, minha mente estava confusa. Só sabia chorar”, disse.

O criminoso levou da vítima somente a capinha do celular. O aparelho e todos os objetos de valor dela, além dos documentos, estavam espalhados pelo chão. “Não queria acreditar no que estava acontecendo.”

Com dificuldade, ela caminhou até chegar em uma rua movimentada, onde lhe informaram ser o bairro Vitória Régia, já em Sorocaba, a quase 20 km de distância de onde foi abordada pelo criminoso.

Apesar de ferida e nitidamente abalada, ninguém ajudou a vítima, que conseguiu apoio somente instantes depois, quando entrou em um bar. No local, conseguiu enviar mensagem para amigos com sua localização. Eles a levaram para um hospital da região.

“Não vi maldade”

Por atuar como criadora de conteúdo, com 17 mil seguidores, Kaline resolveu compartilhar em suas redes o que aconteceu como um alerta.

“Mas o incrível é que algumas mulheres vieram me julgar. Como eu ia imaginar que naquela água ia ter alguma coisa? O homem falou que trabalhava vendendo água. Não vi maldade nenhuma nisso.”

O suspeito é alto, branco, magro, com uma tatuagem no pescoço “com algo escrito”. Ele trajava calça jeans clara e uma camiseta preta, como consta em relatório da Polícia Civil

Fonte: https://www.metropoles.com/sao-paulo/jovem-acorda-no-mato-ensanguentada-apos-aceitar-agua-de-desconhecido

Operação Mute apreende quase 1000 celulares em presídios

np0308 Uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça resultou na apreensão de 982 celulares em celas de presídios por todo o Brasil. A ação, que recebeu o nome de Operação Mute, aconteceu em 107 penitenciárias, sendo organizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Objetivo da Operação Mute

A Operação Mute tinha como principal objetivo identificar e retirar celulares de dentro das unidades prisionais. A comunicação entre o crime organizado e o mundo exterior, muitas vezes orquestrada por meio das facções criminosas, depende desses aparelhos, e a intenção da operação é precisamente cortar esse elo.

Interrompendo a comunicação, as autoridades esperam inibir a prática de crimes planejados pelos presos, reduzindo, assim, os índices de violência e atividades criminosas.

Quais Itens Foram Apreendidos na Operação Mute?

Além dos 982 celulares, os seguintes materiais foram apreendidos durante a ação:

  • 1.000 carregadores de celulares
  • 29 roteadores de internet
  • 19 pen drives
  • 397 chips
  • 314 fones de ouvido
  • 348 materiais cortantes (canivetes)
  • 22 balanças de precisão
  • 2.220 porções de maconha
  • 2.650 porções de cocaína

No total, 3.067 celas foram fiscalizadas por 3.463 agentes envolvidos na operação. Os resultados evidenciam a extensão do problema de contrabando e a complexidade das redes de comunicação dentro dos presídios.

O Que Acontece Com os Detentos Flagrados Com Itens Proibidos?

Os presos que são encontrados com esses itens proibidos passam por um processo interno. Esse processo pode prejudicar a possibilidade de obter saídas temporárias, uma vez que tais infrações ficam registradas na ficha do detento como mau comportamento.

Isso é uma medida importante para manter a ordem e a disciplina dentro dos presídios, além de complementar os esforços para reduzir a influência das facções criminosas fora das prisões.

Resultados e Impacto da Operação Mute

De acordo com o secretário nacional de políticas penais, André Garcia, essa operação é de extrema importância e demonstra a integração eficiente das polícias penais estaduais com a Polícia Penal Federal. Na visão de Garcia, a Operação Mute trará impactos significativos na comunicação do crime organizado fora dos muros das prisionais, colaborando para a diminuição dos indicadores criminais, especialmente os letais e intencionais.

Esta foi a quinta fase da operação, que já acumulou um total de 4.757 celulares apreendidos, além de explosivos e armas de fogo. O balanço da operação realizada entre os dias 24 e 26 de julho mostra a importância dessas ações para desarticular redes criminosas e trazer mais segurança para a população.

Com cada fase da operação, o Ministério da Justiça reafirma seu compromisso com a segurança e a ordem pública, trabalhando incessantemente para enfraquecer o poder do crime organizado dentro e fora dos presídios.

Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/operacao-mute-apreende-quase-1000-celulares-em-presidios/

Esposa de capitão liderava esquema de propina para vazar operações

np0730 Presa preventivamente, a companheira do capitão da Polícia Militar da Bahia (PMBA) Fabrício Carlos Santiago dos Santos, Fabiane Evangelista dos Santos (foto em destaque), era a responsável por coordenar toda a logística da organização criminosa suspeita de vazar informações sigilosas envolvendo operações desencadeadas pela corporação.

Segundo as apurações do Ministério Público da Bahia (MPBA), Fabiane tinha papel ativo na rede de cobrança de propinas, fazendo a gerência de todo o esquema criminoso. A mulher do oficial controlava o balanço financeiro faturado com as propinas pagas por comerciantes. E ainda garantia a realização da segurança dos locais, utilizando a força policial do estado.

Fabiane também cuidava da cobrança após os “clientes” serem informados sobre a deflagração de operações organizadas pela Polícia Militar baiana, bem como repassava detalhes a respeito da localização exata em que havia sido montada alguma blitz.

Veja:

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra integrantes da organização criminosa que, segundo as investigações, cobrava valores e vantagens de empresários e comerciantes na região de Porto Seguro (BA) para livrá-los de ações policiais. O oficial da PM foi exonerado do comando da 4ª Companhia de Polícia Militar de Santa Cruz Cabrália.

A Operação Sordidae Manus contou com homens do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), da Corregedoria da Polícia Militar da Bahia (Correg) e da Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).

Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na residência do PM e em sedes de empresas.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália.

PM no crime

O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália. Conforme as diligências do Gaeco, o oficial seria um dos principais integrantes do bando.

Segundo os investigadores, o PM teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios da região.

Em troca do dinheiro, o oficial teria retardado ou deixado de praticar seu dever funcional de policial, inclusive avisando aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes contra os transgressores.

O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato e outros.

Comerciantes da região também são alvo de investigação, por crime de corrupção ativa. O material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e, em seguida, enviado para ser periciado.

Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/na-mira/esposa-de-capitao-liderava-esquema-de-propina-para-vazar-operacoes

Gate detém PM influencer que fez live com arma trancado em batalhão

np0725 São Paulo — O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Civil foi acionado, na noite dessa quarta-feira (17/7), para conter um soldado da Polícia Militar durante uma live em seu perfil no Instagram.

Vinicius Laurentino, famoso nas redes sociais como Vinicius Galliatto, ficou por mais de duas horas ameaçando tirar a própria vida dentro de um batalhão da corporação em Atibaia, na Grande São Paulo. Na transmissão ao vivo, mais de 2 mil pessoas assistiam à cena.

“Tem dinheiro para investir em segurança pública? Tem. Mas e o ser humano, seus bostas? O ser humano ninguém vê, porque não vale nada para vocês”, gritou ele durante a transmissão. Ao fundo, é possível ouvir outros policiais, do lado de fora da sala, negociando para que ele desistisse da ideia.

O PM deixou o local por volta das 3h. Ele recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros e foi encaminhado para acompanhamento psiquiátrico. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele se “encontra afastado das atividades profissionais para sua recuperação. Uma sindicância foi instaurada para apurar todas as circunstâncias relativas ao fato”. Ainda de acordo com a pasta, o policial já responde a um processo disciplinar.

Galliatto possui mais de 90 mil seguidores no Instagram. Na rede social, o PM publica vídeos com críticas às condições de trabalho da corporação. Há semanas, ele diz estar sendo alvo de processos e “repressão” interna.

Busque ajuda

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar por meio do número 188. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. A ajuda está disponível por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender a demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Na rede pública da saúde, a assistência psicológica pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), nos hospitais e em unidades básicas de Saúde.

PMs que extorquiam traficantes para fazer “vista grossa” são expulsos

npp Dois cabos da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) condenados por cobrar propina de traficantes para fazer “vista grossa” à venda de drogas foram expulsos da corporação na segunda-feira (15/7). Luiz Henrique Fachetti e Daniel Alexandre Morais Rocha, ambos do 26º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI), foram presos na operação Tio Genésio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

A operação, deflagrada em 2018, investigou 32 militares acusados de extorquir criminosos para permitir o tráfico na localidade denominada “Toca da Raposa”, em Campinas. O grupo foi preso em 2018 e levado ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. Fachetti, Rocha e os outros PMs de Campinas foram denunciados por dois traficantes, sendo um homem e uma mulher.

“Os fatos vieram à tona diante de declarações de uma testemunha protegida que evidenciou o esquema de pagamento de propina aos policiais militares investigados, no período de aproximadamente cinco anos. A testemunha não só prestou depoimento como identificou, por reconhecimento fotográfico, os investigados. Na sequência, outra testemunha protegida, também envolvida na organização criminosa de tráfico de drogas, prestou declarações sobre o esquema de pagamento de propina e reconheceu todos os policiais militares investigados como envolvidos no esquema”, disse o MPSP, na denúncia.

Com as informações da dupla, o MPSP e a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo conseguiram autorização para instalação de escutas telefônicas, o que confirmou o envolvimento dos militares no tráfico de drogas na cidade.

A Justiça Militar e a 3ª Vara Criminal de Campinas expediram 40 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão. Os militares investigados pela operação Tio Genésio foram denunciados por tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPSP, os PMs recebiam entre R$ 500 e R$ 5 mil, em pagamentos mensais ou quinzenais, movimentando cerca de R$ 150 mil por mês. Fachetti e Rocha foram condenados pela Justiça Militar ao cumprimento de medidas cautelares e prisão em regime aberto.

A expulsão dos dois cabos foi assinada pelo comandante da PMSP, coronel Cássio de Freitas, após coincusão de processo administrativo disciplinar sobre o caso, considerando as transgressões de omissão, prática de atos desonrosos, atentado às instituições do Estado e recebimento de vantagens indevidas, previstas no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/pms-que-extorquiam-traficantes-para-fazer-vista-grossa-sao-expulsos

Copyright © Impakto Penitenciário / Design by MPC info