Carta interceptada em presídio revela plano do PCC para matar agentes

oc São Paulo – Um “salve geral” determinando que agentes penitenciários sejam identificados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi apreendido, nesta semana, com presos da Penitenciária de Parelheiros, na zona sul de São Paulo.

O Metrópoles apurou que o mesmo tipo de documento, escrito à mão, também teria sido interceptado em outras unidades prisionais, ainda não especificadas. Os “salves” já são monitorados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MPSP).

No manuscrito obtido pela reportagem, assinado pela Sintonia Final da maior facção do Brasil e datado em 17 de setembro, é dado o prazo de 30 dias para que os criminosos responsáveis pelos presos de pavilhões ou raios, chamados de “jets”, levantem os nomes e endereços de dois agentes penitenciários por unidade.

“Tomaremos nossas providências […] deixando um papo para que dentro desses 30 dias determinamos os irmão faça acontecer [sic] e chegar em nossas mãos, aguardando esse levantamento como caráter de urgência.”

A Sintonia Final é composta por líderes do alto escalão do PCC, que usam a instância máxima do crime para tomar decisões e ordená-las.

Ainda no documento apreendido na penitenciária da zona sul paulistana, há outra determinação. Os “jets”, também com “caráter de urgência”, devem informar se as unidades onde estão presos há bloqueadores de sinal de celular, além de condições de não deixar rastros ou provas da articulação feita para os eventuais ataques. O “salve” também solicita que seja especificada “a dificuldade dos irmão” para cumprir a missão.

“Daremos todo o suporte para que colocaremos [sic] a unidade do ar [fique com comunicação] onde com caráter de urgência nos manda [sic] esse requisitos citados acima. Ass: Sintonia Final.”

Agentes de prontidão

Após as apreensões dos bilhetes, os agentes penitenciários de São Paulo ficaram alertas e estão de prontidão.

Fábio Jabá, presidente do sindicato que representa a categoria, afirmou ao Metrópoles, nesta sexta-feira (11/10), que a dinâmica do trabalho dos agentes os deixa expostos e sem segurança quando estão nas ruas.

“Nós trabalhamos 12 horas [por turno] com pessoas presas e perigosas, ainda mais em São Paulo onde tem o PCC. Nós reivindicamos do governo um maior cuidado com a categoria, para que tenha no mínimo o direito de se defender”, disse, acrescentando que os agentes não contam com porte de arma institucional.

Sobre os recados encontrados com presos, para o eventual ataque a agentes, ele afirmou que, neste caso, é possível se preparar, diferentemente de 2006 e 2012, quando o PCC promoveu a carnificina de profissionais da segurança pública e da administração penitenciária paulista.

Em 2006, segundo o presidente do sindicato, foram 19 agentes mortos. Em 2012, mais 12. De lá até o momento, ao menos 30 profissionais do sistema carcerário morreram nas mãos de criminosos.

Administração Penitenciária e Segurança Pública

Em nota encaminhada ao Metrópoles, no fim da tarde desta sexta-feira, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não comenta sobre os salves do PCC interceptados nas unidades e quais medidas teriam sido tomadas com os presos flagrados com as mensagens.

A pasta comenta somente que, com a criação da Polícia Penal, a qual começa a atuar em 2025, agentes que atualmente trabalham desarmados nos presídios “serão capacitados”. “Não terá o porte quem não manifestou interesse e não cumpriu os requisitos legais”.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo também foi questionada sobre como as polícias Civil e Militar irão, ou já atuam, com relação aos eventuais ataques sugeridos nos salves. Nenhum posicionamento foi encaminhado. O espaço segue aberto.

Fonte: https://www.metropoles.com/sao-paulo/carta-interceptada-em-presidio-revela-plano-do-pcc-para-matar-agentes

Saiba quem são os detentos da Academia Brasileira de Letras do Cárcere

oc1012 Em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 18, no Rio de Janeiro, foi criada a Academia Brasileira de Letras do Cárcere, formada por detentos do sistema prisional brasileiro. Ao todo, seis detentos foram escolhidos para se tornarem “imortais” e um dos critérios para assumir o posto era ter pelo menos um livro publicado, embora a qualidade da obra não tenha sido avaliada para a escolha. A academia terá 20 cadeiras, mas nem todas foram preenchidas ainda.

O detento escolhido para ocupar a simbólica cadeira número 1 “Graciliano Ramos”, foi Marcio Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Marcinho está preso desde 1996.

Segundo um texto publicado para apresentar a entidade, o objetivo da ABLC surge como uma “iniciativa pioneira destinada a reconhecer e valorizar as obras de escritores que produzem literatura mesmo estando privados de liberdade. Seu principal propósito é oferecer uma plataforma para que esses autores expressem suas vozes e compartilhem suas histórias, contribuindo assim para a diversidade e a riqueza da literatura nacional”.

A criação da ABLC é uma ideia do desembargador aposentado Siro Darlan, que justificou a criação a partir da constatação que a leitura é um hábito que os presos têm nas celas. O hábito também ajuda a reduzir a pena. Presos que leem nas celas, segundo a Lei de Execuções Penais permite que a pena seja reduzida em quatro dias se o detento ler e resenhar uma obra da biblioteca. Pela legislação, o preso pode reduzir até 48 dias da pena por ano, já que existe um limite de livros a serem resenhados de 12 por ano.

Continua após a publicidade

Conheça os escolhidos para a ABLC

  • Marcinho VP
  • Fábio da Hora Serra, o Sagat
  • André Borges
  • Edilberto José Soares
  • Emerson Franco
  • Paulo Henrique Milhan

Fonte:https://veja.abril.com.br/cultura/saiba-quem-sao-os-detentos-da-academia-brasileira-de-letras-do-carcere

Presos fazem motim durante revista em presídio e denunciam truculência

oc1007 A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) realizou uma operação dentro do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no Setor de Indústrias Gráficas (SIA), após denúncia de objetos proibidos, na quarta-feira (2/10). A pasta disse que os detentos se rebelaram. Os presos, porém, afirmam que a ação foi truculenta.

A Seape-DF informou que “alguns poucos custodiados se rebelaram para conter o avanço das equipes de intervenção e garantir que outros internos rasgassem bilhetes e descartassem objetos proibidos, a fim de ocultar a autoria de diversos ilícitos”.

“Nesse momento, foi necessário o uso diferenciado da força para contê-los, preservando a integridade das equipes de intervenção e dos custodiados que acataram os comandos dos intervencionistas. Após a operação, os custodiados envolvidos foram conduzidos à delegacia e ao Instituto Médico Legal”, afirmou.

De acordo com a Seape-DF, durante a vistoria, foram apreendidos sete celulares, nove objetos perfurocortantes, “28g de substância semelhante a crack, 70g semelhante a fumo, 159g de substância semelhante à cocaína e 130g de substrato esverdeado semelhante à maconha, entre outros objetos proibidos”.

Denúncia

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e o deputado distrital Fábio Felix (PSol) foram até o CPP, nesta sexta-feira (4/10), após receber uma carta na qual presos relatam “torturas físicas e psicológicas” e dizem que são vítimas de “espancamentos recorrentes sem qualquer justificativa ou motivo plausível”.

Segundo Erika, durante a operação nesta semana, quatro presos foram levados ao hospital e 12 encaminhados ao IML. “Teve preso que quebrou dois tornozelos. Outro lesionou o próprio joelho”, afirmou.

“Recebemos um volume enorme de denúncias em relação à violação de direitos humanos. Houve abordagem de madrugada, feita de forma truculenta, com recolhimento de pertences e, também, a subtração de direito desses internos que estão no processo de ressocialização – saídas para atividade e trabalho externo”, disse Felix.

Leia a carta dos presos:

“Carta aberta dos detentos do CPP, Brasilia.

Excelentíssimo Senhor (ou Senhora),

Nós, detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Brasília, viemos, por meio desta carta, solicitar a sua atenção e providências urgentes sobre os abusos e violências que estamos enfrentando dentro desta instituição.

Relatamos que estamos sendo vítimas de torturas físicas e psicológicas, sofrendo espancamentos recorrentes sem qualquer justificativa ou motivo plausível. Além disso, o desrespeito ao cumprimento dos horários estabelecidos é constante, e não estamos sendo liberados nos momentos corretos para as atividades previstas.

Há também casos claros de abuso de autoridade, onde faltas médias estão sendo arbitrariamente convertidas em faltas graves, sem que os procedimentos de avaliação sejam adequadamente seguidos. Fomos informados de que, por decisão unilateral, todos os detentos serão transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda, independentemente de suas condutas ou histórico, reforçando a injustiça e a generalização dos atos de alguns para todo o grupo.

Tal situação não apenas desrespeita nossos direitos como indivíduos, mas também gera um ambiente de medo e angústia. Os familiares que nos visitam são frequentemente maltratados e desrespeitados, o que agrava ainda mais o sofrimento, tanto nosso quanto deles.

Ressaltamos que, ao cumprir nossas penas, é de responsabilidade do Estado garantir nossa integridade física e mental, bem como assegurar que os direitos fundamentais sejam respeitados. Em nossa condenação, não constam torturas, espancamentos ou qualquer tipo de violência física ou moral. Esses atos são inaceitáveis e constituem uma grave violação dos direitos humanos.

Entendemos que alguns detentos possam ser mais agressivos ou resistentes às normas, mas tal comportamento não pode ser utilizado como justificativa para penalizar toda a população carcerária. Não podemos pagar coletivamente pelos erros de poucos.

Solicitamos, assim, que as autoridades competentes investiguem os abusos mencionados, assegurem a proteção de nossos direitos e adotem as medidas cabíveis para cessar imediatamente essas práticas.

Na expectativa de uma resposta e de ações que resguardem nossa dignidade e segurança, aguardamos providências.

Agradamos a ajuda de todos!!”

A Seape-DF disse que as alegações estão sendo apuradas pelo setor correcional da pasta. Leia a nota na íntegra:

“Diante da carta aberta apresentada pelo portal Metrópoles, a Seape/DF esclarece que, no último dia 02 de outubro, foi realizada uma operação baseada em denúncias anônimas que indicavam que custodiados do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), localizado no Setor de Indústrias (SIA), estariam em posse de diversos objetos proibidos, como drogas, celulares e outros objetos perfurocortantes.

Durante a operação, alguns poucos custodiados se rebelaram para conter o avanço das equipes de intervenção e garantir que outros internos rasgassem bilhetes e descartassem objetos proibidos, a fim de ocultar a autoria de diversos ilícitos. Nesse momento, foi necessário o uso diferenciado da força para contê-los, preservando a integridade das equipes de intervenção e dos custodiados que acataram os comandos dos intervencionistas. Após a operação, os custodiados envolvidos foram conduzidos à Delegacia e ao Instituto Médico Legal.

Na operação foram apreendidos 7 celulares, 9 objetos perfurocortantes além de 28g de substância semelhante a crack, 70g semelhante a fumo, 159g de substância semelhante à cocaína e 130g de substrato esverdeado semelhante à maconha entre outros objetos proibidos.

Deve-se destacar que os custodiados desta unidade saem diariamente para atividades laborais, e alguns conseguem burlar a segurança e entrar com celulares e/ou objetos que comprometem a segurança da unidade, dos policiais e dos outros custodiados.

A Seape/DF também destaca que as alegações estão sendo apuradas pelo setor correcional da Pasta e foram comunicadas aos órgãos de controle, como ocorre com todas as denúncias minimamente embasadas.“

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/presos-fazem-motim-durante-revista-em-presidio-e-denunciam-truculencia

PMs são presos após pegarem relógio de luxo e dinheiro durante abordagem a dono de Porsche em SP

 A Corregedoria da Polícia Militar prendeu dois PMs em flagrante após encontrar com eles um relógio de luxo e dinheiro que teriam sido subtraídos durante abordagem ao dono de um Porsche. O caso ocorreu no domingo (29) em Caieiras, cidade na Grande São Paulo.

A dupla foi presa pelo crime de concussão, ou seja, quando o funcionário público exige para si ou para outra pessoa alguma vantagem em razão do cargo.

Os policiais, um soldado e um cabo, que estavam em motocicletas, teriam abordado o dono do Porsche na avenida Marcelino Bresciani por volta das 6h30. O veículo estaria sem as placas. Não há detalhes de como a subtração teria ocorrido, mas em certo momento os policiais teriam pegado um relógio da marca Patek Philippe e uma certa quantia em dinheiro.

Carros utilizados pela Polícia Militar em São Paulo
Carros utilizados pela Polícia Militar em São Paulo - Divulgação/Polícia Militar do Estado de São Paulo

A vítima abordada denunciou o caso para a Corregedoria. Uma equipe de plantão seguiu para o endereço mencionado pela vítima onde estariam os policiais militares. Durante a abordagem aos PMs foram localizados o relógio e uma quantia em dinheiro. O objeto estaria na japona de um deles. Os dois policiais pertencem ao efetivo do 26° Batalhão de Polícia Militar, que atua nas cidades de Franco da Rocha, Mairiporã, Cajamar, Francisco Morato e Caieiras.

Na tarde desta segunda-feira (30) os policiais passaram por audiência de custódia no Tribunal de Justiça Militar. O juiz converteu a prisão deles em preventiva, ou seja, sem prazo definido.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) confirmou o fato. "Os PMs foram levados ao Presídio Romão Gomes. A PM repudia a ação criminosa e atuará para que os policiais sejam punidos com rigor e celeridade", disse em nota.

Entenda a classificação de diversos crimes
Entenda a classificação de diversos crimes

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/09/pms-sao-presos-apos-pegarem-relogio-de-luxo-e-dinheiro-durante-abordagem-a-dono-de-porsche-em-sp.shtml

Propinão do PCC: policial vinculado a repasse de R$ 800 mil é afastado

pc0930 Durante o cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça Federal contra o agente, a PF descobriu uma planilha na qual Almeida registrava os pagamentos feitos pelo PCC. O agente foi alvo da Operação Face Off, deflagrada pela PF, Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e Ministério Público de São Paulo no dia 3.

Outro policial civil, Valmir Pinheiro também foi detido na operação. Conhecido como “Bolsonaro” pela semelhança física do ex-presidente, ele foi afastado das funções no dia 9 de setembro. Lotados no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), os dois são acusados de cobrar suborno para interromper investigações contra o PCC, passar informações privilegiadas sobre operações policiais à facção e desviar drogas apreendidas.

Ambos também são investigados por lavar o dinheiro da propina com a compra ilegal de imóveis. Durante as investigações, a PF encontrou áudios enviados por “Xixo” em conversas com integrantes do PCC. Em uma delas, o agente diz que seria capaz “de matar para proteger seu patrimônio”.

Na operação Face Off, também foi decretado o bloqueio de até R$ 15 milhões em bens dos investigados, o sequestro de carros avaliados em R$ 2,1 milhões e de imóveis avaliados em R$ 8 milhões.

As investigações sobre o vínculo dos dois policiais com o PCC começaram a partir de um áudio encontrado no celular do traficante André Roberto da Silva, condenado por despachar 2,7 toneladas de cocaína em uma carga de milho para a Europa pelo Porto de Santos.

As mensagens obtidas pela PF mostraram a negociação entre os agentes e o traficante com relação à “Operação Alfaiate”, que visava reprimir o tráfico internacional de drogas. Em troca do repasse de R$ 800 mil, as investigações foram interrompidas e a “Operação Alfaiate” não chegou a resultar na abertura de inquérito.

Corregedoria

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu procedimento disciplinar para apurar o caso. O afastamento de “Xixo” foi determinado pelo delegado-geral de Polícia Civil, Artur José Dian.

A medida tem validade a partir do dia 16 de setembro e não teve prazo de duração estabelecido.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/propinao-do-pcc-policial-vinculado-a-repasse-de-r-800-mil-e-afastado

Policiais receberam R$ 800 mil de traficante 'Dom Corleone' em 3 vezes

oc0927 O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 20 pessoas no âmbito da Operação Face Off, uma ação voltada para combater crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Entre os principais alvos estão Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como “Xixo”, e Valmir Pinheiro, apelidado de “Bolsonaro”, ambos ligados ao Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Eles são suspeitos de terem recebido propina no valor de R$ 800 mil para encerrar uma investigação sobre tráfico de drogas em 2020.

A denúncia foi formalizada nesta sexta-feira, 20, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), vinculado ao MPSP. A Operação Face Off, que teve início em 3 de setembro, buscou desmantelar um esquema que envolvia traficantes internacionais e policiais civis, além de coletar provas para condenar os envolvidos.

Segundo o Ministério Público, os acusados devem ser responsabilizados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, usura (cobrança abusiva de juros em empréstimos fora do sistema financeiro) e lavagem de capitais. O MPSP também requer que eles sejam obrigados a reparar danos materiais e morais coletivos, fixados em um valor mínimo de R$ 7,5 milhões.

A operação contou com a participação da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SP), integrada pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Administração Penitenciária, Secretaria Nacional de Políticas Penais, e o MPSP. Além disso, houve o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

Durante a investigação, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis e veículos, além do bloqueio de valores nas contas bancárias dos denunciados, totalizando mais de R$ 15 milhões. O inquérito revelou crimes anteriores, como tráfico de drogas, e o uso de bens e valores ilícitos. 

Segundo o Estadão, os investigadores encontraram mensagens que detalhavam as negociações com os policiais civil, incluindo a oferta de vantagem indevida e o método de pagamento. Também foram obtidos extratos bancários que comprovam as transferências, realizadas por meio de empresas de confecção, consultoria e locação de veículos. De acordo com o Ministério Público, os repasses foram "amplamente demonstrados".

Os promotores identificaram que Valdenir e Valmir utilizaram tanto pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo empresas de fachada, transações imobiliárias, compras de veículos e pagamentos fracionados, para disfarçar os lucros obtidos de forma ilícita.

Até o momento, quatro dos 20 denunciados já estão em prisão provisória. A Operação Face Off recebeu esse nome em referência ao filme norte-americano de 1997, no qual policial e criminoso trocam de identidade.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/mp-denuncia-policiais-civis-por-receberem-r-800-mil-em-propina-de-traficante,7504194ef83d828268aaeb02f93fd6819i2j8rb1.html

Copyright © Impakto Penitenciário / Design by MPC info