Filha que mandou matar pai por herança de R$ 3 milhões causou estranheza por vender bens três meses após crime, diz delegado

A filha suspeita de mandar matar o pai por causa de uma herança avaliada em R$ 3 milhões vendeu parte dos bens cerca de três meses após o crime, segundo o delegado Peterson Amin. De acordo com o investigador, ela vendeu 100 cabeças de gado e uma casa. A mulher e o marido foram presos em Campos Verdes, no norte de Goiás.

“Ela tentou [mexer no dinheiro do banco], mas não conseguiu. Depois começou a se desfazer dos bens. Vendeu 100 cabeças de gado, a casa. Eles não pagaram o executor”, explicou o delegado.

Conforme o delegado, a venda dos bens apenas três meses após o assassinato causou desconfiança na polícia e "reforçou os indícios que já tinham". "Ela começou a se desfazer de tudo o que podia, o que gerou estranheza", disse.

Conforme a polícia, a herança incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em dinheiro em conta bancária. A filha da vítima era a única herdeira.

A prisão ocorreu na sexta-feira (20), em Campos Verdes. Peterson Amin afirmou que a investigada disse à polícia que o marido foi o responsável por planejar o crime e que não o denunciou por medo. No entanto, a polícia não acredita nesta versão. O marido dela ficou calado durante o depoimento.

n1227 A Defensoria Pública disse que representou os investigados na audiência de custódia, cumprindo o dever legal, mas não comentará o caso. Como a DPE-GO não está presente permanentemente na comarca, será desabilitada no processo, cabendo aos acusados constituírem defesa ou ao juízo nomear um defensor.

Assassinato

Segundo as investigações, o crime foi cometido em 1º de abril, na zona rural de Campinorte. Segundo a Polícia Civil, o pai da suspeita foi morto em uma emboscada após ser abordado por três homens enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi atingido por dois tiros.

De acordo com a polícia, a filha e o genro contrataram um executor com a promessa de pagar o valor de R$ 20 mil. Esse homem, por sua vez, contratou outros dois comparsas para efetuar o crime.

Agente investigado em esquema de espionagem irregular da Abin é demitido por 'abandono de cargo'

n1223 Segundo investigadores, policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores. O esquema teria funcionado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado desde 2023.

De acordo com a PF, os investigados por atuar no esquema de espionagem ilegal se dividiam em quatro núcleos: alta gestão, subordinados, evento portaria 157 e tratamento de logs.

Quinalia supostamente integraria o grupo "evento portaria 157". Eles seriam os responsáveis pelas ações que tinham como objetivo vincular, sem fundamento, parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Depoimentos sigilosos

Em setembro, investigadores interrogaram agentes da Abin que teriam sido responsáveis por acessar o software First Mile ilegalmente para monitorar autoridades.

A polícia quer identificar quem fez os acessos ilegais – e quem deu o comando para esses acessos. Os delegados também buscam concluir a linha de investigação que apura tentativa de obstrução de Justiça.

No fim das investigações, os responsáveis podem responder por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/12/20/agente-investigado-no-caso-abin-paralela-e-exonerado-por-abandono-de-cargo.ghtml

Ministro do STM aponta 'falta de repercussão social' em mortes com 82 tiros

n2012 Relator defendeu redução de penas para pouco mais de três anos. Na prática, caso essa pena menor se confirme, nenhum militar viria a ser preso em regime fechado. O relator entendeu que os militares devem ser absolvidos pela morte do músico Evaldo Santos e que deveriam ser enquadrados apenas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) no caso do catador de lixo Luciano Macedo, que foi alvejado no dia e morreu dias depois no hospital.

Dois votos para redução da pena. O revisor do caso, ministro José Coelho Ferreira, seguiu o entendimento do relator e votou para que as penas deveriam sejam de três anos, dez meses e 24 dias de prisão para o então comandante da operação, tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, e três anos, dois meses e 12 dias para os outros sete militares condenados. Diferentemente do relator do caso, o revisor não é militar.

Ministra Maria Elizabeth Rocha pediu vista. O processo está parado desde então. Caso será julgado em uma sessão extraordinária do STM marcada para a próxima quarta-feira (18). A expectativa é que o voto da ministra, que é civil e assumirá a presidência do tribunal no ano que vem, vá na contramão dos demais colegas e mantenha punições altas aos militares.

Faltam votar outros 12 magistrados. O STM é composto por 15 ministros, sendo dez militares das Forças Armadas e cinco civis. Os militares são oficiais generais do último posto, sendo quatro do Exército, três da Marinha e três da Força Aérea. Entre os civis, três são da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), um é oriundo da magistratura e o outro é do Ministério Público.

O relator da ação, Carlos Augusto Amaral, é oriundo da FAB. O revisor, José Coelho Ferreira, da OAB.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/12/16/ministro-nega-repercussao-social-em-caso-de-morto-com-82-tiros-de-militares.htm

 

Políticos divergem sobre aprovação da castração química para pedófilos

n1213 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou a aprovação da medida na Câmara dos Deputados como “um avanço importante para o nosso país”.

Políticos da direita comemoram nesta quinta-feira (12) a aprovação na Câmara dos Deputados da castração química de pedófilos. A previsão foi incluída por uma emenda do deputado e ex-ministro Ricardo Salles (NOVO-SP) a um projeto de lei que cria o Cadastro Nacional de Pedófilos.

Segundo o texto, o procedimento será feito com o uso de medicamentos inibidores da libido seguindo termos regulamentados pelo Ministério da Saúde.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou a aprovação como “um avanço importante para o nosso país”.

– Há mais de uma década defendo a castração química para estupradores e pedófilos. Hoje, a Câmara deu um passo histórico nessa direção ao aprovar a castração como parte das penas a serem impostas a criminosos envolvidos em crimes sexuais contra crianças. Ainda há muito a ser… pic.twitter.com/L0pkk9EngK

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 12, 2024

Já o senador Cleitinho (Republicanos-MG) afirmou que a medida é necessária por causa da falta da proibição da pena de morte no Brasil para esses criminosos.


Esquerda contrária

Embora todos os partidos tenham se manifestado favoravelmente à proposta original, legendas da esquerda votaram contra a inclusão da emenda de Salles.

Em seu perfil no X, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) argumentou que pedófilos não agem apenas pela relação sexual, mas pela relação de poder, e destacou que o crime pode acontecer “com ou sem uso do órgão genital e independente de libido”.

Castração química é medida ineficaz e perigosa, que abre margem para erros judiciais e não necessariamente previne abusos. A luta contra essa violência precisa de políticas reais, baseadas no fortalecimento da proteção integral às nossas crianças e adolescentes.

— Chico Alencar ☀️ (@depchicoalencar) December 12, 2024
Fonte: https://www.itatiaia.com.br/politica/2024/12/12/politicos-divergem-sobre-aprovacao-da-castracao-quimica-para-pedofilos

Médica “vende” a própria filha para conseguir dinheiro e apostar no “tigrinho” em Criciúma

n1209 Uma médica, moradora do Centro de Criciúma, “vendeu” a própria filha para conseguir dinheiro para apostar no “tigrinho”.

O caso aconteceu no início desta semana, quando o homem que “comprou” a jovem foi até a residência da médica buscar a estudante universitária para um jantar. Conforme apurado pela reportagem, o homem, um empresário renomado da cidade, pagou à médica cerca de R$ 10 mil para ter a oportunidade de se encontrar com a jovem.

A estudante, que não sabia que estava sendo “oferecida” pela própria mãe, ficou em choque e saiu de casa. O dinheiro pago pelo empresário não foi devolvido, pois a médica perdeu tudo em apenas três horas jogando.

Segundo familiares da médica, ela deve ser internada em uma clínica para se reabilitar.

Entenda o que é, como funciona e riscos do Fortune Tiger

O Jogo do Tigre viralizou nas redes sociais na últimos meses com a promessa de retorno em dinheiro com apostas. Influenciadores e supostos jogadores divulgaram a plataforma com conteúdos para Instagram e YouTube, compartilhando supostas táticas de como ter sucesso no game e indicando sites onde jogar. O problema é que a iniciativa, também conhecida como Fortune Tiger e Joguinho do Tigre é considerada um jogo de cassino e azar, prática ilegal no Brasil.

Fortune Tiger é um jogo de apostas que funciona como um cassino online. Nos sites que divulgam o produto, ele é descrito como uma espécie de caça níquel, onde o jogador precisa fazer a combinação de três figuras iguais em três fileiras para ganhar um prêmio em dinheiro. O Jogo do Tigre também promete um multiplicador de 10 vezes o valor da aposta em uma rodada bônus ativada de forma aleatória. 

Os símbolos que aparecem na tela também seriam determinantes para o pagamento. Supostamente, Laranja, Foguetes e Envelopes garantem valores baixos. Já Saco de Moedas, Amuleto da Sorte e Lingote de Ouro são os símbolos de pagamentos mais altos. A imagem do Tigre da Fortuna funciona como um extra que substitui todos os símbolos de pagamentos comuns.

Nas redes sociais, há diversos influenciadores ensinando supostas "táticas" para ter bons resultados no jogo. Os conteúdos incentivam o jogador manter controle emocional, criar um limite de quanto se deve apostar e até manter a calma em caso de perdas.

Fonte: https://www.melhorespublicacoes.com.br/destaques/2024/12/04/medica-vende-a-propria-filha-para-conseguir-dinheiro-e-apostar-no-tigrinho-em-criciuma

‘Lente de Aumento’: PMs obstruem câmeras corporais em abordagens, e suspeitos acabam absolvidos por falta de provas

n1206 A decisão do ministro Luiz Edson Fachin destaca que um dos objetivos da medida é diminuir o número de mortes em operações. Mas, na prática, o que a lente vê ou deixa de ver depende da conduta de cada militar.

Para os policiais que trabalham corretamente, a câmera é uma proteção contra falsas acusações e a garantia que tudo foi feito dentro das regras. Mas há militares que cobrem a lente para cometer agressões, abusos e violações de direitos humanos.

Aliás, nesses casos em que não há o registro visual da abordagem, o abordado acaba inocentado na Justiça.

O 2º capítulo da série trouxe imagens exclusivas de uso indevido do equipamento. Um dos casos foi em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Os PMs afirmam que um homem tentou fugir e acabou preso com 60 gramas de maconha e 90 gramas de cocaína. Já o acusado diz que não estava com drogas e que foi agredido pelos policiais com socos, chutes e enforcamento.

O perito da Polícia Civil comprovou que o preso tinha ferimentos pelo corpo, com lesões no rosto, ombro, braços e joelho.

A verdade deveria ter sido gravada, mas as câmeras corporais ficaram dentro da viatura. No processo, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu as imagens e recebeu 5 horas de gravações que não mostram nada — mas havia o áudio.

  • “Sou morador, cara, eu sou morador! Calma aí, cara! Coé?”, diz o preso, que emenda um grito de dor.
  • “Tá resistindo, irmão? Bota a mão pra trás!”, ordena um PM.
  • “Calma, carvalho!”, emenda outro militar.
  • “Eu sou morador, cara”, suplica o suspeito, já ofegante.
  • “P*rra nenhuma!”, interrompe um PM.

Selo lente de aumento — Foto: GloboNews

O promotor, responsável pela acusação, pediu a absolvição. Depois de 1 ano e meio na cadeia, o réu foi inocentado pela Justiça. O juiz do caso afirmou que “quando o Estado não fornece as imagens da abordagem, a versão da acusação perde o vigor inicial, pois não pode se sustentar exclusivamente na palavra dos policiais”.

Rogério Schietti, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que a filmagem “não é, em si, a única prova possível num processo”.

“Na medida que você tem um processo em que surjam versões contraditórias, diferentes, a imagem vai solucionar essa dúvida. Então, se você não tem a filmagem, a Constituição diz que a dúvida sobre uma determinada prova vai se resolver a favor do réu”, detalhou.

Paulo Roberto Mello Cunha, promotor da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar, explicou que nesses casos há a “negativa de obediência”.

“O Ministério Público chegou ao entendimento que o policial que, deliberadamente, dolosamente, ele não usa a câmera ou obstrui a câmera, ele incide no crime militar chamado “negativa de obediência”, que é justamente o policial se insurgir contra uma ordem de superior”, descreveu.

Esquina de Meriti onde houve ocorrência policial — Foto: Reprodução/TV Globo

Outro episódio foi no Conjunto Cesar Maia, na Zona Oeste do Rio. Um vídeo com a câmera encoberta é o único registro da prisão.

  • “Vocês não me espancaram à toa? Um trabalhador?”, questiona o detido.
  • “Você é vagabundo!”, responde o PM.
  • “Agora eu vou botar na Justiça vocês”, retrucou o homem.
  • “Você agarrou o fuzil. Fica aí que não acabou ainda não!”, falou o militar.
  • “Para, chefe! Para, vai continuar me espancando? Isso é covardia. Já apanhei muito!”, pediu o preso.
  • “Levanta, arrombado!”, reagiu o PM.

Mais uma vez, a Polícia Militar e o acusado de tráfico apresentaram versões diferentes. A Justiça avaliou que a ausência das imagens deixou dúvidas sobre o que realmente aconteceu, e o réu foi absolvido.

Há casos em que a câmera auxiliou os policiais. Uma equipe abordou suspeitos em uma boca de fumo, e um deles tentou resistir e foi contido. O Ministério Público avaliou que as imagens deixaram evidente que o PM utilizou a força necessária para contê-lo. As câmeras filmaram o tempo todo, o que resguardou a legítima atividade dos policiais.

A reportagem também exibiu a gravação de um PM atirando nas costas de um suspeito rendido. A abordagem ocorreu durante a perseguição a supostos assaltantes. A abordagem aconteceu na Zona Norte do Rio, durante a perseguição a supostos assaltantes que estariam agindo de carro.

Após o comando dos policiais, o motorista sai do veículo com as mãos para o alto. No chão, ele tenta se explicar. O suspeito se levanta e leva um tiro nas costas. Veja na imagem acima.

Na porta da delegacia, os policiais militares combinaram a versão que vai ser apresentada nos depoimentos.

"O senhor não mirou nele, o senhor mirou no veículo", diz um dos agentes.

Depois de analisar os detalhes da ocorrência, a Defensoria Pública pediu, e a Justiça determinou que o Ministério Público e a Corregedoria da corporação investigassem a conduta dos PMs.

Em depoimento, o réu confessou que roubou a bolsa de uma mulher naquela madrugada. Ele foi condenado a seis anos de prisão. A Polícia Militar informou que o sargento Daniel de Souza Braga foi "preventivamente afastado do serviço nas ruas" e que a Justiça e a Corregedoria da PM estão apurando o caso.

O que dizem os citados

Sobre os dois casos em que os PMs teriam obstruído as câmeras e cometido agressões, a PM informou que a Corregedoria instaurou um procedimento para apurar a conduta dos policiais.

Sobre o caso em que o policial dispara um tiro nas costas de um suspeito já rendido, além das investigações abertas pelo Ministério Público e pela PM, a corporação também informou que o PM foi afastado das ruas.

Nossa produção também questionou o MP sobre a equipe dedicada a apurar crimes militares de toda a tropa da PM. O MP disse que disse estudou criar uma nova promotoria para investigar crimes militares, mas que a demanda de trabalho das atuais promotorias tem se mantido estável e, por isso, não viu necessidade. Mas afirma que pode reavaliar as medidas caso haja um aumento significativo no volume de trabalho.

Sobre o fim do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública, o Gaesp, extinto em 2021, o Ministério Público afirma que fez uma reestruturação e criou outros grupos de trabalho para fiscalizar a atividade policial.

O MP destacou, ainda, a redução de mais de 60% dos casos de letalidade policial nos dez primeiros meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2019.

Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/12/03/lente-de-aumento-pms-obstruem-cameras-corporais-em-abordagens-e-suspeitos-acabam-absolvidos-por-falta-de-provas.ghtml

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